UD Vilafranquense 0–0 (2-4 GP) Caldas SC: Só as penalidades decidiram o vencedor

    O Campo do Cevadeiro encheu-se esta tarde para receber a primeira eliminatória da Taça de Portugal 2018/2019, colocando frente a frente a equipa da casa, o Vilafranquense e a revelação da competição na época passada, o Caldas.

    O jogo adivinhava-se bastante disputado e de vencedor imprevisível pois os dois conjuntos, além de qualidade muito equiparada, já se conheciam do Campeonato de Portugal, da temporada passada.

    Foi a equipa de Vila Franca de Xira quem melhor entrou na partida, ao assumir o domínio da posse de bola nos primeiros instantes e tendo inclusivamente criado alguns lances de perigo junto da área adversária com principal destaque para o cabeceamento de Janú, aos dez minutos, a arrasar o poste da baliza defendida por Luís Paulo. Este tal controlo por parte do Vilafranquense perde-se com o acerto defensivo da equipa do Caldas e a toada do jogo mudou para uma batalha a meio campo, que impediu o surgimento de qualquer oportunidade golo pois os ataques de ambas as equipas “esbarravam” invariavelmente na muralha defensiva adversária.

    Ainda assim, até final do primeiro tempo registaram-se duas oportunidades para cada lado: Primeiramente, para o Caldas por intermédio de Farinha na cobrança de um livre de longa distância, ao qual Nélson Pinhão correspondeu com uma defesa segura; e já perto do árbitro apitar para intervalo, uma verdadeira oportunidade de golo, de autoria Ragner, que por muito pouco não inaugurou o marcador ao atirar ligeiramente ao lado.

    Chegava assim ao fim um primeiro tempo sem grandes histórias para contar e o nulo no resultado, com justiça, não se alterou.

    As equipas regressaram dos balneários sem qualquer sinal aparente de mudança, é certo que o Vilafranquense se mostrava como equipa mais dominante, mas nunca conseguiu traduzir essa superioridade num estilo de jogo que ameaçasse o Caldas. Em suma, o relógio ia avançando e as equipas não se mostravam capazes de se desbloquearem uma da outra pelo que escasseavam oportunidades para se gritar golo no Cevadeiro. Aos 70 minutos apenas era possível relatar dois momentos que se destacaram dentro do deserto de motivos de destaque: À hora de jogo, Ragner teve o 1-0 nos pés mas sozinho na cara do guarda-redes do Caldas não fez melhor do que rematar enrolado, permitindo uma defesa simples do adversário; e poucos minutos depois, novamente por bola parada, o Caldas torna a criar perigo desta feita com Gaio a rematar por baixo da barreira, mas Nélson Pinhão atento respondeu com uma boa defesa a dois tempos.

    Curiosamente, nos últimos minutos do tempo regulamentar tanto Vasco Matos como José Vala não demonstraram qualquer tipo de receio em pedir aos seus comandados para que tentassem resolver a questão e assim tentar evitar o prolongamento. Esta atitude deu lugar a lances de perigo, com a equipa do Caldas a  ficar muito próxima de marcar o golo da vitória através de um remate potentíssimo do centrocampista David Silva. Para os unionistas a chance de ganhar ao cair do pano coube a Luís Pinto, que num lance individual onde deixou bem patente os seus atributos técnicos, driblou vários defesas e cruzou para a área, mas ninguém fez a “emenda” para golo.

    Passados 90 minutos, o nulo resistia e a decisão seguiu para prolongamento.

    No tempo extra foi o Caldas que entrou pressionante e logo com duas oportunidades consecutivas, que fizeram os adeptos do Vilafranquense suspirar de alívio. Aos 95 Isabelinha cabeceou ao poste, naquele que foi o lance mais perigoso de toda a partida e instantes depois Flávio Passos rematou com bastante perigo e Nélson Pinhão protagonizou uma grande defesa.

    Aos 100 minutos o Caldas viria a comprovar a bela entrada no prolongamento com uma jogada de excelência, em que David Silva com um passe exímio isola Isabelinha, que é rasteirado por João Freitas já dentro da grande área. A entrada imprudente do central do Vilafranquense não passou despercebida ao árbitro e este assinalou grande penalidade. Na conversão da marca dos 11 metros, Nélson Pinhão foi gigante e levou a melhor sobre Farinha.

    Fonte: Bola na Rede

    Finalmente, o jogo parecia animar e a emoção não ficaria por aqui: já na marca dos 105 minutos, Janú torna a surgir sozinho na cara do guarda-redes e não só não consegue concretizar como ainda acaba expulso, num lance que no mínimo terá de ser caracterizado como caricato. Após falhar o remate, o avançado tentou a recarga e aparentemente de forma involuntária acertou em Luís Paulo e o árbitro numa decisão bastante discutível considerou a ação como agressão e acabou por expulsar Janú.

    O cansaço começava a ser evidente em campo pelo que na segunda parte do prolongamento o ritmo de jogo diminuiu e o Vilafranquense reduzido a 10 viu-se obrigado a concentrar-se somente em permanecer coeso defensivamente para que não fosse surpreendido na reta final da partida. Em oposição, foi o Caldas quem mais bola teve e procurou fazer o golo, contudo, sem qualquer efeito.

    O resultado teimava em fixar-se no 0-0 inicial e por isso a disputa pelo lugar na próxima fase da Taça de Portugal decidiu-se mesmo na marca das grandes penalidades.

    Listagem da conversão das grandes penalidades: Primeiro o Caldas depois o Vilafranquense.

    Flávio Passos marcou; Wilson falhou, Araújo falhou, Luís Pinto marcou, David Silva marcou, João Freitas falhou, Militão marcou, Izata marcou, Simões marcou.

    Os  adeptos proporcionaram uma excelente moldura humana e viveu-se a festa da taça em Vila Franca de Xira, com a equipa da casa, apesar de se ter apresentado superior em diversos momentos jogo a cair perante o Caldas, que arranca em grande a Taça de Portugal 2018/2019.

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    Gonçalo Miguel Santos
    Gonçalo Miguel Santoshttp://www.bolanarede.pt
    Ainda era caracterizado com um diminutivo e sentado ao lado do seu pai, já vibrava com o futebol, entusiasmado e de olhos colados na televisão à espera dos golos. O menino cresceu e com o tamanho veio o gosto pela escrita e o seu sentido crítico.                                                                                                                                                 O Gonçalo não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.