Sporting CP 1-0 FC Arouca: Salvaram-se os três pontos

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    Depois do jogo decisivo frente ao Real Madrid que atirou os leões para fora da Champions e da vitória no estádio do Bessa em jogo a contar para o campeonato, o Sporting entrou em campo para dar o pontapé de saída na única competição que lhe faltava jogar esta época, a Taça da Liga. Com as segundas linhas em ação, foi fácil perceber – tal como se esperava – que este troféu é a última prioridade para os lados de Alvalade. Por isso mesmo, esta é também uma competição onde Jorge Jesus pode (e deve) gerir o cansaço dos jogadores mais utilizados tal como fez esta noite, algo que dará espaço aos habituais suplentes para mostrarem serviço e tentarem chegar o mais longe possível na competição.

    Esta noite, o Sporting entrou em campo com o onze renovado face à última partida. As mudanças sentiram-se em todos os setores, inclusive na baliza onde o internacional português Beto rendeu o campeão europeu Rui Patrício. À sua frente, teve Paulo Oliveira e Douglas como defesas centrais e nas laterais Ricardo Esgaio e Jefferson assumiram as despesas do jogo. William Carvalho ficou em casa bem como Adrien Silva, e foram substituídos por Petrovic e Elias, respectivamente. As alas ficaram a cargo de Lazar Markovic e Joel Campbell, este último o único repetente do onze titular do jogo do Bessa. Alan Ruiz teve mais uma vez a sua oportunidade de mostrar serviço no apoio ao ponta de lança brasileiro André.

    Antes do início da partida, assistiu-se ao minuto de silêncio que vem sendo cumprido em vários jogos por todo o Mundo como forma de homenagem a todas as vítimas do avião que se despenhou ontem e que levava a bordo a equipa do Chapecoense. As claques elevaram tarjas de apoio à equipa brasileira como forma de apoio e consolo. Passado esse momento, deu-se o apito inicial para um jogo que teve pouca história.

    O Sporting entrou em campo pronto a assumir o jogo, algo que se veio a comprovar que aconteceu com bastante facilidade e naturalidade. Nem o Arouca, nem o Sporting entraram em campo prontos a dar uma lição de tática, o que tornou o jogo extremamente repartido e sobretudo apático, sem perigos maiores para ambos os lados.

    Na verdade, os lances de maior perigo surgiram logo nos minutos iniciais. Aos quatro minutos, depois de vários ressaltos na área, a bola sobrou para Elias que rematou forte mas o guarda-redes Rui Sacramento mostrou que estava atento. O Arouca não demorou muito tempo a responder e logo no minuto seguinte podia ter feito o golo num remate de Sancidino que podia ter feito muito melhor frente a Beto. A partir daí, o jogo foi repartido e à passagem da meia hora apareceram mais duas oportunidades dignas de registo: Douglas cabeceou forte em resposta a um cruzamento de Esgaio mas atirou à figura de Sacramento e poucos minutos depois Alan Ruiz deixou a bola em Joel Campbell que não conseguiu finalizar com sucesso.

    Quando se esperava que o jogo fosse para o intervalo com um nulo no resultado, uma boa jogada entre Petrovic, André e Alan Ruiz abriu o marcador em Alvalade. O brasileiro desmarcou de calcanhar o argentino que arranjou espaço para dar uso ao seu potente pé esquerdo e, que num remate colocado, colocou a bola no fundo das redes da baliza do Arouca. O golo chegava e o intervalo veio logo de seguida.

    Na segunda parte, o Sporting continuou a explorar a falta de inspiração dos jogadores do Arouca e, sempre que possível, tentava sair a jogar pelos pés de Paulo Oliveira, com Campbell e Markovic sempre apoiados por Elias no centro. O Arouca continuava a sua aposta no plano individual nas figuras de Sancidino e Kuca, e se este último conseguiu criar algum perigo, já o ex-Benfica foi presa fácil para os defesas do Sporting. Na generalidade, os atacantes do Arouca estiveram sempre controlados pelos centrais leoninos e, mais do que isso, pelos homens do meio-campo, o que lhes retirou jogo pelo corredor central.

    O ritmo foi abrandando com o passar do tempo, sobretudo depois da saída de Alan Ruiz para a entrada de Luc Castaignos. No entanto, o holandês não teve uma boa noite, pois apenas esteve vinte minutos em campo, tempo de falhar uma finalização a cruzamento de Matheus Pereira, chocar com o guarda-redes adversário na sequência dessa jogada e sair… lesionado.

    Nos últimos dez minutos de jogo, Elias podia ter dilatado a vantagem leonina por duas vezes, mas falhou o alvo por muito pouco. O resultado, pela margem mínima, acaba por ser o mais importante num jogo onde arouquenses e leões fizeram o mínimo para conseguir os três pontos. É certo que com mais critério na finalização, o Sporting podia ter alargado a vantagem, no entanto, os verde e brancos não foram brilhantes mas o seu desempenho chegou para levar de vencida um Arouca sem grande chama nem argumentos.

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    Cláudia Figueiredo
    Cláudia Figueiredohttp://www.bolanarede.pt
    Sportinguista devota desde que se conhece, o futebol é o seu desporto de eleição. Quando jogava, era médio-ofensivo de posição, mas agora prefere a bancada. A menos, é claro, que a convidem para uma peladinha entre amigos.                                                                                                                                                 A Cláudia escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.