Deus ajuda quem cedo madruga | Sporting

    De vez em quando e de quando em vez lá vem uma partida de futebol provar que, às vezes, é como começa que importa, por mais que se diga, num acesso de otimismo quase ingénuo, que o que interessa é como acaba. A visita do Sporting a Moreira de Cónegos foi uma dessas partidas. De resto, o próprio Rui Borges, técnico do Moreirense, deixou bem claro não pós-jogo que o golo madrugador dos leões desmontou a equipa minhota.

    É possível tentar argumentar que uma equipa não pode quebrar ao primeiro golo quebrado, mas não será um argumentário fácil de construir. Quantas equipas neste momento conseguiriam disputar (pelo menos isto) uma partida até final com este Sporting depois de quase literalmente entrarem a perder?

    O golo aos dois minutos deu ainda mais confiança a uma equipa que está num momento em que a confiança pré-jogo já é palpável. A forma como Eduardo Quaresma, que há dois meses não era titular dos verde-e-brancos, encara os momentos com bola, a forma como Gonçalo Inácio avança com o esférico, a forma como Coates disputa os lances com o ponta adversário sem qualquer receio, a forma como nem Morita, nem Hjulmand temem ter bola, mesmo apertados…

    Sporting a jogar
    Fonte: Luís Batista Ferreira/Bola na Rede

    A confiança dos jogadores leoninos neste momento está nos píncaros. Nota-se quando o jogo não está de feição e muito mais se nota quando o vento está favorável. Dos dois minutos em diante, este encontro tronou-se ainda mais uma batalha de ânimos, mais do que de forças. Do lado do Moreirense, faltava ânimo para disputar cada lance, enquanto (e porque) do outro lado o ânimo era o de quem sente que pode e sabe tudo.

    Diga-se: não será bem assim (e Amorim até admitiu que nem tudo foi perfeito), mas se há equipa em Portugal, neste momento, que pode fazer crer quem a vê jogar que assim é, é – de muito longe – este Sporting.

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Moreirense

    BnR: Rúben Amorim falava aqui há pouco que o Sporting tinha sido muito intenso na recuperação e que esperou que o Moreirense saltasse na pressão, mas o Moreirense nunca fez. Foi uma decisão estratégica para tentar subverter essa expetativa do treinador do Sporting? Pergunto-lhe ainda se podemos ver mais vezes o trio de meio-campo Ofori-Castro-Franco e o que pode Franco dar à equipa mais adiantado no terreno.

    Rui Borges: O Franco mais à frente em termos defensivos. Em termos ofensivos ele ocupa os mesmos espaços. Em termos defensivos, pode dar-nos mais agressividade, porque é mais intenso que o Allan, que foi quem saiu. É um pouco por aí em termos defensivos. Em termos ofensivos, é igual quer ocupe o lugar na linha de dois ou de quatro a defender. Pode acontecer mais vezes, claro. Lá está, são tomadas de decisões no momento, jogadores mais competitivos, até por causa deste Sporting muto intenso. Em relação à pressão, o golo aos dois minutos desmontou-nos logo um bocadinho em termos mentais. Perdemos confiança e baixámos demasiado, não condicionámos como devíamos ter condicionado. Agora, sabíamos que não podíamos sair em falso, porque, lá está, eles desmontam fácil, percebem fácil onde está o homem livre, vão buscar a um toque, são muito dinâmicos. Estão numa dinâmica muito boa, nós sabíamos disso. Jogámos contra uma grande equipa, ponto final.

    Outras declarações:

    “Dar um abraço ao António Silva e ao João Neves e um abraço ao Zaidu, que é um miúdo muito especial para mim”.

    “Um golo aos dois minutos quebra-nos muito e deu ânimo ao Sporting que já vinha numa dinâmica muito boa”.

    “Tivemos logo ali na fase inicial algumas saídas, mas não conseguimos”.

    “O Sporting chegou ao 0-2 com mérito”.

    “No primeiro golo, eles têm alguma sorte num ressalto. No segundo golo não fomos competentes na ocupação de espaços, que é algo que nós trabalhamos todas as semanas”.

    “Ao intervalo, só pedimos que a nossa intensidade estivesse um patamar acima do normal”.

    “O Sporting desmonta os adversários muito bem, tínhamos de ter mais intensidade”.

    “Na segunda parte, fomos mais corajosos e, com bola, fomos mais dinâmicos e mais móveis. Equilibrámos o jogo”.

    Sporting

    Rúben Amorim:

    “Dá-nos muita força chegar aqui e ver a quantidade de adeptos que o Sporting traz”.

    “Muito obrigado aos adeptos, sente-se no estádio a ligação que têm com a equipa”.

    “Tivemos uma primeira parte muito intensa, muito fortes a reagir quando perdíamos a bola e sem dar quase nenhuma bola para transição”.

    “O Moreirense não teve oportunidades”.

    “Foi um jogo em que fomos a melhor equipa, apesar de não jogarmos sempre à mesma velocidade”.

    “Não sofremos golos e não demos oportunidade ao Moreirense”.

    “Faltou alguma energia na segunda parte, mas não é desculpa, porque a seguir aumentámos de novo o ritmo”.

    “Estávamos muito tempo à espera que o Moreirense saltasse na pressão e o Moreirense não saltou”.

    “Quando perdíamos a bola erámos muito rápidos a recuperar”.

    “Quinta-feira vamos ter mexidas na equipa”.

    “Trabalhamos muito e tivemos de ver muita coisa do Moreirense para chegar aqui e fazermos o que fizemos”.

    “Se não acontecesse o primeiro golo ficava mais difícil”.

    “Fomos muito competentes durante todo o jogo, não perfeitos”.

    “Euforia não há nenhuma”.

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    Márcio Francisco Paiva
    Márcio Francisco Paivahttp://www.bolanarede.pt
    O desporto bem praticado fascina-o, o jornalismo bem feito extasia-o. É apaixonado (ou doente, se quiserem, é quase igual – um apaixonado apenas comete mais loucuras) pelo SL Benfica e por tudo o que envolve o clube: modalidades, futebol de formação, futebol sénior. Por ser fascinado por desporto bem praticado, segue com especial atenção a NBA, a Premier League, os majors de Snooker, os Grand Slams de ténis, o campeonato espanhol de futsal e diversas competições europeias e mundiais de futebol e futsal. Quando está aborrecido, vê qualquer desporto. Quando está mesmo, mesmo aborrecido, pratica desporto. Sozinho. E perde.