Força da Tática: O cérebro azul e branco #1

    A PRÁTICA EXIGENTE, PORÉM TRADICIONAL

    Em antagonismo, Moncho López ainda vê a presença interior como a primazia para atingir o sucesso. Basta ver quem foi o melhor jogador azul e branco esta temporada (Sasa Borovnjak).

    Apesar de ser uma posição essencial nas duas vertentes do campo, não devia ser a primordial, ou aquela onde o treinador investe mais. Um dado evidente desta aposta por parte de Moncho López, passa pela existência de seis postes no plantel (isto, sem contar com Kayel Locke, que apesar de ser considerado um extremo atuou nessa posição aquando da lesão de Tanner).

    Naturalmente, não é o facto de ser poste que influencia negativamente a equipa, aliás, a contratação de Tanner McGrew foi uma das melhores contratações portistas dos últimos anos. O problema, por outro lado, passa pelas limitações evidentes na maioria dos postes azuis e brancos, ao passo que o sistema em que se encontram inseridos obrigam os mesmos a executar e a finalizar jogadas de forma desnecessária. Moncho López, com este sistema, acaba por vezes por criar problemas e constrangimentos, até para os jogadores exteriores, que por norma são quem devem ter mais tempo com a bola. Isto, ainda para mais quando se encontram no plantel atletas com muito boa tomada de decisão.

    Esta aposta exacerbante em jogadores interiores, não significa que seja algo negativo, mas antes reitera a filosofia estrutural e princípios de modelo de jogo enraízados, por parte do técnico espanhol, alicerçados numa disciplina firme e mandante, que não se alterou com o passar dos anos.

    O clube portista, ao leme de Moncho López conquistou três ligas portuguesas, três taças de Portugal, três taças da liga e três supertaças. O número três que curiosamente representou os anos em que Porto esteve afastado da principal divisão nacional, arrecadando duas Proligas nesse período.

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    Diogo Silva
    Diogo Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.