Club Atlético de Madrid 0-0 Manchester City FC: De um jogo “pré-histórico” para um jogo com pouca história

    A CRÓNICA: MANCHESTER CITY FC DEIXOU O ROMANTISMO DE LADO

    Depois de uma primeira-mão de sentido único, com a equipa do Manchester City a não dar grandes hipóteses à equipa de Diego Simeone, o resultado mantinha-se em aberto (1-0) e esperava-se uma postura completamente diferente por parte da equipa de Madrid, uma vez que no primeiro jogo não tinha efetuado qualquer remate à baliza defendida por Ederson.

    Logo nos primeiros minutos de jogo, o Atlético mostrou uma postura diferente àquela que havia mostrado no jogo da primeira mão, com uma pressão alta a tentar roubar bolas no meio-campo defensivo do City. Algo que já seria de esperar, uma vez que se encontrava em desvantagem na eliminatória.

    Nos primeiros 15 minutos foi um jogo bastante vertiginoso de parte a parte com as equipas a procurarem ter bola e a chegarem à baliza adversária.

    A partir daí, a equipa de Guardiola tomou conta do jogo, assumindo a posse de bola, estando por cima do Atlético com ocasiões claras para se adiantar no marcador. Do lado da equipa de Madrid, o nervosismo e a precipitação tomaram conta da equipa e foram raras as vezes que o atlético conseguiu sair com discernimento.

    A primeira parte fechou então 0-0 com a equipa de Manchester a encostar o adversário às cordas, não dando grandes hipóteses.

    Para a segunda parte o Atlético entrou com uma postura diferente, conseguindo à medida que o tempo ia passando aproximar-se da baliza de Ederson. Sentia-se a equipa ainda algo precipitada, mas a conseguir ter bola, criando algumas ocasiões que podiam ter dado o empate.

    O Atlético obrigou a equipa de Guardiola a descaracterizar-se e assumir uma postura mais defensiva.

    Nos últimos 10 minutos, o Atlético apertou ainda mais o cerco, tendo algumas ocasiões claras para fazer golo e, já nos descontos, com um jogador a menos (após a expulsão de Felipe), valeu Ederson a evitar o golo por parte dos Colchoneros.

    No final do jogo, venceu quem foi mais forte durante os 180 minutos e creio que temos de fazer uma menção honrosa a Guardiola. Muitas vezes é criticado por ser demasiado romântico e querer ter sempre bola no pé, hoje vimos uma postura diferente. Uma equipa mais pragmática que se uniu como um todo a defender, mostrando que é tão boa com bola no pé como sem ela.

     

    A FIGURA

    Ilkay Gundogan – Num jogo onde o pragmatismo reinou e a criatividade não abundou, Gundogan foi uma lufada de ar fresco. Demonstrou capacidade de sair com bola, soube pausar o jogo quanto tinha de pausar e acima de tudo soube ocupar os espaços no campo, estando sempre onde era preciso.

    Numa semana que tem sido marcada pela qualidade dos médios (ontem com Parejo e Modric) creio que este destaque para o médio alemão é mais que merecido.

     

    O FORA DE JOGO

    Pressão do Club Atlético de Madrid – Pedia-se muito mais à equipa de Simeone, após o jogo da primeira mão. Sabendo que o city é perito em sair de pressão, esta tinha de ser exímia. Tal não aconteceu e foram raras as vezes que a pressão do atlético funcionou, com o City a conseguir desenvencilhar-se da mesma e depois a ter muito espaço para lançar os ataques, sobretudo na primeira parte.

     

    ANÁLISE TÁTICA – CLUB ATLÉTICO DE MADRID

    Um pouco à semelhança daquele que tinha sido o onze apresentado na primeira mão, o Altético apenas fez uma alteração: a entrada de Lemar para o lugar de Vrsaljko, com Marcos Llorente a descair para o lado direito.

    Num 5-4-1 a defender, apenas com João Félix na frente e num 3-5-2 a atacar com Griezmann a subir no terreno e os alas a adiantarem, pouco perigo o atlético criou na primeira parte. Com uma abordagem mais pragmática, como sempre, da equipa de Simeone e a espreitar um possível erro da equipa de Manchester. Quando pressionavam, facilmente o City conseguia sair ficando com espaço nas costas dos jogadores do atlético.

    Na segunda parte e vendo o tempo para marcar um golo a escassear, o Atlético assumiu uma postura mais pressionante e de quem queria ter o controlo do jogo. Assim conseguiu, assumiu mais a bola e as ocasiões foram aparecendo, com as substituições a tornarem a equipa mais perigosa.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Oblak (7)

    Savic (6)

    Felipe (4)

    Reinildo (4)

    Llorente (6)

    Koke (6)

    Kondogbia (7)

    Lemar (6)

    Lodi (6)

    Griezmann (5)

    Félix (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Carrasco (6)

    De Paul (5)

    Correa (5)

    Matheus Cunha (5)

    Suarez (4)

     

    ANÁLISE TÁTICA – MANCHESTER CITY FC

    O City estruturou-se no seu 4-3-3 habitual, mas com algumas mudanças relativas ao jogo da primeira mão. Foden ocupou o lugar de Sterling a falso nove e na defesa Walker rendeu Aké, com Stones a voltar à posição mais central na defesa.

    O posicionamento de Bernardo na esquerda, creio que foi uma surpresa por parte de Guardiola que, no meu entender, não surtiu o efeito desejado pelo técnico espanhol.

    Apesar de uma primeira parte sem muito para contar, onde o jogo frenético da equipa de Manchester não apareceu, os comandados de Guardiola acabaram por ter algumas chances para fazer golo, mas nunca com muito brilho.

    Na segunda parte, a equipa assumiu uma postura mais defensiva e as substituições efetuadas pelo técnico espanhol vieram a comprová-lo. Uniu-se, aguentou as investidas do atlético e acabou por ser uma justa vencedora da eliminatória, com Guardiola a provar que as suas equipas também sabem defender num bloco mais baixo.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Ederson (7)

    Cancelo (5)

    Stones (6)

    Laporte (6)

    Walker (5)

    Rodri (6)

    De Bruyne (5)

    Gundogan (8)

    Bernardo (6)

    Foden (5)

    Mahrez (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Sterling (5)

    Ake (6)

    Fernandinho (4)

     

    Rescaldo da opinião de Duarte Amaro.

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    Duarte Amaro
    Duarte Amarohttp://www.bolanarede.pt
    Duas são as paixões que definem o Duarte: A Comunicação e o Desporto. Desde muito novo aprendeu a amar o desporto, muito por culpa dos intervenientes que o compõem. Cresceu a apreciar a mestria de Guardiola, a valentia de Rossi e a habilidade de Hamilton, poder escrever sobre estes é algo com que sempre sonhou.