Sporting CP | A guerra interna entre Varandistas e Brunistas

    Não é de hoje. O Sporting CP sempre foi um clube de grupos, grupinhos e grupetas em que cada um tenta ocupar o lugar do outro. Alvalade sempre teve os seus corredores cheios de intrigas e tentativas de golpes de estado.

    Aconteceu com a queda da anterior direcção e, muito provavelmente, também acontecerá com a que se encontra em funções. Basta que o caminho seguido não vá de encontro aos interesses de quem realmente manda, que são sempre os mesmos. E mais não digo (pelo menos quanto a essa temática).

    A guerra agora está entre adeptos e sócios apoiantes da actual direcção (denominados Varandistas), e os que estão contra o caminho que o clube está a tomar (denominados Brunistas). Esta é mais uma espécie de guerra sem pólvora, que pouco mais serve do que para entreter os rivais e desviar atenções dos reais problemas do clube.

    Porque enquanto os sócios e adeptos se mantém nas redes sociais a discutir o sexo dos anjos, quem manda (não estou a falar da direcção de Varandas) tem toda a liberdade de dirigir o clube, segundo os seus próprios interesses (que não é o mesmo que os do sócio comum) e os dos seus “amigos”.

    A verdade é que este bate boca não faz qualquer sentido e não ajuda em nada a melhorar o futuro do clube. Ver um “Varandista” acusar um “Brunista” que só vem fazer publicações nas redes sociais com as derrotas do clube, quando os próprios só o fazem com as vitórias é no mínimo intelectualmente desonesto, assim como o inverso também o é.

    Bruno de Carvalho, mesmo não estando incutido no projeto Sporting CP, continua a criar divisão e controvérsia na massa adepta leonina
    Fonte: Sporting CP

    Sportinguistas contra sportinguistas nunca será uma boa solução para o clube, assim como a perseguição que a actual direcção está a fazer às claques (que até ver também são sportinguistas – e em último caso não se estarão a servir mais do clube do que os dirigentes que por lá têm passado). O que quer dizer que esta divisão está também a ser promovida por quem dirige actualmente o clube. E mesmo a divisão “Varandistas”/”Brunistas” é alimentada pela direcção, quando assumem que tudo o que teve origem na anterior administração é mau.

    O presidente do Sporting CP deveria assumir as coisas boas que herdou, em vez de andar constantemente a lamentar a que pesa. Devia ter deixado apenas quem pertenceu à anterior direcção, ao ser destituída, ficasse apenas como a “anterior direcção” em vez de os tornar “os exorcizados”. Ao continuar a alimentar isto, alimenta esta guerra sem sentido.

    Se o comandante não tiver a clareza de espirito para o fazer, pelo menos as tropas que percebam estar a seguir uma estratégia destrutiva. Que estes entendam que, numa guerra, quem “morre” é quem anda na frente de batalha e nunca as altas patentes. E assim como qualquer país que vive em guerra, o clube nunca sai reforçado, apenas um pouco mais destruído.

    Os tais exércitos, do nojo ou não, que andam nas redes sociais têm também de entender que, criticar só porque sim, só porque é algo feito pela pessoa que não apoiam, por vezes, muitas vezes, torna-se apenas ridículo, e perdem toda a credibilidade para depois poderem criticar situações realmente importante e relevantes.

    O Sporting CP vive em constante guerra civil e, por isso, nunca conseguirá voltar a ser forte. Tréguas é o que se exige e o exemplo terá de vir sempre de cima. Porque se assim não for, nenhuma das facções vai dar o braço a torcer e não sairemos desta “pescadinha de rabo na boca”. E quem perde é o Sporting CP. Sempre!

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    Nuno Almeida
    Nuno Almeidahttp://www.bolanarede.pt
    Nascido no seio de uma família adepta de um clube rival, criou ligação ao Sporting através de amigos. Ainda que de um meio rural, onde era muito difícil ver jogos ao vivo do clube de coração, e em tempos de menos pujança futebolística, a vontade de ser Sporting foi crescendo, passando a defender com garras e dentes o Sporting Clube de Portugal.