As eleições do SC Braga estão mesmo à porta. Como não podia deixar de ser, o Bola na Rede foi tentar saber mais informações sobre os projetos dos candidatos à presidência do clube. Fomos conversar com António Pedro Peixoto, mais conhecido por Pli, homem que passou em várias modalidades do clube e que pretende aproximar o SC Braga do título de campeão nacional.
Bola na Rede (BnR): Porque decidiu candidatar-se à presidência do SC Braga?
António Pedro Peixoto (Pli): Como já frisei em algumas entrevistas a outros órgãos de comunicação social, ser presidente do meu clube sempre foi um objetivo de vida. No entanto, não o faria se entendesse que o clube está bem entregue. Se o faço é porque entendo que comigo enquanto presidente o SCB pode dar um salto qualitativo, algo que com o atual presidente já não é possível acontecer.
BnR: O facto de ter sido atleta do clube em duas modalidades confere algum tipo de vantagem, no futuro?
Pli: A vantagem de ter sido atleta é que sei aquilo por que os atletas passam, sei o que sentem e sei o que é necessário para se sentirem valorizados e respeitados, por forma a darem o seu melhor em prol do clube. E, uma vez que estamos a falar de modalidades de pavilhão em que os atletas geralmente não são profissionais a tempo inteiro, ao saber motivar estes mais fácil se torna fazê-lo com os que fazem do desporto a sua profissão, como é o caso dos futebolistas.
BnR: Quais são as principais lacunas do clube neste momento?
Pli: O clube em si é o que os seus diretores e o seu presidente querem que ele seja. E este presidente não valoriza (nem nunca valorizou) os sócios, não há transparência nas contas que nos são apresentadas enquanto sócios nas assembleias gerais (ficam muitas situações por explicar, justificadas com a esfera do sigiloso), e não tenta puxar a cidade para si. Não valoriza os sócios pois em 14 anos de presidência António Salvador não quis nunca saber quais as preocupações destes nem como os cativar. Não teve a preocupação de saber as lacunas de comodidade de que o estádio padece, que fizeram com que muitos sócios deixassem de o ser (nos últimos três anos baixámos de 30.000 para 20.000 sócios, e a renumeração não explica tudo) e muitos outros não compareçam assiduamente aos jogos em casa.