A CRÓNICA: DEFESA MOLE PERANTE UM FC PORTO CAMPEÃO
Era o jogo decisivo. Depois da vitória no Dragão Arena, faltava apenas um empate ao FC Porto para se sagrar tricampeão nacional. Tinha, pela frente, uma das boas equipas do campeonato nacional: a AA Águas Santas. Esperava-se um jogo duro, mas de bom Andebol.
O encontro começou equilibrado, com a AA Águas Santas a conseguir uma vantagem de um golo, mas o FC Porto voltou para a frente do marcador, aproveitando dois minutos de superioridade numérica. O poder da superioridade passou por aqui, mas, também, a revalidação do título.
Era um jogo sentimental, para além de decisivo. A memória de Alfredo Quintana permanecia bem viva, tendo sido nesse pavilhão o último jogo do extraordinário guarda-redes das fileiras azuis e brancas que nos deixou há pouco mais de um ano.
Ao intervalo, quatro golos de vantagem. Em menos de dez minutos, passou a ter dez golos. Um verdadeiro festival de Andebol. Diogo Branquinho revelou-se fulcral, principalmente na segunda parte, com golos atrás de golos. Para além disso, Mitrevski não sabia não defender, tal como a defesa portista que estava irrepreensível.
Apesar de António Campos ser uma das figuras incontornáveis da formação maiata, a defesa da equipa de Ricardo Moreira deixava a desejar perante um FC Porto avassalador.
Os adeptos portistas presentes no Pavilhão de Águas Santas gritavam pelo tricampeão ainda a mais de cinco minutos do fim. O rolo compressor que estava a ser a equipa azul e branca levava a isso mesmo. A equipa maiata pouco conseguia fazer e vantagem dos dragões já ultrapassava o dobro dos golos que a formação da casa possuía.
Ataque após a ataque, a história repetia-se. E, pelo terceiro ano consecutivo, também o campeão se repetia. E, pela memória de Alfredo Quintana, o FC Porto sagrou-se tricampeão nacional de andebol no Pavilhão maiato e revalida, mais uma vez, o título.
Futebol Clube do Porto ⭐ 𝐓𝐑𝐈 🏆🏆🏆 Campeão Nacional de Andebol 🤾♂️#FCPortoAndebol #FCPortoSports pic.twitter.com/wCMD9WV3dw
— FC Porto (@FCPorto) May 27, 2022
A FIGURA
Diogo Branquinho – Irrepreensível. Eficaz. Fulcral. Diogo Branquinho fez uma exibição tremenda frente à AA Águas Santas, sendo mesmo o melhor marcador do encontro.
O FORA DE JOGO
Sete para seis da AA Águas Santas – Foi o jeito de resposta que Ricardo Moreira quis para tentar travar o FC Porto, mas não surtiu o efeito desejado. Os golos não apareciam para a formação da casa, mas a vantagem portista ia alargando sendo que o guarda-redes da AA Águas Santas ia dizendo “presente” na baliza.
ANÁLISE TÁTICA – AA ÁGUAS SANTAS
Sete para seis foi o jeito de resposta que Ricardo Moreira quis para tentar travar o FC Porto, mas viu-se ineficaz.
Defesa individual cerrada era feita por parte dos maiatos, mas bastante “mole” que, mais tarde, se alterou para um 3x2x1.
FORMAÇÃO E PONTUAÇÕES
António Campos (7)
Miguel Loureiro (6)
Fábio Teixeira (6)
Pedro Seabra Marques (7)
José Barbosa (6)
Mário Lourenço (7)
Francisco Fontes (6)
João Gomes (6)
Miguel Baptista (6)
Ricardo Mourão (6)
Carlos Santos (6)
ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO
O FC Porto utilizou o sete para seis como forma de atacar com mais eficácia e aproveitou a mesma tática utilizada pela AA Águas Santas para aumentar a vantagem e, consequentemente renovar o título de campeão nacional.
A nível defensiva, os dragões tiravam partido da composição física dos seus jogadores para ganhar no duelos e fazer uma marcação individual aos maiatos.
FORMAÇÃO E PONTUAÇÕES
Nikola Mitrevski (9)
Sebastian Frandsen (8)
Diogo Rêma (6)
Miguel Alves (7)
Djibril M’Bengue (6)
Pedro Cruz (8)
Pedro Valdés (7)
Victor Iturriza (7)
Diogo Branquinho (9)
Rui Silva (7)
Daymaro Salina (7)
Fábio Magalhães (7)
Diogo Oliveira (6)
António Areia (6)
Jesus Hurtado (6)
Leonel Fernandes
Foto de Capa: FC Porto
Artigo revisto por Joana Mendes