📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

O Passado Também Chuta: Romário

- Advertisement -

o passado tambem chuta

Acabou o Campeonato do Mundo e o Brasil – berço de génios do pontapé e vizinho de países que não tiveram menos celebridades – chora entre golos de caipirinha e caipirosca. Desta feita, o Brasil, a Argentina ou o Uruguai ficaram perto de estar perto. Vinda da Europa, a velha e rançosa Alemanha arrecadou o campeonato sem contemplações ou sentimentalismos. No entanto, os futebóis brasileiro, argentino ou uruguaio merecem que lhes preste homenagem na figura de um dos seus monstros do pontapé. Escolherei um baixinho, muito baixinho, e ainda que seja brasileiro quero que represente ou simbolize o futebolista destas potências hoje derrotadas. Tostão, aquele Pelé branco que jogou e ganhou o Mundial de 1970, disse que não se importaria de deixar o seu lugar na canarinha ao génio que o ocuparia. Imagino que muitos, a esta altura do baile, estarão a pensar: “só pode estar a pensar no Romário.” Claro! Só posso estar a pensar no Romário…

Criticou o despesismo deste Campeonato, mas, além disso, foi um grande; um ex-craque que soube manter-se fora dos discursos apologéticos protagonizados pelo Pelé ou pelo Ronaldo. Os contabilistas das estatísticas guerreiam para poder afirmar se ele ou Pelé foram os máximos goleadores da história; Romário marcou e fartou-se de marcar, mas marcava sem manifestar muita admiração pelo esforço físico ou trabalho entre jogos. Gostava da noite e a noite gostava dele. Gostava da bola e a bola gostava dele. Um treinador que teve o prazer de o ter como jogador (Hiddink) contou: “antes de jogos importantes, aparecia e dizia: «coach, tranquilo, Romário vai marcar e ganharemos». E a verdade é que marcou em oito dos dez jogos com essas características”.

Passou dois anos no Barcelona  Fonte: YouTube
Passou dois anos no Barcelona
Fonte: YouTube

Como sabemos foi campeão com todos os clubes por onde passou e maravilhou os amantes do futebol, mas, hoje, quero que seja só o símbolo de um passado genial de três países que são viveiros de craques, muitos deles indisciplinados e irreverentes. Romário dizia que não lia jornais desportivos e que desconhecia a constituição habituais das equipas rivais. Ele jogava; não cantava no coro da paróquia. Levou-se mal e bem com jogadores e treinadores; jamais deixou de ser ele.

Ainda sendo um craque deslumbrante, regressou ao Brasil e manteve-se sobre os relvados e a marcar golos como poucos. E não treinava ou – melhor dito – não treinava como exige, hoje, o futebol atlético que se pratica. Situado na área, apanhava a bola com o pé; de costas para a baliza e para o defesa, normalmente gigante, e como se o seu pé fosse uma colher arrepanhava a bola enquanto o marcador ficava à procura da relva ou a ver se a bancada não caía! Romário enviava a bola para onde se produz o orgasmo futebolístico; para a baliza.

Para poder enquadrar este texto no sentido de representação que pretendo dar-lhe, só mencionarei um dos muitos títulos que Romário ganhou: campeão Olímpico.

José Luís Montero
José Luís Montero
Poeta de profissão, José simpatiza com o Oriental e com o Sangalhos.                                                                                                                                                 O José não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

José Mourinho e as dificuldades do Benfica: «Se o jogo tivesse mais 150 minutos a sensação é que não marcariam»

José Mourinho analisou o duelo entre o Ajax e o Benfica. Jogo da quinta jornada da Champions League.

Davy Klaassen lamenta golo falhado: «Na minha oportunidade devíamos ter marcado»

Davy Klaassen analisou o duelo entre o Ajax e o Benfica, ganho pelas águias. Jogo da quinta jornada da Champions League.

Anatoliy Trubin: «Não há outro resultado além da vitória, senão os nossos adeptos ficaram malucos e zangados»

Anatoliy Trubin analisou o duelo entre o Ajax e o Benfica, ganho pelas águias. Jogo da quinta jornada da Champions League.

Kenneth Taylor triste com a derrota do Ajax contra o Benfica: «Não fizemos um mau jogo»

Kenneth Taylor analisou o duelo entre o Ajax e o Benfica, ganho pelas águias. Jogo da quinta jornada da Champions League.

PUB

Mais Artigos Populares

Samuel Dahl eleito o homem do jogo após vitória do Benfica: «Queríamos mais bola na segunda parte, mas tivemos o controlo»

Samuel Dahl analisou o duelo entre o Ajax e o Benfica, ganho pelas águias. Jogo da quinta jornada da Champions League.

Leandro Barreiro finaliza contra-ataque do Benfica e faz o 2-0 final contra o Ajax

Foi Leandro Barreiro quem confirmou a vitória do Benfica. Águias estão nos Países Baixos para a quinta jornada da Champions League.

Benfica começou e terminou o jogo a marcar, derrota o Ajax e já sabe o que é vencer na Champions League

Foi em Amersterdão que o Benfica, enfim, venceu e derrotou o Ajax. Águias só pontuaram na quinta jornada da Champions League.