Sporting CP | Daniel Bragança e a falta de minutos

    Se olharmos para os números de forma simples, Daniel Bragança soma quatro em seis jogos possíveis de leão ao peito, na presente época desportiva. Se olharmos em detalhe para esses números é possível verificar que nunca jogou mais do que 34 minutos – jogo diante do Portimonense SC. Soma assim, então, 82 minutos entre o campeonato português e a Liga Europa num total de 540 minutos.  

    Olhando para o modelo e para a teimosia de Amorim em manter-se fiel ao seu sistema, independentemente do resultado, Daniel Bragança não tem conseguido ter minutos e oportunidades para demonstrar toda a sua qualidade. No passado triunfo leonino diante do Gil Vicente FC, o médio saiu do banco para contribuir – e muito – para a vitória leonina conseguindo uma bela assistência para Tiago Tomás. A sua criatividade, a sua qualidade de passe, a sua capacidade para construir quer em zonas de construção (mais baixas), quer  também em zonas de criação (mais avançadas), podem ajudar o Sporting CP a desbloquear este tipo de jogos contra blocos mais baixos em que é preciso outro tipo de características – ainda mais quando olhamos para João Palhinha e Matheus Nunes – como (muito) mais equilíbrio e transição, invés de ataque posicional e de domínio e controlo, do início ao fim do jogo.

    Jogando de frente para o jogo, Daniel Bragança poderá ser uma mais valia, pois a forma como recebe a bola é fenomenal e demonstra sempre muita inteligência nas suas ações. Sai facilmente da pressão e poderá muito bem ser o dínamo para gerir o ritmo de jogo da equipa leonina. Um jogador associativo e com capacidade para manter a posse de bola e que reclama uma clara oportunidade no onze titular.  

    Preocupa-me a sua falta de minutos, principalmente porque o Sporting CP conta apenas com as provas nacionais e poderá rodar bem menos do que o habitual – pelo menos na teoria. Com a permanência de João Palhinha, com a mudança de Matheus Nunes para o papel de Wendel, com a chegada de João Mário e ainda com Pote a poder atuar naquela posição, as opções são muitas e se um jogador desta qualidade não começa a somar minutos e a continuar a sua evolução apenas vejo um único cenário: a sua saída. Seria mais uma vez um erro a não aposta definitiva em Daniel Bragança, uma das melhores peças da formação leonina, como aconteceu recentemente com Matheus Pereira.   

    Daniel Bragança tem nos seus pés a capacidade para continuar a brilhar e a demonstrar a sua qualidade, mesmo que por poucos minutos. Já Rúben Amorim tem na sua cabeça e nas suas mãos o futuro de um excelente jovem jogador, mas também o futuro do Sporting CP. 

    Artigo revisto por Diogo Teixeira

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    Tiago Silva
    Tiago Silvahttp://www.bolanarede.pt
    Estuda Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. Apaixonado pelo desporto, mas em especial pelo futebol e pelo Sporting Clube de Portugal. Tem um gosto especial por analisar e entender, os vários aspetos tácticos presentes num jogo de futebol. Tem ainda a ambição de se formar em Jornalismo Desportivo e de ser Treinador de Futebol. Por enquanto, mete sobretudo os seus conhecimentos em prática na escrita e no Football Manager.                                                                                                                                                 O Tiago escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.