Que jogos devo rever nesta quarentena? SC Braga 1-0 SL Benfica, meia-final da Liga Europa

    Que jogos devo rever nesta quarentena? SC Braga 1-0 SL Benfica, segunda mão da meia-final da Liga Europa: certamente todos se lembrarão deste jogo. Principalmente num período negro para o futebol português, em que numa fase tão precoce já não restam equipas nas competições europeias, venho recordar a época de 2010/2011, onde Portugal proliferou na Liga Europa e colocou duas equipas na final de Dublin e três nas meias finais.

    Um dos jogos mais marcantes da história do futebol português foi sem dúvida o SC Braga – SL Benfica da segunda mão das meias finais da Liga Europa. Pelo contexto, pelo feito histórico que representou para Portugal e pelo prémio para uma campanha sensacional que o SC Braga fez a nível europeu nessa época.

    Na verdade, o SC Braga tinha ficado em 3° lugar do seu grupo da Liga dos Campeões, caindo para a Liga Europa onde eliminou o Lech Poznan, o Liverpool FC (com um épico 0-0 em Anfield) e o Dynamo de Kiev antes de encontrar o Benfica nesta fase.

    Por sua vez, as águias o Estugarda, o Paris Saint-German e o PSV antes desta meia final portuguesa.

    Portugal teve pela primeira vez duas equipas numa final europeia. O super FC Porto de André Villas Boas (que acabaria por vencer a prova) cilindrou o Villarreal no Estádio do Dragão pelo que a grande dúvida estava reservada para Braga, onde o 2-1 conseguido pelo Benfica na primeira mão deixava tudo em aberto.

    O SC Braga começou mais forte. Com domínio, com bola e com intensidade. Tudo o que definia essa equipa orientada por Domingos Paciência. Embora sem criar grandes oportunidades aparte de um remate de Hugo Viana, sentia-se que o Braga estava mais metido no jogo do que o Benfica. Os homens de Jorge Jesus entraram com uma estratégia nítida de defender o resultado e todos sabemos que quando uma equipa entra em campo para defender, as coisas não correm bem.

    O destino prega partidas fantásticas e se nos referirmos ao futebol ainda mais. Quiseram os deuses futebolísticos que fosse Custódio (Sim, exatamente, o atual treinador do SC Braga) o autor do golo que apuraria os minhotos para a grande final de Dublin. Aos 19 minutos, após canto de Hugo Viana, a cabeçada do médio foi tão fulminante quanto espetacular. Uma grande capacidade de rotação em pleno “voo” culminada com um golpe de cabeça fortíssimo não dando hipóteses ao guarda redes Roberto. Estava feito o tão desejado golo por que ansiavam os milhares de adeptos do Braga que encheram o seu estádio numa noite histórica.

    SC Braga fez história na Europa
    Fonte: UEFA

    Em desvantagem na eliminatória, o Benfica foi atrás do prejuízo mas nunca teve ideias suficientes para incomodar verdadeiramente Artur Moraes. Gaitan e Carlos Martins eram os mais inconformados do lado encarnado mas, para além da sólida exibição defensiva da equipa do Braga, a falta de inspiração dos jogadores do Benfica era gritante.

    O jogo acabou com a vitória e consequente apuramento histórico do Braga para a final da Liga Europa, onde iria acabar por perder para o FC Porto. Daí ser um dos jogos da rubrica “Que jogos devo rever nesta quarentena?”. Foi uma final histórica: uma final totalmente portuguesa.

    ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES:

    SC Braga – Artur Moraes; Miguel Garcia, Paulão, Alberto Rodriguez e Silvio; Custódio, Hugo Viana e Mossoró (Kaká 80′); Alan, Lima (Leandro Salino 73′) e Meyong (Hélder Barbosa 87′).

    SL Benfica – Roberto; Maxi Pereira, Luisão, Jardel e Fábio Coentrão; Javi Garcia, Carlos Martins (Kardec 81′), Gaitán e César Peixoto (Jara 58′); Saviola (Felipe Menezes 87′) e Cardozo.

     

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    António Sousa
    António Sousahttp://www.bolanarede.pt
    O António é um famalicense de gema e um amante do futebol e do desporto. Com o sonho em ser treinador de futebol bem presente, é através da escrita que encontra a melhor forma de se expressar. Apologista do jogo interior e do futebol ao domingo à tarde.                                                                                                                                                 O António escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.