AFC Ajax 0-1 SL Benfica: Um remate, um bilhete para os quartos

    A CRÓNICA: ENCARNADOS SOUBERAM SOFRER E APROVEITARAM
    PARA MARCAR NO ÚNICO REMATE À BALIZA

    O SL Benfica garantiu esta noite a passagem aos quartos-de-final da Liga dos Campeões, ao derrotar o AFC Ajax por 0-1, depois do 2-2 da primeira mão em Lisboa. Jogo de muito sofrimento por parte dos encarnados que souberam esperar pelo momento certo para ferir de morte a baliza holandesa.

    O jogo começou como já se esperava, com o AFC Ajax a tentar resolver cedo a eliminatória, a ir para cima da equipa da Luz e quando não tinha bola, pressionava alto e não deixava o SL Benfica sair para o ataque. Os holandeses procuravam, através de Tadic e Antony, as faixas para fazer cruzamentos para a área, à espera que Haller fizesse o que lhe competia. Quando conseguia, o SL Benfica tentava atacar pela certa, não arriscando muito a procura do golo. Mesmo assim, os encarnados não conseguiam criar perigo junto da área contrária.

    O domínio do encontro, esse, continuava do lado da equipa de Amesterdão mas a equipa da Luz defendia bem, que também contou com a preciosa ajuda de Gonçalo Ramos, Everton e Rafa, a recuarem e a ajudarem nas missões defensivas. Durante a primeira parte, os remates pertenceram todos à formação da casa mas sem nunca criar perigo de maior. Talvez o mais perigoso pertenceu a Gravenberch, que aos 36 minutos rematou de fora da área, obrigando Vlachodimos a defender para canto. O primeiro tempo acabou e o SL Benfica conseguiu cumprir parte do objectivo, que era aguentar o caudal ofensivo do AFC Ajax e não sofrer golos.

    Ao intervalo, Nélson Veríssimo mexeu na equipa e fez entrar Meité para o lugar de Taarabat. O marroquino esteve apagado nos primeiros 45 minutos e o técnico encarnado quis dar mais músculo ao meio campo. O encontro recomeçou da mesma maneira que a primeira parte, com os holandeses a mandarem no jogo e a encostarem o SL Benfica lá atrás. Era essa a toada da partida mas, valha a verdade, os ataques dos AFC Ajax eram uma constante mas sem nunca haver perigo iminente de golo. Só aos 61 minutos é que Antony assustou Vlachodimos com um remate de cabeça que passou a rasar a baliza encarnada. A equipa da Luz tentava como podia chegar à baliza adversária mas não conseguia definir as jogadas no último terço do terreno, ao perder muitas vezes a bola por parte dos seus atacantes.

    Só que a formação orientada por Erik ten Hag também já estava a começar a ficar sem ideias e o estilo de jogo começou a ficar previsível. Era um sinal de que algo bom estava para acontecer. Decorria o minuto 76 quando o SL Benfica conquistou um livre na direita do ataque. Grimaldo foi chamado a marcar e com toda a classe meteu a bola direitinha na cabeça de Darwin Núñez, que atirou para o fundo da baliza.

    Contra a corrente do jogo, a equipa da Luz inaugurou o marcador no primeiro remate à baliza e acentuava-se a esperança que o apuramento era possível. Após o tento sofrido, o ACF Ajax foi novamente para cima da formação da Luz mas, inexplicavelmente, não conseguiu criar mais nenhum lance de perigo até ao final da partida. O SL Benfica aguentou com pôde a vantagem mínima e nos últimos dez minutos fez entrar Diogo Gonçalves, Paulo Bernardo e Lázaro, para suster a avalanche ofensiva por parte dos holandeses. Mas já nada havia a fazer. Assim que o árbitro Carlos del Cerro Grande apitou para o final, a festa fez-se no relvado por parte do SL Benfica, que conseguiu apurar-se para os quartos-de-final da Champions, depois de 90 minutos de muito sofrimento.

     

    A FIGURA

    5 grandes voos SL Benfica
    Fonte: Paulo Ladeira / Bola na Rede

    Darwin Núñez – A primeira parte foi de algum desgaste para o avançado uruguaio que sentiu algo sozinho na frente de ataque mas foi sempre muito trabalhador para equipa, procurando sempre o lado direito para tentar furar a defesa holandesa. No segundo tempo esteve mais solto, principalmente após a entrada de Yaremchuk e é dele o golo decisivo que coloca os encarnados nos quartos-de final da prova.

     

    O FORA DE JOGO

    Onana – Em noite tranquila, um erro que custou cara a derrota e a eliminação da sua equipa. No lance do único golo do encontro, o guarda-redes camaronês teve uma saída em falso e deixou a baliza escancarada para Darwin Núñez ser feliz.

    ANÁLISE TÁTICA – AFC AJAX

    A equipa holandesa apresentou-se num 4-3-3 com Tadic a ser o cérebro da equipa, variando o seu jogo atacante entre o meio e o lado esquerdo. O defesa esquerdo, Blind, era o jogador que lhe dava apoio, subindo também para ajudar no ataque. Do lado direito, Mazraoui raramente subia e o flanco ficava sempre Antony, extremo sempre muito colado à linha.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Onana (5)

    Mazraoui (6)

    Blind (7)

    Lisandro Martínez (6)

    Timber (5)

    Edson Álvarez (7)

    Gravenberch (7)

    Tadic (6)

    Antony (7)

    Berghuis (6)

    Haller (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Klaassen (-)

    Brobbey (-)

    Kudus (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA

    Nélson Veríssimo não alterou o seu esquema habitual para este duelo decisivo e apresentou um 4-4-2, com Gonçalo Ramos a ajudar nas tarefas defensivas, assim como Rafa e Everton. Talvez por isso, Darwin Núñez tivesse ficado muitas vezes sozinho na frente. Durante praticamente todo o encontro, a tática foi de contenção, deixar o AFC Ajax jogar para depois recuperar a bola e tentar sair para o contra ataque.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Vlachodimos (6)

    Gilberto (6)

    Otamendi (7)

    Vertonghen (8)

    Grimaldo (7)

    Weigl (6)

    Taarabt (5)

    Rafa (6)

    Everton (5)

    Gonçalo Ramos (6)

    Darwin Núñez (8)

    SUBS UTILIZADOS

    Meité (6)

    Yaremchuk (5)

    Diogo Gonçalves (-)

    Paulo Bernardo (-)

    Lázaro (-)

    Artigo de opinião de Rui Maria

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    Rui Alves Maria
    Rui Alves Mariahttp://www.bolanarede.pt
    O Rui é natural de Tavira. Desde 2003 que a sua residência é em Odivelas e com essa deslocação teve a oportunidade de frequentar e concluir um Curso Profissional de Técnicas Jornalísticas. O jornalismo foi sempre a sua paixão desde muito cedo e o seu gosto pela escrita foi acompanhando essa mesma paixão. No entanto, é no jornalismo desportivo que se sente mais à vontade para desenvolver todas as suas capacidades.