A CRÓNICA: TONDELENSES SUPERIORES COMPLETAM MISSÃO NO PRIMEIRO ROUND
Aconteça o que acontecer, entre CD Tondela e CD Mafra, ganha sempre a história. Nenhuma destas equipas chegou, alguma vez, à final da Taça de Portugal – um sonho tão perto que começava hoje com a primeira mão das “meias”. Dentro das quatro linhas, não há favoritos e não importa em que escalão habitam. O que importa é o futebol.
Subestimar o adversário não era algo que o Tondela tencionava experimentar. Assumiu desde logo o leme da partida, direcionando-se em busca do tesouro. Através de uma ótima circulação de bola, eram cada vez mais as investidas tondelenses (sobretudo pelo interior) contra o bloco baixo do Mafra. Nota muito positiva para o guardião Renan Dida com duas defesas irrepreensíveis. Entretanto, a turma de Ricardo Sousa aprendeu algumas lições, corrigiu posicionamentos e conseguiu equilibrar o jogo. Não bastou.
Perto do descanso (aos 38´), o Tondela marca o primeiro golo da partida. No seguimento de uma boa transição, Tiago Barbosa coloca em Bebeto na esquerda que projeta a bola para a área, no qual sofre um desvio e descobre Tiago Dantas na cara da baliza. Golo fácil e 1-0 ao intervalo.
No regresso ao jogo, devido à vantagem no marcador, o CD Tondela baixou as linhas e entregou a posse ao adversário. Foi a vez do Mafra de assumir o protagonismo e procurar o golo. Contudo, quem encontrou o golo (de novo) foi o Tondela. Numa cobrança de livre, Bebeto coloca o esférico no segundo poste onde Manu ganha posicionamento, sobe ao primeiro andar e dilata a vantagem de cabeça (2-0).
Não há duas sem três e, nove minutos depois, o Tondela volta a marcar. Desta vez foi o lateral esquerdo Neto Borges, ao aparecer no meio dos defesas após assistência de Rafael Barbosa.
Ainda perto do fim, o CD Mafra reduz a desvantagem, mas o golo seria anulado em VAR por infração. O resultado estava selado. Com um “pé e meio” na final, o CD Tondela superiorizou-se ao Mafra e levou a melhor no primeiro round das “meias”. Aproxima-se assim cada vez mais do Jamor…. Aguardemos o próximo jogo.
A FIGURA
Bebeto (CD Tondela) – Foi o jogador mais decisivo da partida, ao estar envolvido nos três golos do CD Tondela. No 1-0, teve influência direta ao enviar a bola para a área, assistiu o segundo e entregou pergaminho a Rafael Barbosa no 3-0. Além disso, efetuou quatro passes-chave, uma grande oportunidade e ainda foi competente no plano defensivo (quatro despachos de bola, uma interceção e três cortes).
O FORA DE JOGO
Falta de resposta do CD Mafra na 2º parte – Sendo que o CD Tondela entregou a posse e o comando do jogo ao Mafra no começo da segunda parte, esperava-se uma melhor resposta. Perdiam apenas por 1-0, por isso era um momento crucial para impor a sua marca. No entanto, apesar de possuírem mais bola e subirem as linhas, mal feriram o adversário e acabariam por sofrer o segundo golo e, mais tarde, o terceiro.
ANÁLISE TÁTICA – CD TONDELA
A um passo do Jamor, a equipa nortenha apresentou-se num 3-1-4-2 com muitas surpresas no 11 inicial, ao deixar sobretudo Salvador Agra no banco. Desde os primeiros momentos, o CD Tondela entrou dominante na partida com uma pressão alta e fácil progressão pelo interior. No decurso da primeira parte, explorou o ataque organizado com vários elementos a baixar em apoio (Rafael Barbosa, Tiago Dantas, etc…), porém marcou em transição.
Na segunda parte, dada a liderança no marcador, a estratégia de jogo mudou. Isto é, recuaram as linhas e apresentaram-se num bloco médio-baixo, saindo em contra-ataques.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Babacar Niasse (7)
Ricardo Alves (6)
Eduardo Quaresma (6)
Manu (7)
Sessi D´Almeida (6)
Neto Borges (7)
Tiago Dantas (7)
Pedro Augusto (6)
Bebeto (8)
Rafael Barbosa (7)
Daniel dos Anjos (6)
SUBS UTILIZADOS
Renat Dadasov (6)
Salvador Agra (5)
João Pedro (-)
Javier Avilés (-)
Marcelo Alves (-)
ANÁLISE TÁTICA – CD MAFRA
Nesta partida importantíssima para o CD Mafra, Ricardo Sousa organizou a sua equipa em 3-4-3. No início do primeiro tempo, foi dominado pelo adversário e defendeu em bloco baixo com uma linha de cinco elementos, tendo esperança de surpreender em transições rápidas. Certo momento, Ricardo Sousa corrigiu alguns aspetos e conseguiu ser mais coeso defensivamente e fechar mais espaços, o que permitiu também a subida das linhas e o jogo mais equilibrado. No segundo tempo, dispôs do comando do jogo e de mais posse, mas pouco fez no plano ofensivo.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Reinan Dida (7)
Pedro Silva (5)
Bura (4)
Pedro Pacheco (6)
Guilherme (4)
Pedro Aparício (6)
Leandrinho (5)
Tomás Domingos (6)
Rodrigo Martins (6)
Pedro Lucas (6)
Francis Cann (7)
SUBS UTILIZADOS
Inácio Santos (5)
Vítor Gabriel (6)
Lucas Marques (5)
Mattheus (6)
Stevy Okitokandjo (5)