Rodrigo Battaglia chegou este verão a Alvalade. Com 26 anos, o argentino chegou, creio eu, na altura ideal a Lisboa e ao Sporting Clube de Portugal. Assinou contrato por cinco anos, um vínculo de longa duração e que promete, a ver pelas primeiras amostras, vários êxitos.
Depois de uma formação dividida por Vélez Sarsfield, Almagro e Huracán, o centrocampista notabilizou-se ao serviço destes últimos, ao serviço dos quais se estreou no futebol profissional. Na Argentina, Battaglia jogava primordialmente como médio defensivo e, depois de uma passagem pelo Racing Club de Avellaneda, veio para Portugal, onde assinou pelo SC Braga. Contudo, as épocas nos arsenalistas foram atribuladas, com empréstimos a Moreirense, Rosario Central e Desportivo de Chaves. Neste último emblema, Battaglia cimentou a titularidade, aproveitando a ida de Jorge Simão para Braga para o acompanhar na segunda metade da temporada transata.
Confesso que apenas tinha visto Battaglia ao vivo por uma vez, na final da Taça da Liga entre os bracarenses e o Moreirense. E não fiquei nada impressionado, devo dizer. Porém, Battaglia jogou na “posição 8” durante essa partida. Acho que o seu melhor desempenho vem ao de cima jogando mais atrás, posicionado à frente da dupla de centrais. É nesse lugar que o argentino tem sido maioritariamente utilizado por Jorge Jesus, tanto nos testes de pré-época como nos primeiros encontros oficiais neste mês de agosto. Battaglia apenas foi suplente utilizado na Vila das Aves, na única partida onde William Carvalho foi chamado. É bom lembrar que William tem sido constantemente associado ao West Ham e, também por isso, Battaglia foi titular nas receções a Vitória de Setúbal e Steaua e nas deslocações a Guimarães e Bucareste.
O tanque argentino é muito forte na luta corpo a corpo no meio campo, um atleta muito agressivo no bom sentido, apresentando também um jogo aéreo forte e um enorme sentido de entreajuda, como é bem necessário naquele setor do terreno de jogo. Bom de bola em espaços curtos, Rodrigo Battaglia tem de crescer ainda no campo da visão e leitura de jogo, tem de ser mais rápido e astuto na circulação de bola. Isto fica demonstrado pelo enorme à-vontade que Battaglia tem na condução de bola, não tendo medo de avançar no terreno com a mesma controlada. Às vezes, até leva esse esforço longe demais.