Sporting Clube de Portugal, que saudades!
Passou algum tempo desde a última vez que me senti da forma positiva como me sinto hoje. Aquele sentimento de quem acorda no dia seguinte após uma vitória do clube que ama, é inexplicável. Melhor ainda é saber que no “próximo” fim de semana a probabilidade de acordar novamente assim é enorme.
Atualmente, o plantel leonino atravessa um momento de excelência, com melhor ataque, melhor defesa e liderança consumada. A última vez que o Sporting Clube de Portugal venceu os quatro primeiros jogos fora de casa remonta à época de 1996/1997. São já 19 pontos em 21 possíveis.
A fé de qualquer sportinguista é sempre grande, mas se me dissessem que chegada a sétima jornada, o Sporting CP estaria isolado no primeiro lugar, provavelmente não acreditaria. O técnico Rúben Amorim tem demonstrado ter mãos para este barco, com escolhas bastante acertadas e isso tem-me deixado bastante satisfeito.
Não podemos esquecer que passou apenas um mês depois da eliminação da Liga Europa, contra o LASK Linz e que a equipa é praticamente a mesma. A euforia deixa-nos mais felizes, mas há que ter consciência que a época é longa, há muito jogos pela frente, muitos VAR’s, jogos menos conseguidos, e manter o pés assentes na terra será fundamental para todas as partes envolvidas, jogadores e adeptos.
Considero que existem dois fatores fundamentais, que contribuíram muito para o atual momento do Sporting CP: a entrada de João Palhinha na equipa e o discurso realista de Rúben Amorim, que faz controlar a euforia do grupo. Além disso, gostaria de realçar o bom futebol que a equipa pratica, com momentos melhores e outros menos bons, o que é totalmente normal.
Considero que existe um Sporting CP com João Palhinha e outro sem. O facto de o médio português ter ficado no plantel foi a melhor decisão que esta Direção podia ter tomado. Paralelamente, a entrada de João Mário foi claramente uma adição de qualidade nesta equipa e fulcral.
Relativamente aos reforços, devo dizer que surpreenderam-me bastante, não estava nada à espera que acrescentassem tanta qualidade como até agora e assumo que me possa ter enganado. Desde ao incansável Porro, à qualidade de Pedro Gonçalves, irreverência de Nuno Santos, sacrifício de Feddal ou segurança de Adán, à qualidade que alguns jovens, como Nuno Mendes, acrescentam é impressionante.
As saudades de voltar a acreditar desta forma no Sporting CP eram imensas, apesar de estar consciente das dificuldades e do que ainda está para vir, é inevitável não sonhar tendo em conta o momento que a equipa atravessa.
Existe muito boa gente ligada a este clube, sócios, adeptos, simpatizantes, que não sabem o que é ver o Sporting CP campeão. Outros sabem, mas já lá vai tempo. No entanto, corridos 18 anos, ainda dizemos “presente”. Costuma-se dizer que ser do Sporting Clube de Portugal é ser diferente, concordo plenamente. Na minha opinião, qualquer sportinguista tem o direito a sonhar tendo em conta o amor incansável que sempre tem demonstrado ao clube.
Para finalizar, não podia deixar passar esta mensagem no meu último artigo para o Bola na Rede. A mensagem de esperança, paciência e muito amor para com o nosso clube. Como em tudo na vida, juntos somos mais fortes e o Sporting Clube de Portugal precisa de nós. As dificuldades estarão presentes, a exigência é a palavra de ordem em Alvalade e os adeptos só já olham para o regresso ao estádio. Nós cá estaremos, mais uma vez!
Quero agradecer ao Bola na Rede pela oportunidade de fazer parte deste projeto. Este é um espaço de referência do desporto nacional e internacional. Aqui, todos os colaboradores têm a oportunidade de escrever com total liberdade, expressando a sua opinião, sem qualquer tipo de restrições. Quem torna os projetos especiais são as pessoas envolvidas nos mesmos, e por isso, não poderia deixar passar sem registar uma mensagem especial aos meus colegas da secção Sporting Clube de Portugal. Tornaram esta jornada verdadeiramente especial. Estarei sempre ligado a este projeto, com o objetivo de um dia voltar. Obrigado, Bola na Rede!
Artigo revisto por Diogo Teixeira