COMO JOGA DENI AVDIJA?
Com 2,06 metros, Deni Avdija assume-se como uma das maiores armas ofensivas da classe que entra este ano na NBA. O small forward é um verdadeiro “faz tudo”, pontua, cria muitas jogadas e também tem potencial para se tornar um bom defesa. Os Wizards são uma equipa em reconstrução, mas espera-se que, ao lado de Rui Hachimura, formem uma dupla no frontcourt que promete dar que falar.
Além dos jogadores mais novos, a equipa de Washington promete dar a Avdija alguns bons exemplos veteranos. Russell Westbrook chegou recentemente à capital, mas foi Bradley Beal o “apanhado” a dar conselhos ao jovem israelita. Todos estes pequenos momentos podem dar outro alento para garantir que a mudança de realidade não é um passo gigante.
Vet to rook. All-Star to lottery pick.
Bradley Beal giving Deni Avdija advice is everything 💙#WizCamp | @MedStarHealth pic.twitter.com/wagRM9Gg2O
— Washington Wizards (@WashWizards) December 10, 2020
Voltanto aos atributos basquetebolíticos, Deni apresenta muitas jogadas de ataque ao cesto. Em Israel, era recorrente o uso do jogo de pés para fazer frente a defesas mais baixos e, no final, terminava com um afundanço ou layup. A superioridade e a explosão tornaram-se mais evidentes ao longo do tempo.
Apesar disso, a constituição física ainda deixa a desejar. Com apenas 19 anos, é normal o jogador chegar com menos envergadura, como foi o caso de Giannis Antetokounmpo. Para fazer frente aos defesas da NBA, é preciso trabalhar nesse aspecto, porque já na Liga Israelita demonstrava dificuldades em alguns duelos 1×1.
A lançar menos de 35% de três pontos, essa é uma das grandes lacunas de Deni. Caso consiga ser mais consistente no lançamento exterior, pode se tornar um caso sério. A dificuldade de converter triplos e a falta de um pack mais alargado de dribles são problemas que podem ser resolvidos com mais treino e experiência.
Os primeiros encontros de pré-época deixaram água na boca, mas não se pode exigir tudo a Deni, pelo menos para já. A mudança de realidade e de cultura podem perturbar no início do sonho, mas acredito que, em breve, vai ser um dos maiores talentos não-americanos (ou até no geral) da NBA. O tempo, neste caso, é mesmo ouro.