Sporting CP | Se Isto é um Pedido

    Carta ao Pai Natal – Sporting CP

     

    Pai Natal
    Edifício Rena Verde Feliz, nº1
    0002-021, Lapónia

    Vizela, 24 de dezembro de 2021

    Querido amigo (ficcional),

    Desculpa a autenticidade voraz, antes de qualquer avanço ou ultrapassagem no diálogo. Pai Natal, o senhor, mais do que qualquer outra alma guarnecida pela imaginação, sabe que o autor desta carta deixou os pedidos bem lá atrás e já não os utiliza faz muito tempo.

    Senhor Pai Natal, se alguém lhe disse o que estou prestes a grafar, prima a tecla um e ignore a mensagem: a sua generosidade não tem limites, a conceptualização da dádiva está representada pela sua pessoa.

    Nunca ouvi ninguém dizer, ou escrever, que o ia presentear numa determinada circunstância como forma de agradecimento pelos Natais “safados” das paranoias familiares ou extraconjugais.

    Mas o assunto desta carta assume outra dimensão. E convém realizar o teletransporte para esse cosmos clubístico porque me faltam as analogias e companhia.

    Em nome da entidade – Bola na Rede – foi solicitada a redação e o estabelecer do contacto com a pessoa que alista os milhões de pedidos, por ano, e os concebe de modo quase miraculoso.

    Não me venham dizer que as crianças preenchem, na totalidade, o conjunto descrito porque os adolescentes, fruto da sua vileza e inconstância permanente, manufaturam birras como quem devora Ferrero Rocher.

    Incumbiram-me de falar do Sporting CP. Foi isso que vim aqui fazer, embora não estivesse 100% consciente de estar a contribuir para o bem-estar do clube. São duas épocas natalícias consecutivas em quase todas as frentes de competição.

    Os adeptos parecem, finalmente, remar para o mesmo lado. Os ventos têm favorecido. Os onze iniciais, citando o treinador, respiram solidariedade e solidez. Os Backstages oferecem uma representação daquele que é o espírito vivido diariamente. Ainda me estou a habituar a tudo isto…

    Pelas razões enumeradas anteriormente, não considero justo pedir reforços este Natal. A polivalência do plantel do Sporting CP é um fator surpreendentemente positivo. Com isto, não quero dizer que a invencibilidade esteja ao nosso alcance ou que será fácil alcançar tal patamar.

    Mas com o Matheus Nunes – posição oito – a cumprir na correria que o flanco direito exige, ganhamos alguma vantagem. Ou com a tranquilidade do Matheus Reis a desempenhar o eixo central no setor defensivo.

    Sei no que estás a pensar… e era precisamente essa a segunda parte desta longa mensagem: estás a sussurrar aos teus braços direitos que mingua, no Sporting CP, um verdadeiro ponta de lança – daqueles que significam golo, um nove puro – e um estratega ofensivo, um antigo António Oliveira, uma batuta, um dez impoluto. É verdade! Nisso estamos plenamente de acordo…

    Consta-se, pelas internets e tal, que o Messi está descontente no PSG. Sejamos francos, o Ronaldo é peça a mais num Manchester completamente “desFergunsoncisado”. O Kevin De Bruyne disse a uma pessoa próxima que estava cansado de ganhar campeonatos no Manchester City.

    O Lewandowski, se não estou equivocado, também mostrou cansaço no momento de regressar ao Bayern e vencer, de novo, todas as competições. O Rúben Dias disse que queria voltar ao SL Benfica, mas o jornalista percebeu mal: o central afirmou ter a pretensão de defrontar, mais vezes numa época, as águias.

    O Pedri é capaz de perder-se no FC Barcelona, com ou sem Xavi no comando – opinião unânime oriunda do café Latitude. O Sané ficou encantado, aquando da estadia em Lisboa para a Champions League, com uma moradia nas costas da casa do Paulinho.

    O Trent Alexander- Arnold descobriu o Whatsapp do Pedro Porro e conversam até às tantas da madrugada. O Benzema adora campeonatos com pouca competitividade e diz que só lhe falta experimentar o português.

    Quanto ao Salah, prometeu vir para jogar apenas na Liga dos Campeões e ajudar a derrubar Pep Guardiola.

    Sporting
    Fonte: Sebastião Rôxo / Bola na Rede

    Pai Natal, isto não é um pedido, nem tão pouco uma ordem. É uma daquelas conversas de filme a relembrar a Máfia. Espero que, ao leres esta mensagem, tenhas em mente a expressão do Don Corleone ou do Tony Soprano.

    Assim me despeço de ti, de 2021 e de uma série de pensamentos que tenho tido. Se não trouxeres nada para o meu Sporting CP, não lhe faltes com saúde e estabilidade.

    Com os melhores cumprimentos,

     

     

     

    P.S: Inseri a assinatura pessoal para não considerares uma brincadeira!

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    Romão Rodrigues
    Romão Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    Em primeira mão, a informação que considera útil: cruza pensamentos, cabeceia análises sobre futebol e tenta marcar opiniões sobre o universo que o rege. Depois, o que considera acessório: Romão Rodrigues, estudante universitário e apaixonado pelas Letras.                                                                                                                                                 O Romão escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.