Como é que uma equipa como a nossa leva quatro em Portimão? Cinco no Dragão? Cinco na Luz em 45 minutos? Perde por 2-0 em Alvalade, mas poderia ter levado mais cinco ou seis não fossem os postes e o nosso grande Cássio? Isto é o que me custa a entender e compreender!
Porque é que temos de invariavelmente sair a jogar desde a defesa, mesmo quando somos pressionados perto da nossa área por jogadores e equipas de valor superior ao nosso, como aconteceu nos estádios dos grandes? Algumas vezes esta ideia não parece somente isso mesmo, mas quase uma obsessão.
Como podemos defender tão mal variadas situações ao longo do jogo? Como temos tão pouco ataque pelos corredores laterais? Porque se afunila tanto o nosso jogo? O que nos fez afinal trazer o Barreto, o Leandrinho, o Gabrielzinho, ou mesmo o Gelson se, como dizia o outro, eu não os vejo a fazer nada? Onde está o Miguel capaz de retirar o melhor de cada um dos seus homens em capo? O Guedes na frente é curto? O Yazalde e o Karamanos não deviam ter saído? Então porque os deixámos sair?
A equipa sentiu o abalo daquela notícia ridícula sobre aquele caso que não era caso? Os jogadores cansaram-se de jogar bem? Os teus métodos já não têm o carisma suficiente para levar os jogadores para um nível superior? Andaram a fazer-te a cabeça, com promessas de triplicares o ordenado?
Já vai longa esta minha dissertação. Desta forma termino, apelando a alguns instantes da tua reflexão. Porque o Rio Ave FC merece nada mais que 110% de cada um que cá está. Porque temos de oferecer a estas pessoas mais um apuramento europeu, um futebol que orgulhe cada olhar e cada alma vila-condense e a esperança num clube que joga como gente grande e que faz de cada bilhete pago pelos nossos adeptos um valor justo para viverem 90 minutos de entrega, paixão e futebol de qualidade.
A recomeçar já na próxima sexta-feira, para que no final do dia não estejamos “fora da Europa”.
O Presidente
António da Silva Campos
Foto de capa: Rio Ave FC