O Passado Também Chuta: Miroslav Klose

    Nasceu em 1978, em Opole, na Polónia, onde o seu pai jogava profissionalmente futebol. Mas foi no país vizinho, Alemanha, que se tornou uma lenda. É considerado um dos melhores pontas de lança da história do futebol. Com muita frieza na finalização, Klose era letal em frente à baliza. O seu jogo de cabeça era um dos seus pontos fortes. Era um verdadeiro “homem de área”, muito forte na antecipação e na leitura de jogo, posicionando-se no sítio certo à hora exata. Ao longo da sua carreira, marcou 302 golos em 756 oficiais. Atualmente, é treinador nas camadas jovens do FC Bayern Munique.

    Klose estreou-se como sénior no modesto FC 08 Homburg. Daí mudou-se para o FC Kaiserslautern, onde na primeira época (1999/00) apenas fez dois jogos, sem marcar qualquer golo. Na temporada seguinte, assegurou a titularidade, marcando dez golos em 45 jogos, e ajudou a sua equipa a alcançar as meias finais da Taça Uefa (atual Liga Europa).

    Após cumprir a quinta época ao serviço do FC Kaiserslautern, Klose mudou-se para o SV Werder Bremen a troco de cinco milhões de euros. Na segunda época ao serviço do clube, o avançado alemão fez o melhor registo de toda a sua carreira em termos de golos: 31 remates certeiros em 40 partidas. Nessa temporada, o SV Werder Bremen ficou em segundo lugar na tabela classificativa, sendo que Klose foi o melhor marcador do campeonato e considerado o melhor jogador da competição, e em 2006 venceu a Taça da Liga alemã. Na terceira e última época no SV Werder Bremen, a sua equipa foi eliminada nas meias finais da Taça Uefa e acabou em terceiro lugar no campeonato.

    Miroslav Klose a celebrar um golo fazendo um “mortal à frente”
    Fonte: Germany Football Team

    Em 2007, transferiu-se para o FC Bayern Munique por cerca de 15 milhões de euros. Apesar de bons números em termos de golos nas duas primeiras épocas, 21 golos em 2007/08 e 20 em 2008/09, nas duas épocas seguintes as suas prestações baixaram de nível. Ao serviço do emblema “Bávaro”, em 2007/08, venceu o campeonato e a Taça da Alemanha. Em 2009/10, voltou a ser campeão nestas duas competições, adicionando a Supertaça alemã, torneio que voltou a ganhar a 2010/11. Também conquistou a Taça da Liga ao serviço do FC Bayern Munique, conquistando-a por mais duas ocasiões, em 2007 e 2008.

    Na época 2011/12, transferiu-se para a SS Lazio, clube que representou durante cinco temporadas. A sua época mais produtiva foi 2012/13, na qual venceu a Taça de Itália. Nesta mesma temporada apontou 16 golos, os mesmos que registou em 2014/2015.

    Ao serviço da principal seleção alemã, apontou 71 golos em 137 internacionalizações, sendo o melhor marcador de sempre na “Mannschaft”. No Campeonato do Mundo de 2002, o avançado apontou cinco golos, todos eles de cabeça. É o melhor marcador em fases finais de Mundiais no futebol masculino, com 16 golos marcados em quatro edições da competição. Em 2006, foi o melhor marcador do torneio, com cinco remates certeiros. Foi campeão do mundo em 2014, marcando dois golos, um deles apontado na célebre goleada de 7-1 sobre o Brasil, nas meias finais da competição.

    Apesar de não ser um jogador brilhante, era um jogador que cumpria a sua tarefa em campo. Não fazia jogadas de fintar meia equipa adversária ou golos de “levantar o estádio”. Distinguia-se bem dentro das quatro linhas pela sua inteligência posicional e pelo seu “instinto matador”, fazendo das defesas adversárias, as suas presas. Apesar da Alemanha não ser o seu país de nascença, é a nação pela qual bateu recordes e fez história. Uma mente futebolística perspicaz e uma cabeça precisa.

     

    Artigo revisto por Joana Mendes

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    Diogo Mimoso Ferreira
    Diogo Mimoso Ferreirahttp://www.bolanarede.pt
    Adepto desde muito jovem de bom futebol disputado dentro das 4 linhas, desde o Tiki-taka ao catenaccio. Saiu do litoral e estuda na Beira interior, tentando cumprir o seu sonho desde criança: Comentar e analisar futebol.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.