A primeira edição do ATP NextGen Finals está prestes a começar; uma “réplica” do ATP World Tour Finals dedicada exclusivamente a atletas sub-21. A proposta é interessante logo à partida, dando oportunidade, aos fãs, de verem as novas pérolas do ténis mundial num registo de altíssima competitividade e aos atletas de terem um “gostinho” daquilo que pode vir a ser uma realidade num futuro mais ou menos próximo. Mas a organização do torneio não se ficou por aqui em termos de novidades. Esta prova vem aplicar à competição pela primeira vez várias (10) alterações já apresentadas às “autoridades” mundiais do ténis e que poderão causar bastante confusão aos adeptos e também aos atletas:
- Os encontros serão disputados há melhor de cinco ‘short sets’ (sets até aos 4 jogos, com tie-break a 3-3);
- Os jogos serão decididos, em ultimo caso, com ponto de ouro. Ou seja, aos 40-40, quem vencer o ponto seguinte vence o jogo. Pela primeira vez, quem escolherá o lado para onde servir será mesmo o servidor (e não quem responde, à semelhança do que se faz em provas de pares);
- Não haverá let. Caso a bola bata na tela no serviço, jogar-se-á o ponto a partir daí;
- Não haverá juízes de linha. Todas as chamadas serão dadas pelo árbitro de cadeira, auxiliado por olho de falcão permanente, em todas as linhas do campo;
- O court será delimitado por linhas de singulares, apenas;
- Desde o momento de entrada no court, os jogadores terão 5 minutos exatos para jogar o primeiro ponto;
- Apenas uma paragem médica é permitida a cada jogador durante o encontro;
- Os jogadores estarão autorizados a receber instruções dos seus treinadores entre os sets, através de auriculares;
- Estará presente no court um cronómetro (à semelhança do basquetebol) que contará de forma decrescente 25 segundos entre os pontos, evitando excessos;
- O público pode movimentar-se livremente nas bancadas laterais.
No que toca às estrelas propriamente ditas, o torneio sofreu uma baixa que, apesar de última hora, já era esperada: o número 1 da classificação sub-21 Alexander Zverev decidiu focar-se no Masters dos “graúdos” (que começa já no dia 12 de Novembro), já que não é todos os dias que se disputa essa prova, ainda para mais sendo o 3º classificado na classificação geral ATP. Outra ausência notável é o grego Stefano Tsitsipas que, apesar de ser um dos melhores jovens da atualidade, não conseguiu recuperar do mau início de temporada e, assim, chegar ao lote dos 8 apurados tendo sido.. 9º. Ainda assim, os dois atletas, Sascha Zverev e Tsitsipas aceitaram o convite da organização e disputarão um encontro amigável em Milão. Assumem-se assim como principais figuras Borna Coric, Andrey Rublev e Denis Shapovalov que prometem lutar para mostrar que estão aí, e vieram para ficar. Já as inovações (ou invenções) trazidas pela organização do torneio, essas, veremos se ficam de vez na modalidade ou não.
Grupo A
Andrey Rublev
Denis Shapovalov
Hyeon Chung
Gianluigi Quinzi (que se qualificou através de uma prova prévia que reuniu apenas os 8 melhores tenistas da casa – neste caso, italianos)
Grupo B
Karen Khachanov
Borna Coric
Jared Donaldson
Daniil Medvedev
Foto de Capa: NextGen ATP Finals