Que jogos devo rever nesta quarentena? Liverpool FC 4-0 FC Barcelona

    Ainda sem ter passado um ano, este será certamente um dos jogos mais frescos na memória dos amantes do futebol. Mas mesmo que já tivessem passado meia dúzia de anos… Este também é daqueles que tão cedo não se esquecem!

    A contar para as meias-finais da Liga dos Campeões, o FC Barcelona chegara a Anfield com uma vantagem de três golos – fruto do triunfo em Camp Nou na 1.ª mão – e com praticamente um pé e meio na final, mas, num daqueles jogos que só a Champions consegue proporcionar, apareceria um Liverpool FC pronto a destronar tudo e todos… E a fazer história.

    7 de maio de 2019, 22 horas sensivelmente: escrevia-se uma das páginas mais bonitas da história do futebol, num jogo em que a entrega, o suor e o sentido oportunista foram a chave para a reviravolta do Liverpool, alcançando um extraordinário 4-0, fruto de uma segunda parte de loucos… E com uma jogada de mestre de Klopp vinda do banco.

    A tarefa era difícil, mas o sonho assumia uma dimensão ainda maior. Os ingleses entraram no jogo praticamente a ganhar – com um golo de Origi numa recarga – e, na ânsia de chegarem ao segundo a todo o custo, pouco mais souberam produzir ao longo do primeiro tempo. Além disso, a baliza dos reds só iria a zeros para o intervalo graças às defesas fantásticas de Alisson e também à falta de eficácia tremenda de jogadores como Messi e Suárez.

    No entanto, a segunda parte traria algo de único. E a chave foi a aposta de Klopp em Gini Wijnaldum. A abrir os segundos 45 minutos – e num espaço de 122 segundos – o médio holandês apareceu no sítio certo à hora certa por duas ocasiões e rapidamente colocou a eliminatória empatada. A loucura apoderou-se de quase todo o estádio – exceção feita aos catalães, que se encontravam do lado oposto ao da baliza onde tudo aconteceu.

    As contas eram fáceis de fazer. Se os espanhóis reduzissem para 3-1, obrigariam o Liverpool a fazer mais dois golos. Se o resultado não se alterasse, o jogo seguiria para prolongamento. E se os ingleses fizessem o quarto golo (sem resposta) apurar-se-iam para a final e protagonizariam uma reviravolta de loucos diante da equipa de Ernesto Valverde.

    Não aconteceu a primeira opção. Não aconteceu a segunda. Aconteceu a terceira! A formação de Klopp soube contrariar o velho ditado que diz que “a pressa é inimiga da perfeição” e surpreendeu tudo e todos com um golo daqueles que uma equipa não pode conceder. Na cobrança de um pontapé de canto, os culés não souberam reorganizar-se defensivamente a tempo, Alexander-Arnold repôs a bola rápido e Origi, junto à pequena área, tratou de carimbar a reviravolta na eliminatória. Um momento soberbo e empolgante em Anfield!

    Naquele dia o mítico “You’ll Never Walk Alone” ganhou outro brilho, contrastando com a frustração dos espanhóis. O futebol tem destas coisas… E esta foi uma de muitas provas de que uma vantagem de três golos numa eliminatória não significa tudo. O resto? O resto já todos sabemos. O Liverpool derrotaria o Tottenham na final e tornar-se-ia campeão europeu 14 anos depois. É futebol…

    ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES:

    Liverpool FC: Alisson Becker, Alexander-Arnold, Virgil van Dijk, Joel Matip, Andy Robertson (Gini Wijnaldum), Fabinho, Jordan Henderson, James Milner, Xherdan Shaquiri (Daniel Sturridge, 90’) , Divock Origi (Joe Gómez, 85’) e Sadio Mané

    FC Barcelona: Ter Stegen, Sergi Roberto, Gerard Piqué, Clément Lenglet, Jordi Alba, Sergio Busquets, Ivan Rakitic (Malcom, 80’), Arturo Vidal (Arthur, 75’), Philippe Coutinho (Nélson Semedo, 60’), Lionel Messi e Luis Suárez

    Artigo revisto

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    Miguel Simões
    Miguel Simõeshttp://www.bolanarede.pt
    Já com uma licenciatura em Comunicação Social na bagagem, o Miguel é aluno do mestrado em Jornalismo e Comunicação, na Universidade de Coimbra. Apaixonado por futebol desde tenra idade, procura conciliar o melhor dos dois mundos: a escrita e o desporto.                                                                                                                                                 O Miguel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.