HRC Monza 0-5 SL Benfica: Encarnados regressam às vitórias e vencem grupo D

    Na quinta jornada da fase de grupos da Liga Europeia, o Benfica visitou Itália e, diante de um sempre aguerrido Roller Monza, venceu por 5-0. Resultado que permite aos encarnados regressar às vitórias após uma série negativa de dois empates e uma derrota, mas também garantir o primeiro lugar do grupo D.

    O jogo arrancou a um ritmo bastante elevado e, logo nos primeiros segundos, Monza e Benfica ficaram perto de inaugurar o marcador. No entanto, nenhuma das equipas conseguiu concretizar.

    Numa das primeiras transições rápidas de que dispôs, por volta dos dois minutos e meio, o Benfica abriu o ativo. Ordoñez pegou no esférico e, ao ver Adroher melhor colado, serviu o espanhol, que, com uma “picadinha”, fez o 1-0. Momentos depois, Marc Ollé ficou muito perto de restabelecer a igualdade. Volvidos alguns instantes, foi a vez de Julian Martínez não conseguir bater Pedro Henriques.

    Apesar da desvantagem, o Monza estava a responder muito bem ao golo sofrido e a conseguir incomodar a baliza encarnada. Contudo, nem sempre com muito critério. Foi exatamente no seguimento de um lance deste tipo que Ordoñez recuperou o esférico e, sem grande oposição, aumentou para 2-0. 

    Mesmo a perder, o Roller ia colecionando oportunidades e, não tivesse sido Pedro Henriques, a meias com a barra, Pol Franci poderia ter reduzido a desvantagem. 

    Sem conseguir aproveitar nenhuma das grandes oportunidades que construiu, as águias passaram a tomar conta da partida. Porém, ao mesmo tempo, também estavam com maiores dificuldades em criar novas oportunidades de golo. Assim, os comandados de Alejandro Domínguez começaram a apostar mais em stickadas de meia distância, sobretudo através dos stick’s de Casanovas e Miguel Rocha, mas não conseguiram colher qualquer fruto.

    Com o desenrolar da primeira parte, o encontro foi perdendo algum do ritmo e dinamismo dos minutos iniciais, com os períodos de posse de bola a serem mais repartidos e sem grandes chances de golo. Exceção foi um erro cometido pelo Benfica na circulação do esférico que Julian Martínez, completamente isolado, não conseguiu aproveitar. A partir deste momento, o jogo voltou a ganhar intensidade e o Monza a ser o conjunto mais perigoso. Todavia, o golo não queria nada com Julian Martínez, que, por mais uma vez, viu Pedro Henriques fechar-lhe a baliza. 

    Balançada no ataque, a equipa italiana dava muito espaço nas suas costas, mas os encarnados também não estavam a conseguir usufruir dos respetivos lances. Exemplo disso foi uma situação onde Ordoñez, frente a frente com Stefano Zampoli, não conseguiu dilatar a vantagem das águias.

    Chegado o intervalo, o Benfica vencia o Monza por 2-0, mas muito tinha de agradecer a Pedro Henriques e aos postes da sua baliza, pois o resultado poderia ser bastante diferente. Numa partida em que o Monza teria de ganhar para sonhar em vencer o grupo, apesar de ter disposto de um vasto leque de oportunidades, o conjunto transalpino não conseguiu concretizar. O Benfica, por seu lado, fez uso de um dos seus elementos mais fortes dos últimos tempos – as transições -, tendo construído a diferença no marcador por aí. No entanto, de uma equipa como as águias espera-se muito mais e, quando em posse, raramente conseguiu construir um lance que levasse perigo à baliza de Stefano Zampoli.

    Carlos Nicolia, ainda lesionado, não pôde dar o seu contributo à equipa na deslocação a Monza
    Fonte: 50esimo Minuto

    O retomar da partida foi muito parecido com o início do encontro, com ambos os conjuntos a impor um ritmo muito alto e a procurarem chegar rapidamente ao golo. 

    A velocidade em pista era muita, mas as oportunidades poucas. Apesar de ataques algo longos, sobretudo da parte do Benfica, nem italianos, nem portugueses estavam a conseguir dar o mesmo espetáculo da primeira metade. As defesas estavam a superar-se aos ataques. 

    Em cima da marca dos trinta e cinco minutos de jogo, Vieirinha, bem posicionado, aproveitou uma defesa incompleta de Stefano Zampoli para fazer o 3-0. Pouco depois, numa recuperação de bola em terrenos avançados, Valter Neves e Ordoñez dispuseram de três chances para finalizar, mas o guardião italiano impediu um novo golo encarnado. Porém, volvidos alguns segundos, transição rápida do Benfica e Casanovas, totalmente isolado, assinou o 4-0.

    A jogar em casa e sabendo que em caso de vitória venceria o grupo, o Monza não baixava os braços, mas já não estava a conseguir assustar Pedro Henriques e a defesa benfiquista da mesma forma como havia conseguido nos primeiros 25 minutos. 

    Num lance ocasional e que resultou de um gesto técnico que Vieirinha não realizou na perfeição, Julian Martínez viu cartão azul por enganchamento sobre a jovem águia. No respetivo livre-direto, Zampoli negou o golo a Adroher. 

    Pela primeira vez em situação de superioridade numérica, o Benfica não precisou de muito tempo para marcar e, na sequência de uma jogada de insistência de Adroher, Valter Neves fez o 5-0. Golo que o capitão dos encarnados fez questão de dedicar ao seu pai que faleceu na última semana. 

    Com a vitória no jogo e no grupo D alcançada, as águias passaram a gerir jogo, começando a pensar no clássico da próxima quarta-feira no Dragão-Caixa. Encontro que o Benfica tem obrigatoriamente de vencer se quiser, pelo menos, continuar a sonhar com o título, ainda que muito remotamente. 

    Finalizado o encontro, o Benfica venceu o Monza por 5-0. Resultado que se aceita devido à maior eficácia demonstrada pelos encarnados durante os 50 minutos e à enorme quebra do conjunto italiano na segunda parte. As águias venceram bem, mas não podem apenas estar dependentes de golos através de transições rápidas. Tal como no encontro da jornada inaugural da fase de grupos em Lisboa, a equipa do Roller Monza deixou uma boa imagem, sobretudo na primeira parte. Fase do jogo onde foram muito perigosos, mas não conseguiram concretizar. Nota ainda para a estreia do jovem João Maló nos derradeiros minutos da partida.

    Assim, com esta vitória, o Benfica assegurou o primeiro lugar do grupo D, tendo alcançado os treze pontos. No grupo A, a Oliveirense acabou por ser surpreendida em terras gaulesas e por perder contra o HC Quévert por 4-2. Derrota que obriga a União a ter de vencer na última jornada, em casa, os italianos do Follonica para seguir em frente. No grupo B, o Sporting confirmou a conquista do primeiro lugar com um anormal, tendo em conta a natureza na modalidade, empate a 0-0 contra o Forte dei Marmi. No grupo C, o Porto acabou por ceder um empate a 4-4 diante dos franceses do Saint Omer. Divisão de pontos que, em conjunto com a vitória caseira do Reus Deportiu contra o Amatori Lodi por 6-3, faz com que a definição do primeiro lugar do grupo fique adiada para a derradeira jornada. Contudo, o Porto já tem a presença garantida nos quartos de final. Reus e Lodi ainda lutam pela qualificação.

    Na Liga Europeia feminina, nota para a eliminação do Benfica, a única equipa portuguesa que ainda estava em prova. Apesar de ter vencido em Lisboa o Voltregà por 2-1, acabou por perder por 3-1 na visita a Espanha. 

    EQUIPAS

    HRC Monza: 1-Stefano Zampoli (GR), 2-Matteio Zucchetti, 4-Marc Ollé, 6-Julian Martínez e 21-Pol Franci; Jogaram ainda: 3-Pietro Lazzarotto, 7-Matteo Galimberti e 44-Davide Nadini

    SL Benfica: 1-Pedro Henriques (GR), 3-Albert Casanovas, 4-Diogo Rafael, 7-Jordi Adroher e 9-Lucas Ordoñez; Jogaram ainda: 2-Valter Neves (CAP.), 8-João Maló, 44-Miguel Rocha, 74-Vieirinha

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    Diogo Nunes
    Diogo Nuneshttp://www.bolanarede.pt
    Adepto ferrenho do Benfica, o Diogo deixou de sofrer golos nos rinques de Hóquei em Patins, a sua modalidade de eleição, para passar a descrevê-los em artigos.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.