O Benfica de Rui Vitória entrou na partida com o seu habitual esquema, 4x4x2, mas com uma alteração no onze que havia jogado nas últimas partidas: a entrada de início de Rafa, no lugar de Cervi.
Esta estratégia de Rui Vitória tinha um objectivo bem claro: ser mais rápido na transição e ter mais critério na posse de bola, mas ao mesmo tempo corria o risco de ter algumas dificuldades a defender, já que Cervi é um jogador muito agressivo nessas funções e poderia ser muito útil na ajuda ao lateral esquerdo adaptado André Almeida, que tinha pela frente um dos jogadores em foco e mais perigosos do Sporting nesta época, Gelson Martins.
De alguma forma esta estratégia surtiu efeito, já que Rafa foi indefensável por várias ocasiões, tenho numa delas rematado à baliza e noutra feito uma assistência para o golo de Salvio após uma saída explosiva para o ataque do Benfica.
O Benfica nestes jogos grandes é uma equipa que tem sempre menos bola que o seu adversário, apostando muito nos seus contra-ataques e nas bolas paradas, estratégia que já sorriu a Rui Vitória mas que também já lhe trouxe alguns dissabores. Ao contrário do que aconteceu no jogo com o Nápoles, o Benfica soube ter a bola nos momentos certos e soube sair com critério para o ataque, onde Jiménez, embora não o digam as estatísticas (muitas perdas de bola), fez uma grande exibição, incansável na procura do espaço para receber a bola e sempre muito agressivo a defender, sendo sempre o protagonista da primeira linha defensiva do Benfica.
Depois do intervalo, esperava-se uma entrada a todo o gás do Sporting. A entrada bombástica de Campbell contribuiu e muito para a baixa de rendimento do Benfica, que fez uma 2.ª parte menos bem conseguida. Esta alteração do Sporting mexeu muito com o jogo, e mesmo contra a corrente o Benfica acabaria por fazer o 2.º golo. Muita eficácia para a equipa encarnada, que leva o melhor ataque da liga.