O Passado Também Chuta: Francesco Totti

    Francesco Totti, o Imperador de Roma, representa no futebol moderno a história de amor à camisola e fidelidade ao seu clube de coração. A lenda romana representou o seu clube durante, 28 anos.

    Totti chegou à Roma, com apenas 13 anos, tendo feito parte dos escalões de formação do clube, do qual era adepto. No dia 28 de março de 1993, cumpriu o seu primeiro sonho, com 16 anos, estreou-se com a camisola da Roma, na vitória diante do Brescia, a contar para 25ª jornada da Serie A, lançado por Vujadin Boškov.

    Em 1993, surgiu o primeiro interesse em contratar o jovem Francesco, nessa altura falou mais alto o seu amor pela Roma. O diretor do AC Milan, Ariedo Braida, tentou contratar a jovem coqueluche romana.

    Na temporada 94/95, Totti marcou o seu primeiro golo com a camisola da Roma, com menos de 18 anos, no empate frente ao Foggia, a um golo. Continuaria a alinhar na equipa principal, nem sempre com a utilização desejada, mas recusava qualquer convite para jogar noutro clube. Até que, em 1997, sob a liderança de Zdenek Zeman, com apenas 21 anos, foi nomeado capitão da sua Roma.

    Na temporada 2000/2001 cumpriu o seu sonho de infância, capitaneou a Roma à conquista do scudetto. Numa equipa onde brilhavam nomes como Gabriel Batistuta, Emerson, Walter Samuel, entre outros e treinada pelo lendário, Fabio Capello. Totti marcou o primeiro golo, na vitória por 3-1 diante da Fiorentina, que daria o título nacional.

    Francesco Totti, ao longo de quase 30 anos com a camisola da Roma somou, 786 jogos e 307 golos. Tendo conquistado, um campeonato, duas Taças de Itália e duas Supertaças. Em termos individuais venceu a Bota de Ouro, na época 2006/2007, com 26 golos. Atingindo ainda a marca, dos 300 golos na Serie A, em 2015/2016, no empate frente ao Sassuolo.

    Fonte: AS Roma

    Na temporada 2015/2016, já com 39 anos, mas no dia 20 de abril de 2016, voltou a impressionar o mundo do futebol. Disputava-se a 34ª jornada do Calcio, a Roma perdia por 1-2 com o Torino, no Estádio Olímpico, Totti entrou aos 86 minutos de jogo, tendo marcado aos minutos 86 e 89, dando a vitória ao clube do seu coração.

    Francesco Totti escreveu também a sua história ao serviço da “squadra azzurra”, somando 58 internacionalizações e nove golos. Em 2006, no Mundial da Alemanha, sagrou-se campeão do mundo, vencendo na final a França de Zidane, no desempate por penáltis. Nos escalões jovens, Totti conquistou ainda, o Campeonato da Europa de Sub-21, em 1996.

    Francesco Totti conquistou o Mundial 2006, ao serviço da “squadra azzurra”
    Fonte: AS Roma

    A carreira de Totti, a sua história na Roma, viria a emocionar o mundo do futebol. Uma paixão e fidelidade incondicional, ao seu clube do coração, vivido ao longo de décadas. Totti chegou a ter o seu passe avaliado em 40M€, havendo vários clubes interessados na sua contratação, mas falou sempre mais alto a sua lealdade à Roma. “Il capitano” era um avançado tecnicamente muito evoluído, capaz dos dribles mais desconcertantes, letal na hora de finalizar, com forte meia distância e uma visão de jogo e inteligência, muito acima da média.

    Francesco Totti jogou ao serviço da Roma, 28 anos, disputando 786 jogos, marcando 307 golos.

    No dia 28 de maio de 2017, Totti entrou pela última vez em campo, com 40 anos de idade, na última jornada da Serie A, na vitória por 3-2 perante o Génova. A lenda romana, entrou ao minuto 54, vestindo pela última vez a camisola 10 e envergando a braçadeira de capitão. Seguiu-se a mais emotiva despedida, de uma verdadeira lenda do futebol moderno. Totti despediu-se dos seus adeptos, dos seus colegas, mas marcou para sempre o futebol mundial, pelo seu exemplo e pelo seu amor à camisola.

    Foto de Capa: AS Roma

    Revisto por: Jorge Neves

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    Jorge Faria Sousa
    Jorge Faria Sousahttp://www.bolanarede.pt
    O Jorge é natural da Lourinhã, trabalha como Consultor na área de TI. Colabora com alguns meios de comunicação social, é comentador da Sporting TV e na Bola na Rede.                                                                                                                                                 O Jorge escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.