Sporting CP 2-1 CD Santa Clara: E… temos dérbi na final!

    A CRÓNICA: ERROS INDIVIDUAIS DITAM VINGANÇA LEONINA

    Na segunda meia-final da Final Four da Taça da Liga, o Sporting CP venceu o CD Santa Clara por 2-1. Lincoln adiantou os açorianos no marcados, mas um auto-golo de Villanueva e uma grande penalidade de Sarabia sentenciaram o encontro.

    Numa primeira parte de novo infeliz para o Sporting CP, foi o CD Santa Clara que quis aproveitar as fragilidades leoninas.

    Nuno Santos ainda conseguiu causar alguma confusão na área adversária, mas foi Lincoln que fez balançar pela primeira vez as redes. Aos 32 minutos, num livre muito bem estudado pelos açoreanos, o médio ofensivo brasileiro encheu o pé e não deu hipóteses a Adán. Os fantasmas voltavam assim a assombrar a turma de Alvalade.

    O Sporting CP rapidamente procurou a resposta, mas nem a pressão da equipa estava a surtir o devido efeito. Nuno Santos e Ricardo Esgaio tentavam dar a máxima profundidade nas alas para criar perigo à equipa de Mário Silva. Acabou por ter o devido efeito.

    Aos 38 minutos, Ricardo Esgaio apareceu solto na área e atirou para o fundo da baliza, mas o lance foi anulado por posição irregular do lateral sportinguista. Mas, poucos minutos depois, foi Nuno Santos que deu a ação necessária para vermos um golo desta vez validado.

    O lateral apareceu em grande velocidade no corredor esquerdo e cruzou tenso para a grande área. Não foi preciso nenhum jogador leonino finalizar, visto que Villanueva não conseguiu impedir que a tentativa de corte entrasse na própria baliza.

    Este não foi de todo um golpe psicológico para os açoreanos, uma vez que Cryzan quis dar um novo aviso aos leões. Mais um lance de bola parada e cabeceamento ao poste do extremo.

    O resultado estabelecia-se na igualdade a um golo, com muito jogo ainda para ver.

    A segunda parte significou um crescimento sustentado da equipa leonina. Aos 58 minutos, Tabata deu o primeiro aviso, mas o golo acabou por ser invalidado por posição irregular do avançado brasileiro.

    Mas o verdadeiro momento do encontro ficou reservado para depois. Rui Costa levantou o braço na área e a ação negligente do jogador acabou por culminar em vermelho direto e grande penalidade para a equipa de Rúben Amorim. Sarabia converteu com sucesso e virou por completo o sentido do jogo.

    Até ao final, destaque apenas para o falhanço clamoroso de Paulinho já perto dos 90 minutos.

    Contudo, o resultado ficou fechado e temos um segundo finalista para concretizar mais um derbie lisboeta, desta vez na final da Taça da Liga.

     

     

     

    A FIGURA

    Fonte: Cláudia Figueiredo / Bola na Rede

    Pablo Sarabia – Não foi nenhuma exibição de gala do extremo leonino, mas foi o suficiente para ajudar o Sporting CP a apurar-se para a final. Sarabia foi um dos mais inconformados na frente de ataque e conquistou a grande penalidade que depois converteu para a reviravolta.

     

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Cláudia Figueiredo / Bola na Rede

    Rui Costa – Para além de não ser uma amostra de perigo do ataque açoriano, Rui Costa teve uma ação totalmente negligente na grande área que ajudou a comprometer as ambições do CD Santa Clara. Para além do penalti cometido, colocou a equipa reduzida a 10 jogadores.

     

    ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP

    A equipa de Rúben Amorim alinhou num 3-4-3, com um ataque muito móvel composto por Pedro Gonçalves e Sarabia nas alas no apoio a Tabata. Um dos dados de destaque desta frente de ataque via-se nas constantes trocas posicionais com Pedro Gonçalves.

    Principalmente na primeira parte, sentiu-se a falta de um ponta de lança fixo e de um 9 puro, visto que se sentia uma ausência de poder físico nas bolas paradas.

    Relativamente às laterais, num jogo sem ponta de lança no onze inicial, Ricardo Esgaio e Nuno Santos não ficaram mais apagados. Destaque especial para Nuno Santos que sempre deu uma grande profundidade à ala esquerda leonina, o que até ajudou no golo do empate.

    O segundo tempo acabou por mostrar algumas melhorias em alguns aspetos. As bolas paradas começaram a ser mais bem controladas e as substituições trouxeram outra estabilidade à equipa. As transições passaram a ser a principal imagem de marca.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Adán (4)

    Matheus Reis (5)

    Gonçalo Inácio (5)

    Neto (5)

    Nuno Santos (7)

    Palhinha (4)

    Ugarte (5)

    Ricardo Esgaio (6)

    Sarabia (7)

    Pedro Gonçalves (4)

    Tabata (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Matheus Nunes (5)

    Paulinho (4)

    Rúben Vinagre (-)

    Gonçalo Esteves (-)

    Tiago Tomás (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – CD SANTA CLARA

    A equipa de Mário Silva alinhou num 4-2-3-1 com Rui Costa isolado na frente de ataque. Lincoln era o homem mais solto capaz de aparecer mais atrás do ponta de lança ou a extremo.

    As bolas paradas acabaram por se tornar num dos pontos mais benéficos da equipa, que, principalmente na primeira parte, conseguiu anular da melhor forma o ataque móvel do adversário.

    Apesar do erro defensivo que culminou no golo do empate na primeira parte, o ponto de viragem deu-se com a expulsão de Rui Costa. A equipa teve de se reorganizar taticamente e Cryzan tornou-se a principal referência na frente de ataque.

    Outro dado de destaque vai para as últimas substituições operadas por Mário Silva, com vista a refrescar as alas logo depois das substituições do Sporting CP.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Ricardo Fernandes (4)

    Mansur (5)

    Boateng (4)

    Villanueva (3)

    Sagna (4)

    Anderson Carvalho (4)

    Romão (4)

    Ricardinho (5)

    Cryzan (5)

    Lincoln (6)

    Rui Costa (3)

    SUBS UTILIZADOS

    Mohebi (4)

    Nené (4)

    Rafael Ramos (-)

    Barreto (-)

    Paulo Henrique (-)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Sporting CP

    Não foi possível colocar questões ao treinador do Sporting CP, Rúben Amorim

    CD Santa Clara

    BnR: A qualidade nas bolas paradas é um aspeto positivo a retirar deste jogo?

    Mário Silva: Nós sabíamos que tínhamos de aproveitar o jogo para podermos criar perigo. A bola parada é um momento importante do jogo e é um momento em que tentámos, ou seja, sabíamos que quando houvesse uma bola parada, tínhamos de apostar forte, porque poderia ser a partir daí que podíamos marcar e vencer o jogo. Fizemos um golo de bola parada e tivemos perto de fazer outro. Infelizmente não conseguimos, mas acredito que a minha equipa não merecia sofrer derrotada.

     

     

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    João Castro
    João Castrohttp://www.bolanarede.pt
    O João estuda jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. A sua grande paixão é sem dúvida o jornalismo desportivo, sendo que para ele tudo o que seja um bom jogo de futebol é bem-vindo. Pode-se dizer que esta sua paixão surgiu desde que começou a perceber que o mundo do futebol é muito mais que uma bola a passear na relva.