Todos os caminhos vão dar a Roma

    Finalmente… finalmente escutaremos aquela tão célebre música antes do início da partida… finalmente veremos os melhores do mundo juntos novamente… finalmente veremos estádios cheios, adeptos fervorosos… finalmente sentiremos o clima de decisão, o medo de errar, o desejo de acertar… finalmente chegou a Champions League!

    E, para os 16 “sortudos” que estarão presentes nesta fase a eliminar, sonhos serão criados e, porventura, quebrados com o decorrer da prova. Visto que falar de Liga dos Campeões é falar necessariamente de FC Porto, que metas/sonhos poderemos atribuir à turma de Sérgio Conceição? Contentar-se com uma possível chegara aos quartos de final ou sonhar mais alto?

    Bom, antes de mais nada há que ressaltar o seguinte: não, não é “normal” (como muitos afirmam), para uma equipa portuguesa chegar a esta fase da prova; chegar ao “mata-mata” da Champions, atualmente, é já uma espécie de objetivo alcançado para qualquer clube que se encontre deste lado da fronteira.

    Será assim também para o FC Porto? A cabeça da maioria dos adeptos provavelmente concordaria que sim, visto que, tendo em conta principalmente a realidade financeira de um clube português em comparação com os gigantes europeus, pouco ou nada viria dali que não fosse a inevitável eliminação.

    O FC Porto terminou a sua campanha na fase de grupos na Turquia, com uma vitória por 2-3 frente ao Galatasaray
    Fonte: FC Porto

    Agora, e o coração dos adeptos? Aliás, permitam que reformule a pergunta. Os adeptos portistas, aqueles de 2004, aqueles que ousaram sonhar alto em 2009 ou em 2015, aqueles old school que viveram noites europeias memoráveis nas Antas, todos esses, contentar-se-ão com a chegada aos oitavos? Fica a pergunta.

    Passando agora para o que realmente importa: o jogo jogado. O sorteio ditou que a AS Roma seria o próximo adversário do FC Porto na Liga dos Campeões. Quase unanimemente classificada como uma eliminatória acessível, como uma eliminatória onde um Porto à Porto bastaria para assegurar a passagem aos quartos. Bastará? Honestamente, acho que sim; apesar da fase não ser a melhor, acho que a equipa entrará com uma mentalidade diferente na capital italiana, por ser uma competição diferente e por ser uma montra para qualquer jogador. Ah, e da última vez que lá fomos trouxemos um 0-3 na bagagem.

    Agora a pergunta que restou: até onde chegará este FC Porto? Apostaria, pessoalmente, nos quartos de final. Ultrapassando a Roma, apenas restarão os tubarões e admito: ainda estou traumatizado com o último embate frente a um tubarão europeu. Portanto, por mais que o meu coração sempre espere que aconteça uma história de David vs Golias dos tempos modernos, a minha razão chama-me à terra e diz-me que ainda não será desta que o FC Porto chegará ao patamar alcançado em 1987 e em 2004.

    Foto de Capa: FC Porto

    Artigo revisto por: Jorge Neves 

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    José Mário Fernandes
    José Mário Fernandeshttp://www.bolanarede.pt
    Um jovem com o sonho de jogar futebol profissionalmente. Porém, como até não tinha jeito para a coisa, limita-se a gritar para uma televisão quando o FC Porto joga.                                                                                                                                                 O José escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.