Sporting CP 1–0 Vitória FC: Leão esfomeado quase foi travado

sporting cp cabeçalho 1Como anunciado, William Carvalho não esteve presente em Alvalade. Ou os ares Londrinos chamam pelo médio português, ou Jorge Jesus terá feito ilusionismo para os jornalistas romenos. O tanque argentino, Battaglia, foi chamado para ocupar e perfumar o meio-campo leonino. Na frente, Bruno Fernandes ocupava o lugar ao lado de Paulinho, outrora de Adrien, enquanto Podence encaixava nos turbos da linha da frente. Lá atrás, Coentrão apresentava dores e cansaço. Por sua vez, Jonathan Silva, avançava para derrubar qualquer um que lhe fizesse frente. Peças lançadas, eis o onze para devorar o choco frito de Setúbal: Rui Patrício; Jonathan Sila, Coates, Mathieu e Piccini; Battaglia e Adrien; Acuña, Podence, Gelson Martins e Bas Dost.

Entrada a toda o gás do Sporting, com os turbos ligados e direcionados à baliza de Trigueira. O caudal ofensivo era impressionante e sufocante para os setubalenses. No entanto, o corredor direito, com Gelson Martins em destaque, era insuficiente para colocar a bola no gigante Holandês. O defesa Arnold bem tentava fazer fitas para a sua equipa conseguir respirar e os restantes lá iam suportando e defendendo como podiam. Meia hora de jogo, a partida desce de intensidade e fica com pouca qualidade e bastantes passes falhados. Acuña e Podence estavam desligados e sem capacidade para desequilibrar a muralha que ia envolvendo a baliza do Vitória. Contra a maré remava Adrien, muito certinho, pressionante e com aura de guerreiro. O verdadeiro Adrien que todos esperavam estava ali, a empurrar a equipa para a frente. Nos últimos dez minutos, a equipa visitante conseguiu chegar mais perto da baliza de Rui Patrício, mas, mesmo assim, sem fazer cócegas ao guardião do templo. O jogo pedia intervalo e Bruno Paixão fez questão de adiantar o relógio para mandar as equipas descansar. Foram quarenta e cinco minutos onde o Sporting construiu muito para derrubar o castelo Vitoriano, porém, sem sucesso.

Adrien esteve em bom plano na primeira parte do jogo  Fonte: Liga Portugal
Adrien esteve em bom plano na primeira parte do jogo
Fonte: Liga Portugal

À barra! Logo a abrir a segunda parte, jogada de insistência e a bola a sobrar para o capitão leonino, Adrien Silva, que atira ao ferro da baliza. O Sporting, persistia em jogar pelos sectores e em cruzamentos para a área. Bas Dost queria a bola servida numa bandeja e ia esbanjando a oportunidade de rematar e libertar os nervos das bancadas. Nervos que cresciam à medida que o tempo passava e que Jorge Jesus mastigava a caixa toda de chicletes. Até Mathieu foi lá à frente tentar. Remate de bicicleta à figura do guarda redes. Era notário a falta de um construtor de jogo ofensivo e a equipa do Setúbal parecia querer fechar o choco frito, bloqueando todas as investidas leoninas.

Doumbia e Bruno César foram lançados para o lugar dos apagados Acuña e Podence. Mais um matador na frente e mais um jogador para esticar a ala. Já com Bruno Fernandes em campo para o lugar de Arien, foi Doumbia que deixou escapar uma grande oportunidade de abrir o marcador. Sem Trigueira na baliza, o costa-marfinense, num gesto acrobático ao género de Bruce Lee, rematou ao lado para desespero dos quarenta e dois mil adeptos nas bancadas. JJ nem queria acreditar e a aquele cabelo branco era agora um ninho de nervos. O jogo entrava na fase final e os jogadores começavam a demostrar grandes níveis de ansiedade. Até que aos oitenta e cinco minutos, Nuno Pinto derruba Bas Dost e Bruno Paixão assinala penalti. Chamado a converter, o holandês, com grande frieza, remata para grande erupção de alegria verde branca. Momento de grande euforia em Alvalade, o Sporting adiantava-se com justiça no marcador e garantia desta forma três preciosos pontos numa partida de grande grau de dificuldade.

É perceptível que esta equipa necessita de mais jogos. Aquela entrada em jogo juntamente com a intensidade que a equipa irá adquirir ao longo do tempo, serão, certamente, um cocktail perfeito para aniquilar dificuldades e extinguir os níveis de ansiedade demonstrados no decorrer do jogo.

António Gonçalves
António Gonçalveshttp://www.bolanarede.pt
O António considera-se um analista de verdade e verde e branco com seriedade.                                                                                                                                                 O António não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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