A CRÓNICA: UM JOGO DE SENTIDO ÚNICO E SEM MUITA HISTÓRIA
No jogo grande dos dezasseis-avos de final da Taça de Portugal, o SL Benfica deslocou-se a Braga para defrontar o ABC/UMinho. Um jogo sempre complicado, que marcou o regresso das competições nacionais.
A equipa de Carlos Resende começou a defender 5×1, contanto com dificuldades na primeira linha por parte do ABC/UMinho. Já a equipa do professor Jorge Rito, apresentou uma defesa 3×3. A partida começou com um ritmo lento e com muitos erros de parte a parte, mas aos dez minutos o SL Benfica já vencia 2-4.
As “águias” iam aproveitando a defesa avançada do ABC para fazer entradas a segundo pivot na procura de espaços na defensiva bracarense. A equipa da casa ainda conseguiu empatar a partida, mas os forasteiros nunca largaram a vantagem, vencendo 5-7 aos 20 minutos. Até ao intervalo, e apesar do pedido de time-out de Jorge Rito, os “encarnados” aumentaram a vantagem, indo a vencer para o intervalo 8-12.
Na segunda parte, a história da partida manteve-se: o ABC/UMinho a jogar com uma defesa adiantada (4×2), levando o SL Benfica a procurar o espaço com constantes permutas e entradas a segundo pivot e contando também com o poderio de Djorjic para resolver possíveis problemas que surgissem. Do outro lado, o ABC/UMinho tinha imensas dificuldades em criar situações para finalizar e quando as criava, Gustavo Capdeville fechava a baliza. O resultado final deste jogo sem muita história foi 15-26.
A FIGURA
Petar Djorjic – Mais um grande jogo do lateral esquerdo sérvio, aproveitando todo o espaço que a defesa da equipa bracarense lhe deu, marcando 10 golos.
O FORA DE JOGO
Kevynn Nyokas – Mais um jogo dececionante do francês com apenas dois golos, várias falhas técnicas e duas exclusões de dois minutos.
ANÁLISE TÁTICA- ABC/UMINHO
O professor Jorge Rito tentou surpreender o SL Benfica com dois esquemas defensivos muito pouco habituais: 3×3 e 4×2. Causou algumas dificuldades inicialmente, mas com o desenvolver da partida o SL Benfica foi descobrindo soluções, passando muitas vezes pelas mãos de Petar Djorjic. Em termos ofensivos, a equipa não apresentou qualquer aspeto que permitisse superar a defesa benfiquista.
SETE INICIAL E PONTUAÇÕES
Humberto Gomes (5)
Hugo Rocha (5)
André José (5)
Rafael Peixoto (6)
Rui Ferreira (5)
João Fernandes (5)
Carlos Bandeira (5)
SUPLENTES UTILIZADOS E PONTUAÇÕES
Francisco Silva (5)
Arsenashvili Erekle (6)
Feliciano Coveiro (5)
Rui Baptista (5)
Diogo Duarte (5)
Carlos Oliveira (5)
José Vieira (5)
ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA
O SL Benfica apresentou uma defesa 5×1 com o objetivo de condicionar a circulação de bola do ABC/UMinho, já que a aposta em remates de primeira linha seria praticamente nula. Em termos ofensivos tentou aproveitar os espaços deixados pela defesa do ABC/UMinho, mas muitas vezes foi Djordjic a resolver à lei da “bomba”.
SETE INICIAL E PONTUAÇÕES
Petar Djordjic (8)
Pedro Seabra (6)
João Pais (5)
Toft Hansen (6)
Francisco Pereira (5)
Carlos Martins (5)
Gustavo Capdeville (7)
SUPLENTES UTILIZADOS E PONTUAÇÕES
Kevynn Nyokas (5)
Ricardo Pesqueira (6)
Paulo Moreno (6)
Borko Ristovski (7)
Belone Moreira (5)
António Hebo (5)
Davide Carvalho (5)
Fábio Vidrago (-)
Foto de Capa: FAP
Artigo revisto por Inês Vieira Brandão