O Passado Também Chuta: Robin van Persie

    O futebol holandês tem a tradição de produzir grandes pérola futebolísticas, e Robin van Persie merece um lugar de destaque no passado recente como um dos melhores avançados deste século. O ponta de lança decidiu colocar um ponto final na sua carreira logo após o término da época transata.

    Robin van Persie tem todas as características de um ponta de lança de elite: ótimo posicionamento, grande sentido de oportunidade, letal dentro da grande área adversária e bastante competência no cabeceamento e com ambos os pés, apesar de se destacar o pé esquerdo.

    Frequentou a academia do SBV Excelsior e posteriormente mudou-se para Feyenoord, de modo a completar a sua formação. Curiosamente, foi no emblema de Roterdão onde iniciou e encerrou a sua carreira como futebolista profissional. Na sua primeira época na equipa principal do emblema holandês, com apenas 18 anos, foi vencedor da Taça UEFA (atual Liga Europa), realizando 17 jogos, mas sem marcar qualquer tento. A temporada que se seguiu foi de afirmação para van Persie, alcançando a marca dos 15 golos em 28 partidas disputadas. Números fantásticos tendo em conta a idade do avançado holandês.

    Na época 2004/2005 deu um grande salto na sua carreira, transferindo-se para o Arsenal FC. Tornou-se uma das grandes figuras dos “Gunners” nas oito épocas que representou o emblema do norte de Londres. Em 278 jogos realizados pelo Arsenal, colocou a bola no fundo das redes por 132 ocasiões e ainda realizou 55 assistências para golo. Além dos magníficos números que o tornaram uma das principais referências ofensivas da Europa, conquistou uma Taça de Inglaterra (2005) e duas Supertaças inglesas (2004 e 2005). Na sua última época pelos “Gunners”, foi o melhor marcador da principal liga inglesa com 30 golos marcados e, desta forma, captou o interesse do Manchester United FC.

    No verão de 2012, van Persie transferiu-se para Manchester por cerca de 30,7 milhões de euros, provocando um sentimento de amargura nos adeptos do Arsenal, que o consideravam um símbolo do clube. Na sua primeira temporada ao serviço dos “Red Devils” renovou o estatuto de melhor marcado do principal escalão do futebol inglês, com 26 golos marcados, ajudando a sua equipa a vencer o campeonato.

    Ao fim de três épocas ao serviço do Manchester United, adquirindo mais uma Supertaça de Inglaterra para o seu palmarés, mudou-se para a Turquia, mais precisamente para o Fenerbahçe SK. Depois de duas temporadas e meia a representar o emblema turco, voltou ao clube no qual despontou para o mundo do futebol. Em 2018/2019, despediu-se dos relvados, depois de mais uma época fantástica, colocando o seu nome no marcador por 18 vezes em 31 partidas. Na fase final da sua carreira, ainda venceu a taça e a supertaça da Holanda pelo Feyenoord, além de ter envergado a braçadeira do clube.

    Ao serviço da seleção holandesa, foi internacional por 102 ocasiões e alcançou a marca exata dos 50 golos. Foi figura regular do ataque holandês durante vários anos, participando em três campeonatos do Mundo e dois Campeonatos de Europa. O maior feito pela sua seleção foi o segundo lugar no Mundial de 2010, na África do Sul.

    É considerado por muitos um dos melhores avançados da sua geração, sendo que os seu números e palmarés justificam isso mesmo. Deixou a sua marca, não só no futebol holandês, mas também em Inglaterra, e certamente serve como exemplo para muitos jovens pontas de lança da atualidade. Neste momento, van Persie pertence à equipa técnica do Feyenoord.

     

    Artigo revisto por Joana Mendes

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Diogo Mimoso Ferreira
    Diogo Mimoso Ferreirahttp://www.bolanarede.pt
    Adepto desde muito jovem de bom futebol disputado dentro das 4 linhas, desde o Tiki-taka ao catenaccio. Saiu do litoral e estuda na Beira interior, tentando cumprir o seu sonho desde criança: Comentar e analisar futebol.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.