Sporting CP 3-1 CS Marítimo: Samba de Raphinha dá ritmo ao leão

    Depois da derrota na última jornada da temporada passada, derrota essa que foi um dos principais catalizadores da crise de Maio passado em Alvalade e Alcochete, o Sporting CP voltava a medir forças com o CS Marítimo.

    O encontro, para além de marcar a estreia da equipa de futebol sobre o “reinado” de Frederico Varandas, trazia também de regresso ao José de Alvalade um ex-jogador do clube: Danny. O médio português regressou esta temporada à “sua” Madeira e voltava também a pisar um estádio que bem conhece.

    José Peseiro mexeu menos no seu onze do que aquilo que se esperaria; com Montero, Battaglia ou Salin a manter o seu lugar no onze e a adiar a estreia a titular dos três reforços: Renan, Gudelj e Diaby. Ainda assim, Bruno Gaspar e a (boa) surpresa Jovane Cabral começavam de início pela primeira vez com a camisola verde e branca.

    Jogando no seu 4-2-3-1, e recorrendo ao seu meio campo habitual (com o trio composto por Batta, Bruno Fernandes e o agora central Acuña), Peseiro mostrava que queria mesmo renovar a conquista da Taça da Liga e dobrar as suas conquistas pessoais, após a conquistada em 2013 pelo SC Braga.

    Já do lado insular, o Marítimo procurava a primeira vitória no reduto do leão desde 2013, quando a 10 de Fevereiro o sul-coreano Suk Hyun-Jun fez um golo solitário que deu três pontos aos madeirenses. Também em 4-2-3-1, com Danny no apoio a Rodrigo Pinho (que entrou para o lugar de João Tentúgal depois do português ter saído da ficha de jogo), o treinador Cláudio Braga vinha a Lisboa à procura de começar a Taça da Liga da melhor forma.

    O jogo começou com Jovane e principalmente Raphinha a mexerem com o jogo leonino. Foi mesmo do extremo contratado ao Vitória SC que teve nos pés a primeira oportunidade de golo mas, logo na resposta, os insulares também assustaram a equipa da casa, mostrando que queriam entrar na disputa apesar do maior domínio do Sporting.

    Depois do primeiro quarto de hora, o Marítimo conseguiu avançar as suas linhas e começar a criar jogo no seu meio-campo ofensivo, usando também alguns contra-ataques para chegar de forma célere à grande área adversária ultrapassando assim a fase inicial de pressão dos leões.

    Esta subida territorial acabou por ser prejudicial para os visitantes; numa jogada pela zona central e após uma perda de bola insular, Montero descobriu Raphinha solto de marcação e o brasileiro conseguiu estrear-se a marcar pelos verde e brancos. O primeiro golo do Sporting estava feito e os adeptos suspiravam de alívio, uma vez que os leões tinham vindo a perder algum do gás inicial.

    O número 21 fez o primeiro golo de leão ao peito
    Fonte: Sporting CP

    O golo acalmou a equipa de Peseiro e acabou por mexer com o psicológico dos visitantes, permitindo que Jovane Cabral voltasse a mexer com o jogo e a aparecer na partida, aplicando velocidade e até tentando de meia distância.

    Até ao final da primeira parte, assistiu-se a um jogo controlado pelo Sporting, com mais posse de bola e com Coates a ficar a centímetros do 2-0.

    O segundo tempo começou sem alterações de parte a parte, ainda que Luc Castaignos e Nemanja Gudelj tenham aproveitado o tempo de intervalo para realizarem exercícios leves de aquecimento.

    Ao contrário do primeiro tempo, a etapa complementar começou com uma jogada de perigo insular; Salin repõe mal a bola após um pontapé de baliza e Jean Cléber, após cruzamento da direita de Correa, tenta surpreender o guardião francês com um toque subtil de calcanhar, mas Salin defende junto ao solo.

    Pouco tempo depois, Rodrigo Pinho insere a bola na baliza leonina, em mais uma jogada em que a equipa do Sporting parecia adormecida. A jogada acaba por ser invalidada por Manuel Mota, árbitro da partida, mas tudo pareceu legal.

    Ao 54′, e após uma grande penalidade conquistada pelo irreverente Jovane, Bruno Fernandes saiu da apatia em que se encontrava na partida e fez o segundo golo dos verde e brancos. Este golo acabou por ser um pouco contra a corrente do jogo mas onde se percebeu a importância que Jovane (e Raphinha) têm nesta equipa do Sporting. A velocidade e imprevisibilidade de ambos incutem no jogo torna-os em peças fulcrais no jogo ofensivo da equipa.

    Seis minutos depois, e depois de novo adormecimento leonino, o Marítimo reduziu para 2-1. Jorge Correa, que já tinha assustado Salin minutos antes, aproveita um erro de Acuña para marcar e dar uma nova esperança aos madeirenses.

    Contudo, a reação da equipa da casa foi instantânea. Após um lançamento longo de Salin, Montero luta entre os centrais adversários, combina com Bruno Fernandes e o capitão leonino bisa na partida.

    Este segundo golo de Bruno Fernandes e terceiro dos leões não esmoreceu a equipa de Cláudio Braga, que continuou à procura da discussão do resultado. O meio campo do Sporting, com Bruno Fernandes e Battaglia já amarelados, tinha muito trabalho em conter Danny e Jean Cléber.

    Notando esta quebra nos seus jogadores, Peseiro decidiu reforçar a zona centro do meio campo, colocando em campo Wendel e Gudelj e fazendo subir Bruno Fernandes para apoiar Fredy Montero. As substituições mudaram para melhor a exibição leonina, passando a controlar a zona intermédia e anulando aquela que era a grande força insular, o seu meio-campo.

    Os últimos quinze minutos foram de controlo e posse de bola do Sporting, com poucas ocasiões de parte a parte e com um jogo bem menos bonito e apelativo do que o início de segunda parte nos trouxe. Já perto do final do encontro, Peseiro promoveu mais uma estreia com a entrada de Diaby, respondendo o treinador insular com a entrada de mais um avançado e a passagem táctica para um 4-4-2 com Ioannidis a fazer companhia a Tagueu no ataque.

    Já nos descontos, o pior momento da partida; Wendel sofre uma agressão de Lucas Áfrico, com o central da equipa madeirense a pontapear o médio brasileiro no peito.

    O final da partida chegou pouco depois e a vitória do Sporting acabou por se tornar confortável com a passagens dos minutos,  mas uma palavra para o bom esforço produzido pelo Marítimo, que nunca se conformou ou desistiu de procurar melhor sorte em Alvalade.

    Onzes iniciais:

    Sporting CP: Salin; Bruno Gaspar, Coates, André Pinto e Jefferson; Battaglia, Bruno Fernandes, Raphinha (Diaby, 88′) e Acuña (Gudelj, 70′) ; Jovane (Wendel, 70′) e Montero.

    CS Marítimo: Charles; Bebeto, Zainadine, Áfrico e China; Correa, Fabrício (Ioannidis, 88′), Jean Cléber e Barrera (Edgar Costa, 64′); Danny e Rodrigo Pinho (Joel Tagueu, 64′).

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    Vítor Miguel Gonçalves
    Vítor Miguel Gonçalveshttp://www.bolanarede.pt
    Para Vítor, os domingos da sua infância eram passados no velhinho Alvalade, com jogos das camadas jovens de manhã, modalidades na nave e futebol sénior ao final da tarde.