O Campomaiorense encerrava assim as suas portas ao futebol profissional sénior, mas não seria o único a despedir-se do futebol profissional, o Alentejo perdia o seu último representante – até hoje – no futebol profissional, dando assim início a uma longa travessia no deserto que não se adivinha fácil de terminar, terminando assim o último capítulo alentejano no futebol nacional.
Uma porta fechou-se, mas outra diferente abriu-se, o clube acabava com o futebol profissional, mas não acabava com a sua actividade, muito pelo contrário. Após 15 anos do seu “desaparecimento” do futebol profissional, o Campomaiorense não morreu e ainda sobrevive, com mais desportos do que anteriormente, actualmente possuiu equipas de futebol de formação, natação, BTT … Tornou-se um clube virado mais para a actividade da população e menos para o entretenimento da mesma.
A família Nabeiro continua a ser, para além da principal empregadora do concelho através da Delta Cafés, o principal financiador do clube, que pouco dinheiro consegue através da quotização de sócios. Apenas o rumo e o projecto que a família Nabeiro deram ao Sporting Clube Campomaiorense se alterou, perdeu-se uma equipa que representava uma região e o interior do país no principal escalão do futebol português, mas ganhou-se um clube que trabalha em prol da sua população local.
Resta-me dizer como amante do futebol português de que o prazer foi meu, Campomaiorense.
Foto de Capa: SC Campomaiorense
Artigo revisto por: Beatriz Silva