FC Porto 2-0 Vitória FC: Com os artistas em greve, cumpriram-se os serviços mínimos

    Com Pepe no banco, Militão deslocado para o meio e Manafá a fazer a estreia a titular sobre o lado direito da defesa, o FC Porto voltou às vitórias, frente a um Vitória FC de tração atrás, que nunca incomodou verdadeiramente Casillas.

    Se o jovem lateral deu boas indicações para o futuro, na frente as ausências de Marega e Brahimi continuam sem resolução a cem por cento. Para piorar o cenário atual, Danilo saiu uma vez mais lesionado e Soares falha a visita a Tondela. Tudo o que pode correr mal, corre ainda pior, pensará Conceição. Valeu o resultado, alcançado com golos de Herrera e Tiquinho.

    Uma rápida e incisiva reação à perda da bola, aliada a uma pressão alta e forte sobre um Vitória FC já de si com uma estratégia altamente defensiva, foram os condimentos essenciais para um dragão que precisava de resolver as coisas cedo para não entrar em crises existenciais. Daí até ao golo de Herrera foi um quarto de hora de distância.

    Obrigado a circular a bola pelos três corredores na procura de uma brecha na fechada linha defensiva sadina, foi graças a uma incursão de Corona sobre a esquerda que os homens mais recuados da equipa de Sandro se desmobilizaram. O mexicano ainda serviu Adrián López, mas o remate foi bloqueado e caiu direitinho na cabeça do capitão portista, Herrera, que atirou facilmente para o primeiro.

    Já agora, e porque as peças azuis e brancas foram alvo de uma pequena revolução no que aos posicionamentos diz respeito, convém sublinhar que Corona surgiu ao lado de Soares, mas vagueou por todo o ataque, ao passo que Otávio, outra das novidades, encostou à direita, combinando muitas vezes com Manafá. Adrián, autor do golo da esperança em Roma, mereceu novamente a confiança do técnico e manteve a titularidade.

    Soares viu o quinto amarelo e está fora do próximo jogo
    Fonte: Bola na Rede

    Sem abrandar, mas aparentemente mais solto depois de chegar ao golo, o FC Porto viu ainda as tentativas de Telles e de Soares pararem, primeiro, nas mãos de Cristiano e, depois, a poucos centímetros da trave sadina. Foi já no término da primeira parte que o desenho ensaiado na cabeça de Óliver (entretanto chamado para render o lesionado Danilo) acabou transportado para os seus pés, mas Corona não finalizou da melhor maneira uma bela triangulação que teve ainda Manafá com intermediário.

    Sem ver a vantagem mínima ameaçada, mas consciente de que era preciso mais, o FC Porto voltou dos balneários com a mira na baliza de Cristiano, mas uma vez mais a “fase das bolas na trave” como apelidou Conceição a este período de menor fulgor, ainda não se afastou da equipa portista. Nova jogada com o cunho de Óliver, a picar sobre a defesa para uma receção monstruosa de Corona, que rapidamente cruzou ao segundo poste, mas o cabeceamento de Adrián, em suspensão, foi travado por uma enorme mancha do guardião setubalense.

    Sem capacidade para criar perigo, a formação visitante viu tudo piorar quando Éber Bessa tentou ludibriar Nuno Almeida dentro da área e acabou expulso. O erro ganhou maior proporção já que, logo a seguir, Soares acabou com as dúvidas, ao responder com categoria a um cruzamento largo de Alex Telles. Era a machadada no resultado, que não engordou porque os portistas decidiram dar uso à velocidade de cruzeiro. O objetivo principal estava salvaguardado, numa fase em que a margem de erro é nula.

    Onzes e substituições

    FC Porto: Casillas, Manafá, Felipe, Militão, Alex Telles, Danilo (Óliver, 30′), Herrera, Otávio (André Pereira, 61′), Corona, Adrián López (Fernando, 77′) e Soares

    Vitória FC: Cristiano, Cascardo, Artur Jorge, Vasco Fernandes, Sílvio, Nuno Valente, Éber Bessa, Semedo, Berto (Mano, 74′), Mendy (Sekgota, 69′) e Cádiz (Valdo, 78′)

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