Em 2018/2019, o SL Benfica vai entrar no Futebol Feminino, o que vai trazer ainda mais notoriedade; fica a faltar saber se irá também trazer mais qualidade. As encarnadas vão entrar na segunda divisão, mas não deverão ter dificuldades em subir de divisão, uma vez que as equipas serão todas, ou quase todas, amadoras, ao contrário da do Benfica, que, para já, conta com três nomes: Dani Neuhaus, Daiane Rodrigues e Darlene, todos com experiência na seleção brasileira, o que, só por si, mostra alguma qualidade.
No entanto, trazer estrangeiras não tem significado ter sucesso. Na temporada passada, o Braga tinha cinco espanholas e quatro brasileiras, que, tirando a espanhola Pauleta, pouco acrescentaram. Esta temporada, as bracarenses apostaram mais na jogadora portuguesa, existindo apenas três estrangeiras – Pauleta, Gabi Morais e Jana. Já o Sporting, o ano passado, não tinha estrangeiras, tendo contratado este ano duas – Carlyn Baldwin, com passagem pelas seleções jovens dos Estados Unidos, uma das mais fortes no Futebol Feminino, e Carolina Venegas – e, mais uma vez, as duas estrangeiras são dos elos mais fracos do plantel. Como tal, apesar do aumento de notoriedade, Portugal ainda não consegue atrair jogadoras estrangeiras que sejam reais mais valias ao campeonato.
É preciso, portanto, um maior trabalho de formação e maior profissionalização nas equipas seniores, para se poder elevar o nível do campeonato português, assim como da seleção. Podendo parecer contraproducente, ter melhores jogadoras portuguesas também permitirá ter melhores jogadoras estrangeiras, dando hipóteses às equipas portuguesas de fazer uma melhor participação no estrangeiro, pois a diferença de ritmo na Liga dos Campeões é enorme, quando comparada com o campeonato, e ainda mais com a Taça de Portugal, onde o Sporting, no último jogo, venceu por 18 -1 o FC Parada, ou, antes, a Escola Hernâni Gonçalves tinha vencido por 17 – 0 o AD Argoncilhe.
Foto de Capa: Sporting CP
Artigo revisto por: Francisca Carvalho