O futebol croata no Pós-guerra. Os Balcãs sempre foram uma zona do globo marcada por profundos conflitos étnicos. A história do futebol croata confunde-se com a do próprio país.
A década de 80 foi assolada por uma grave crise política e económica, e os movimentos nacionalistas começaram a ganhar terreno.
As repúblicas que formavam a antiga Iugoslávia começavam então a manifestar um forte desejo de maior autonomia, o que redundou na Guerra da Jugoslávia (composta na altura composta pela Eslovénia, Croácia, Bósnia e Herzegovina, Macedónia, Montenegro, e Sérvia, não esquecendo o Kosovo e Voivodina).
Assim, e no seguimento da desintegração da Jugoslávia, a Croácia declarou em Junho de 1991 a sua independência e realizaram-se eleições presidenciais. A Liga de Futebol Croata pós guerra teve assim a sua primeira edição na época de 1991/1992.
Desde então, o Dynamo Zagreb detém a hegemonia e domínio do futebol croata, averbando 18 títulos de campeão nacional (os últimos 11 consecutivos), sendo que o seu principal rival Hadjuk Split conta com 6 campeonatos, o último dos quais na época de 04/05. Apenas o NK Zagreb em 01/02 intrometeu-se na luta pelo título entre os dois principais clubes croatas.
A Liga principal conta somente 12 clubes, sendo que o campeão apura-se para a Pré- eliminatória da Liga dos Campeões, e o Vice-campeão disputa o Play-off da Liga Europa. O campeonato é muito pouco competitivo, mas a Croácia sempre deu ao mundo do futebol brilhantes jogadores, posicionando-se, sem sombra para dúvidas, como a selecção mais forte dos Balcãs.
Se a nível de selecções a Croácia tem estando presente nos últimos Mundiais e Europeus, com destaque para o excelente 3º lugar no Mundial de França 98, a verdade é que a nível de clubes os seus principais emblemas não têm qualquer tradição nas provas da UEFA, registando-se apenas um título do Dynamo Zagreb na Taça das Cidades com Feira (prova não organizada pela UEFA) em 1967, prova que antecedeu a Taça UEFA, actual Liga Europa.
Foto de capa: UEFA