O Alverca perdeu em casa contra o FC Porto por 3-0 na Primeira Liga. Custódio Castro respondeu a uma questão do Bola na Rede.
Custódio Castro analisou a derrota do Alverca frente ao FC Porto, na 15.ª jornada da Primeira Liga. No final do encontro, em conferência de imprensa, o Bola na Rede teve a possibilidade de colocar uma questão ao treinador dos caseiros.
Bola na Rede: O Alex Amorim e o Sabit mostraram-se muito serenos com bola, ajudando a atenuar a pressão muito intensa do Porto e a fazer a bola chegar a zonas de maior perigo. Para o mister, quão importante foi o papel da sua dupla de médios, na primeira parte, e como avalia a exibição de ambos?
Custódio Castro: Fazem sempre muito boas perguntas, não é? Foram muito importantes. Se nós olharmos para o FC Porto, e se repararmos na primeira e segunda fase, e segunda com terceira, quando as equipas se conseguem instalar, vemos algumas diferenças. Sabemos que o FC Porto é muito forte na pressão sobre a primeira e a segunda fase, e era muito importante nós jogarmos com os laterais, tendo em conta a pressão. Nós sabíamos que o avançado acaba por guardar um bocadinho mais a pressão e que quem acelera muitas das vezes é o extremo. Era importante termos o lateral baixo e de frente para podermos jogar, e depois os médios poderem jogar sobre pressão. Não só os dois, mas também com o Lincoln no lado contrário. Ou seja, quando a bola saía pela esquerda, que tínhamos o Amorim, e o Sabit, quando a bola saía pela direita. Aquela distância entre eles era sempre importante para que conseguíssemos, primeiro, bater a pressão com um ou outro passe lateralizado para que, depois, na diagonal, pudéssemos ir buscar o lado contrário. Vimos também um bom momento do Figueiredo a conseguir ligar muitas vezes entrelinhas, e a conseguir acelerar jogo. E, depois, penso que nos faltou ali um pouco mais na definição e podíamos ter estado um bocadinho melhor na execução técnica, mas é bem observado e eu sei que vocês viram isso também. Era muito importante quando saíamos da pressão termos os jogadores pelas costas próximos e um bocadinho longe dos interiores, porque eles iam lá pressionar. E, depois, víamos ou não se conseguíamos jogar na profundidade, ou no Figueiredo ou no Marezi, dependendo do lado.

