Sporting CP 2-1 Moreirense FC: Um leão com garras menos afiadas, mas que acabou por vencer

    A CRÓNICA: UM INÍCIO QUE PROMETEU, MAS QUE NÃO CUMPRIU

    O silêncio apoderou-se das bancadas do Estádio de Alvalade mesmo antes do apito inicial. , não, não estou a falar de estádios vazios. Em causa, estava uma das semanas mais tristes para os amantes do futebol. Porque são, nada mais, nada menos do que três nomes que nos deixam: Reinaldo Teles, Diego Maradona e Vítor Oliveira.

    Quanto ao jogo, o duelo entre Sporting CP e o Moreirense FC começa bem animado e contra todas as probabilidades. Logo aos três minutos, a equipa de Moreira de Cónegos põe o pé no acelerador. E atenção que o excesso de velocidade de D’Alberto não deu em multa, mas sim em auto-golo de Luís Neto. O Moreirense é feliz na primeira oportunidade da partida, mas os leões não acusam a pressão do golo prematuro.

    Cinco minutos depois, eis que surge a reposta do Sporting e, claro está, na mesma moeda: Nuno Santos arranca a toda a velocidade pelo flanco esquerdo e faz um grande cruzamento para o coração da área. Depois, confusão entre Pedro Gonçalves e Fábio Pacheco que acaba por dar no 1-1 em Alvalade. Uma boa resposta por parte do Sporting que não tremeu com o golo e consegue, assim, repor a igualdade depois de um cruzamento venenoso para a pequena área.

    O resto da primeira parte continuou com o domínio dos de verde e branco. O Sporting vacilou nos primeiros momentos da partida, dando a ideia de que a estratégia de César Peixoto deixou surpresas inicialmente. Ainda assim, o conjunto de Rúben Amorim acabou por se impor no jogo. Aos 22 minutos, mais uma cruzamento teleguiado de Nuno Santos, Sporar cabeceia, mas a bola vai parar à trave. No mesmo lance, ainda há oportunidade de golo, mas valeu a intuição de Pasinato, com uma palmada, a conseguir afastar a bola da sua baliza. Nos minutos finais da primeira parte, ainda houve investidas por parte do Moreirense, mas sem a mesma felicidade do que no começo do primeiro tempo.

    A segunda parte foi francamente muito pobre. Mas por parte de ambos os conjuntos. Tanto Sporting como Moreirense vieram adormecidos do balneário e quem é que pagou por isso? Pois é, o espetáculo de futebol. Falta de ritmo, falta de emoção, falta de oportunidades. Foi muito isto durante grande parte do segundo tempo. Só aos 69′ é que a tendência se inverte: Pote tenta a sua sorte através de um chapéu daqueles, mas a bola acaba por ir à trave. Estava guardado para mais tarde o momento de felicidade porque, seis minutos depois, o mesmo suspeito atirou em jeito e em bomba para o segundo golo dos leões esta noite numa lance em que Pasinato fica muito mal na fotografia.

    Este Sporting x Moreirense não foi um jogo fantástico em que o Sporting menos convincente dos últimos tempos foi, ainda assim, feliz à boleia de Pedro Gonçalves.

     

     

    A FIGURA

    Carlos Silva / Bola na Rede

    Pedro Gonçalves – Terá o Sporting encontrado outro protagonista como era Bruno Fernandes? Ainda é cedo para o dizer, mas o que é certo é que Pedro Gonçalves tem sido o talismã na equipa leonina. Até começou este duelo, mais apagado do que o habitual, mas o que é certo é que neste jogo, foram dois golos, muita irreverência e um golo de se tirar o chapéu (futebolisticamente falando) que acabou por não acontecer.

     

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

    Dupla Neto e Feddal – De facto pede-se mais a dois centrais de um clube como o Sporting. Falta critério e falta sobretudo confiança a esta dupla mais recuada da equipa de Rúben Amorim. Expuseram demasiado a equipa leonina em terrenos proibidos e nem sequer falo do golo prematuro da equipa de Moreira de Cónegos logo aos três minutos.

     

    ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP

    O Sporting apresentou-se esta noite em 3-4-3. A equipa de Rúben Amorim, a certa altura, parecia uma equipa algo partida. Muito principalmente por ter tido de se adaptar à estratégia de César Peixoto. Ainda assim, ao longo dos minutos os leões iam conseguindo impedir que o Moreirense impusesse a velocidade que se viu no primeiro golo da partida e evitar esses mesmos momentos de transição.

    O conjunto de Rúben Amorim conseguiu também começar a tirar proveito de algumas debilidades da última linha defensiva do Moreirense. O que faltava ao Sporting era, de facto, critério na finalização. Porque, de resto, na maioria da primeira parte, os leões estavam a conseguir superiorizar-se face ao adversário.

    Na primeira parte, foi um Sporting muito mais intenso, a não dar espaço ao portador da bola e que, com essa pressão, conseguiu por inúmeras vezes recuperar rapidamente a posse de bola. Com um Moreirense muito compacto e com as suas linhas muito juntas, houve também uma estratégia por parte do Sporting para aproveitar os espaços do adversário. E sempre que o conjunto leonino conseguia ultrapassar um jogador ou uma linha de pressão, o Sporting conseguia ter ainda mais espaço para explorar as jogadas. Já na segunda parte, foi um Sporting muito mais passivo, mas que acabou por ter a “estrelinha” dos três pontes.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Adán (5)

    Neto (4)

    Coates (5)

    Feddal (3)

    Pedro Porro (5)

    Palhinha (6)

    João Mário (4)

    Nuno Mendes (5)

    Pedro Gonçalves (7)

    Nuno Santos (7)

    Sporar (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Jovane Cabral (6)

    Tiago Tomás (-)

    Matheus Nunes (-)

    Antunes (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – MOREIRENSE FC

    César Peixoto apresentou-se esta noite em Alvalade num 5-2-3, num bloco muito compacto. Um esquema inovador, comparado com a estratégia de Ricardo Soares que certamente surpreendeu a equipa de Rúben Amorim.

    Foi m Moreirense que se desdobrou entre os momentos em que tinha a bola e quando não a tinha. Uma equipa a fazer muita pressão ao portador da bola e, para isso, contou com dois homens muito pressionantes na frente. Ainda assim, quando esta primeira barreira era ultrapassada, houve também muito apoio por parte dos laterais de Moreira de Cónegos.

    Na segunda parte, César Pexoto tenta refrescar uma peça em cada setor e aposta num 5-4-1 com um bloco ainda mais recuado.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Pasinato (4)

    Rosic (6)

    D’ Alberto (7)

    Steven Vitória (5)

    Afonso Figueiredo (5)

    Felipe Pires (5)

    Alexandre Soares (6)

    Fábio Pacheco (6)

    Walterson (5)

    André Luís (6)

    Gonçalo Franco (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Matheus Silva (5)

    Derik Lacerda (5)

    David Tavares (5)

    Jefferson (-)

    Ibrahima Camará (-)

     

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    Inês Marques Santos
    Inês Marques Santoshttp://www.bolanarede.pt
    A Inês é licenciada em Jornalismo. A experiência do Bola na Rede veio juntar duas coisas de que gosta de fazer: escrever e ver futebol. Desde nova que quer entrar no mundo do jornalismo desportivo e espera um dia conseguir marcar o seu lugar no mesmo.