Sporting CP 3-0 CD Aves: Mais três golos para a mesa de Dost

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    O Sporting CP venceu esta noite o CD Aves por 3-0, na décima oitava jornada da Primeira Liga, mantendo assim a vantagem de três pontos face ao SL Benfica e passando provisoriamente para a liderança do campeonato, enquanto espera pelo jogo desta segunda feira do FC Porto frente ao Estoril-Praia. Como era de esperar, a equipa leonina entrou em campo com muitos regressos face ao último jogo, da Taça de Portugal, contra o Cova da Piedade, com Jorge Jesus a fazer alinhar o seu melhor onze: os regressos de Mathieu, Bruno Fernandes ou William Carvalho foram óbvios, dada a prioridade dada ao campeonato. Porém, a grande novidade foi mesmo a entrada imediata de Rúben Ribeiro no onze inicial, com o criativo português a fazer o lugar que tem sido ocupado habitualmente por Daniel Podence, atrás de Bas Dost. Já Hugo Relvas, adjunto do CD Aves, efetuou cinco alterações face à histórica partida contra o Rio Ave, que carimbou a passagem dos nortenhos para as meias-finais da Taça de Portugal.

    O jogo começou e os primeiros trinta minutos da partida foram uma autêntica lição de como não se deve subestimar qualquer equipa, mesmo uma vinda do segundo escalão profissional: o Desportivo das Aves entrou com a lição bem estudada e soube utilizar o ponto fraco dos leões em casa, que costuma demonstrar dificuldades perante equipas mais fechadas. O emblema de Vila das Aves jogou sempre com praticamente toda a equipa atrás da linha da bola, esperando o erro do adversário. Esse foi surgindo e durante os primeiros trinta minutos de jogo as duas equipas repartiam oportunidades, apesar de, claramente, o Sporting ter mais bola e estar por cima na partida. Marcos Acuña e Piccini para o Sporting, e Amilton e Salvador Agra para o Aves, criavam as únicas oportunidades do encontro, com as da equipa forasteira a terem as principais oprotunidades.

    Daquilo que se via deste período de jogo, avizinhava-se uma partida complicada para os “leões”, condenada a um golpe individual que abrisse finalmente a “muralha” minhota. E esse golpe chegou mesmo a tempo, aos 32 minutos, e logo pelo novo municiador do ataque leonino: Ruben Ribeiro livra-se da pressão de dois adversários com uma finta de corpo e, arranjando espaço já dentro da área, cruza milimetricamente para a cabeça de Bas Dost, que não falhou. Décimo sétimo golo do holandês em dezoito jogos, média muito positiva para o ponta-de-lança leonino, que abria mais uma vez o marcador.

    Respiravam fundo os adeptos leoninos, com o primeiro problema resolvido. Mas o certo é que a tendência se manteve, com o Aves a continuar atrás da linha da bola e a apostar no contra-ataque. E quase que resultava: após remate perigoso de Bruno Fernandes, ao lado da baliza de Quim, seguiu Salvador Agra pelo lado direito e por pouco que Amilton não fez o empate. A bola foi à trave da baliza de Rui Patrício, naquela que foi a melhor oportunidade de golo do jogo.

    Sporting e Desportivo das Aves seguiram então para o intervalo com vantagem dos leões, que apesar de justa não tranquilizava os adeptos da casa. O Aves manteve a identidade após o golo, mantendo-se recuado, e a falta de espaço e de velocidade da equipa leonina não deixavam os “leões” tranquilos com o resultado.

    Jogo muito disputado na primeira parte, apesar da vantagem leonina Fonte: Bola Na Rede
    Jogo muito disputado na primeira parte, apesar da vantagem leonina
    Fonte: Bola Na Rede

    Para a segunda parte, o Aves, hoje com o treinador Hugo Relvas no comando, apostou na teórica manutenção da estratégia da primeira, colocando de imediato em jogo Arango – que fez um grande jogo para a Taça de Portugal – no lugar de Guedes. Mas a tentativa foi por água abaixo de forma igualmente rápida: aos cinquenta minutos, Gelson leva um encosto de Vítor Gomes na área do Desportivo das Aves e o árbitro João Pinheiro assinala grande penalidade para os leões. A decisão parece correta e correta foi também a abordagem do matador de serviço. Bas Dost correu para mais um golo, o décimo oitavo em dezoito jogos, chegando assim à média de um golo por jogo. Finalmente respirava-se melhor em Alvalade e o Sporting fazia por merecê-lo. 2-0 para a equipa da casa.

    A partir daqui, a qualidade de jogo entrou em decadência, sendo os únicos momentos de destaque as substituições efetuadas por ambos os treinadores, com especial enfoque para a ovação da noite, recebida por Ruben Ribeiro aos 65 minutos, quando saiu para dar lugar a Battaglia. Estreia muito positiva do jogador português, que abriu o jogo com uma magnífica assistência para o primeiro golo de Bas Dost. Até ao final da partida houve apenas tempo para mais três momentos: primeiro dois remates falhados dos “leões”, por Bruno Fernandes – muito por cima da baliza –, e por Gelson Martins, aos 83 minutos; e depois, para fechar em beleza, mais um golo do inevitável. Começa a ser já uma formalidade o avançado holandês fazer um hat-trick. Boa desmarcação pela direita de Piccini e o italiano a oferecer mais um golo a Dost, que esperava para encostar, solto na área.

    O Sporting CP venceu assim o CD Aves por três bolas a zero, resultado justo para a produção da equipa leonina. A primeira parte foi um desafio complicado para os “leões”, com mérito para o Aves, que veio a Lisboa bem organizado. Após os dois primeiros golos de Dost, o jogo abriu e facilitou para os “leões”, com mais um hat-trick de Bas Dost. O Sporting ocupa agora, provisoriamente, a liderança do campeonato, com mais um ponto do que o FC Porto, que joga segunda feira, e com mais três pontos do que o Benfica.

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    André Maia
    André Maiahttp://www.bolanarede.pt
    Durante os seus primeiros seis anos de vida, o André não ligava a futebol. Até que no dia 24 de junho de 2004, quando viu o Ricardo a defender um penálti sem luvas, se apaixonou pelo jogo. Amante da história de futebol e sempre com factos na ponta da língua, tem Cristiano Ronaldo e Rui Patrício como os seus maiores ídolos.                                                                                                                                                 O André escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.