Olheiro BnR | Vangelis Pavlidis

    Nasceu em Thessaloniki, na Grécia, mas foi na Alemanha que o sonho de Vangelis Pavlidis começou a ganhar asas. Completou a formação no Bochum, esteve emprestado ao Borussia Dortmund – embora não tenha realizado qualquer jogo pela equipa principal – e mudou-se com 20 anos para o futebol neerlandês. Ao serviço do Willem II, Pavlidis apontou 33 golos em 82 jogos, distribuídos por três temporadas.

    Os bons desempenhos valeram-lhe um salto interno significativo. No verão de 2021, o AZ Alkmaar pagou dois milhões e meio de euros para adquirir o passe de Pavlidis. Assumiu a camisola ‘9’ e a titularidade com muita facilidade, tornando-se a grande referência ofensiva do clube do norte dos Países Baixos. Acabou a primeira época com 25 golos e sete assistências; na segunda, marcou 22 vezes e assistiu outras 12; durante esta temporada, Pavlidis já bateu o seu recorde de golos – leva 27 marcados – e ainda faltam oito partidas para o AZ encerrar a época.

    O artilheiro grego está na disputa acesa pelo título de melhor marcador da Eredivisie 2023/24. Com 23 golos, lidera uma lista que conta ainda com Luuk de Jong, camisola ‘9’ do PSV, autor de 22 remates certeiros, e Santiago Giménez, estrela mexicana do Feyenoord, que aparece em terceiro com 21 golos.

    Perfil do jogador

    Idade: 25 anos

    Clube: AZ Alkmaar

    País: Grécia

    Internacionalizações/Golos: 36/6

    Posição: Avançado (Ponta de Lança)

    Golos/Assistências (2023/24): 27/4

    Altura: 186 cm

    Peso: 78 kg

    Pé preferencial: Direito

    Valor de mercado: 22M €

    Contrato: Até 06/2025

    Foto/Tweet de corpo: https://twitter.com/AZAlkmaar/status/1769716900798288048

    Características de Pavlidis e comparações

    Durante o último mercado de verão, Pavlidis foi associado a uma possível transferência para o Benfica, que precisava de preencher a vaga deixada pela saída de Gonçalo Ramos para o PSG. As águias optaram por Arthur Cabral (e mais tarde por Marcos Leonardo), mas os resultados não têm sido os esperados. Dessa forma, surge a questão: “E se o avançado contratado pelos encarnados tivesse sido mesmo Vangelis Pavlidis?”.

    Não é garantido que fosse resultar, até porque o atual campeão nacional tem mais problemas coletivos do que individuais, mas as características do grego vão muito mais ao encontro das necessidades deste Benfica de Roger Schmidt quando comparadas com as de Arthur Cabral (vamos utilizar o exemplo do ex-Fiorentina, já que foi a primeira aquisição com vista a colmatar a saída de Ramos e, para além disso, é o avançado do plantel com mais minutos jogados).

    Arthur Cabral e Pavlidis são dois ‘9’ clássicos, tendo em conta a capacidade para fazerem a diferença nos últimos metros, mas têm raios de ação diferentes. O brasileiro é um homem de área, sempre preparado para atacar situações de cruzamento, mas também serve para apoios curtos, sobretudo pela capacidade física e bom primeiro toque. Fisicamente, faz-se sempre notar e tem parecenças com um clássico pivô de Futsal (golo ao Braga, na Luz, para a Taça de Portugal). Quanto a Pavlidis, não tem a mesma dimensão física, mas, embora Arthur Cabral não seja nenhum ‘tosco’ (ao contrário do que se tenta propagar por aí), os recursos técnicos do grego são bem mais apurados. Mais velocidade, agilidade e agressividade em todos os momentos do jogo. Enquanto o brasileiro parece, por vezes, desligar-se da partida, Pavlidis tem sempre a bateria no máximo.

    Um dos assuntos sobre os quais mais se tem debatido neste Benfica 23/24 em comparação com o Benfica 22/23 é a qualidade da primeira fase de pressão. Gonçalo Ramos, sempre suportado pelo coletivo, assegurava qualidade nesse momento do jogo. Arthur Cabral, bem mais passivo, não oferece a mesma agressividade e disponibilidade. No plantel encarnado, só Tengstedt consegue aproximar-se de Ramos nesse capítulo do jogo. Em Alkmaar, mora um ponta de lança com uma boa predisposição para o trabalho defensivo. Comparando números, Pavlidis (23/24) tem a mesma média de recuperações de posse de bola no último terço – 0,8 – que Gonçalo Ramos (22/23). Para além disso, no geral, o mesmo Pavlidis supera o português na média de bolas recuperadas por jogo, com 2,7 contra 1,4.

    Utilizando a plataforma DataMB, segue um gráfico que ilustra a comparação entre as versões 23/24 de Vangelis Pavlidis e Arthur Cabral com a versão 22/23 de Gonçalo Ramos, ao serviço das águias:

    gráfico comparativo Vangelis Pavlidis
Gonçalo Ramos e Arthur Cabral
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    Rui Alves Maria
    Rui Alves Mariahttp://www.bolanarede.pt
    O Rui é natural de Tavira. Desde 2003 que a sua residência é em Odivelas e com essa deslocação teve a oportunidade de frequentar e concluir um Curso Profissional de Técnicas Jornalísticas. O jornalismo foi sempre a sua paixão desde muito cedo e o seu gosto pela escrita foi acompanhando essa mesma paixão. No entanto, é no jornalismo desportivo que se sente mais à vontade para desenvolver todas as suas capacidades.