Como é do conhecimento geral dos fãs do desporto rei, número sete é um número icónico. De facto, desde cedo se nota que as crianças, na obrigação de escolher um número para colocar na parte de trás da camisola, tendem a escolher números dos jogadores que idolatram: Cristiano Ronaldo é um exemplo dessa influência nas crianças. Assim, os números, embora fúteis, são muito importantes para certos jogadores e o mundo do futebol criou estereótipos sobre o que deve representar o jogador que utiliza um certo número. Ora, o número 7 é um dos números que representa um jogador do ataque que marque golos, que drible, que seja rápido e que possua uma técnica acima da média.
Nos últimos tempos, muito se tem falado que em Alvalade existe um número de camisola amaldiçoado: o número sete. De facto, desde que Luís Figo saiu do Sporting CP, o clube não possui um único camisola sete que tenha dado certo em termos de influência na equipa. Tudo o que se viu foram jogadores que sofreram com lesões ou que, pura e simplesmente, não tinham qualidade para representar o clube e, muito menos para herdar a pesada tarefa de ser melhor do que Luís Figo. Mas vamos falar da história:
Sá Pinto, primeiro sucessor de Figo, agrediu o selecionador nacional e sofreu um pesado castigo, apesar de ser um bom jogador; Iordanov, apesar da década que passou em Alvalade e dos 55 golos, foi diagnosticado com esclerose múltipla na época em que escolheu a camisola sete;
Seguiu-se Leandro, avançado Brasileiro que somou alguns golos que não foram suficientes para permanecer no clube (relatos de falta de profissionalismo); Na época de 1999/2000, Delfim ficou com a trágica camisola e teve uma grande quantidade de lesões e na de 2001/2002 Marius Niculae sofre uma grave lesão, apesar do bom início de época;
A camisola 7 do Sporting ficaria sem dono durante quatro anos sendo que só em 2007 é que Marat Izmailov iria escolher esse número. O resultado? Bem, lesões, falta de consistência e acabou por ir parar ao FC Porto. Seguiram-se Bojinov, Jeffrén e Shikabala que, infelizmente não deixaram boas memórias, se é que as deixaram;
A saga continuou com Joel Campbell que nunca se afirmou como deveria, Rúben Ribeiro que apenas fez uma assistência na estreia e rescindiu, Matheus Pereira que só agora se afirma em solo inglês e Rafael Camacho que, tendo potencial, não tem espaço no plantel leonino;
Com este historial, no início de uma nova época surge uma nova esperança. Bruno Tabata escolheu a camisola número sete para estar nas suas costas e aparenta ter as características que acima descrevi como um “digno” proprietário desse número. Será que vai correr bem ou vai ser mais um a comprovar que a camisola sete está amaldiçoada em Alvalade? Teremos de esperar para ver se Bruno Tabata estará à altura do desafio mas uma coisa é certa: existe uma pessoa que conseguirá quebrar esta maldição com toda a certeza. Resta saber se e quando é que Cristiano vai voltar à casa que o mostrou ao mundo do futebol… sonhar é grátis.