O Benfica de Norberto Alves fez bandeira da expressão “a defesa é o melhor ataque” e foi ao Dragão Arena fazer 89 pontos e vencer por 23 de diferença à custa da capacidade defensiva. É claro que o ataque também funcionou com muita eficácia, o que justifica a pontuação elevada, mas, acima de tudo, foi a defesa das águias que valeu o triunfo.
Sobretudo na segunda parte. A defesa do pintado foi excecional – nove ressaltos defensivos mais do que os obtidos pelo FC Porto – e os dois para um sobre Anthony “Cat” Barber foi fundamental para travar os dragões. O base americano e principal motor do jogo portista pontuou com algum à-vontade nos dois primeiros quartos, mas quando a defesa apertou deixou de existir no jogo.
A turma de Fernando Sá, naturalmente, ressentiu-se do apagão do seu principal dínamo, foi cedendo no marcador e o rolo compressor encarnado – com os seus homens altos em destaque, aproveitando as vantagens que têm sobre os defensores azuis-e-brancos – foi imparável até final. Aliás, até um pouco antes do final, dado que a certa altura, no último período, ambos os treinadores reforçaram a rotação para descansar atletas para o jogo seguinte.
Esperava-se mais equilíbrio, mas, de facto, nota-se maior profundidade no plantel do Benfica. E quando a qualidade coletiva, em particular na defesa, se impõe como neste jogo, a qualidade individual que a águias têm de sobra faz a diferença ao ponto de massacrar o FC Porto, líder da fase regular, no seu próprio reduto. Venha o jogo dois!