Francisco Neto realizou esta quinta-feira a antevisão do embate entre Portugal e o Azerbaijão, para o play-off de apuramento para o Euro 2025.
Francisco Neto fez a antevisão à primeira mão do play-off de apuramento para o Euro 2025 de Futebol Feminino, no qual Portugal vai enfrentar o Azerbaijão. O técnico falou sobre a receita para a vitória:
«Acima de tudo, não permitir que o Azerbaijão faça aquilo que fez contra equipas como a Hungria ou a Suíça. São uma equipa que, se lhes permitirem, conseguem ter bola, procuram muito o jogo interior para depois explorar por fora as suas alas. Têm muita mobilidade com a bola. Temos que dominar o jogo nesses momentos para ter esse controlo. Quando tivermos bola, temos de a valorizar, saber o que temos que fazer e no momento da perda ter uma reação muito forte e agressiva, não permitindo que o Azerbaijão possa ter bola. Será um dos segredos».
O selecionador assumiu que a pressão tem que vir de dentro e não de fora:
«A pressão é de dentro para dentro. É algo que estabelecemos para nós. Faz amanhã oito anos que garantimos o apuramento na Roménia e a partir daí a exigência subiu. Quando estamos numa fase final, queremos sempre mais. A exigência é determinada dentro do grupo, queremos muito, mas sabemos que do outro lado estão adversários que também querem e que têm feito o seu percurso ao longo dos anos. Temos de respeitar, ter humildade e ser muito competentes no nosso jogo».
Francisco Neto analisou o Azerbaijão:
«Continuamos com algumas questões sobre se aparecem com a linha de cinco, num 5x3x2 como tiveram em alguns jogos, inclusive contra a Hungria, que foi dos resultados mais desnivelados, mas onde elas tiveram mais oportunidades. Depois trocaram para um 4x3x3 com a Suíça, onde defendem com três linhas em 4x4x2. Será um pouco por aqui. Não gostamos de tentar adivinhar, de andar na ciência do achismo. O que procuramos é dotar as nossas jogadoras com os dois cenários que achamos mais prováveis, tentar reconhecer os espaços e onde é que vão estar em função da estrutura que aparecer, mas também focar muito na nossa ideia de jogar. Se assim for, estamos mais perto de conseguir os nossos objetivos».
Por fim, falou sobre a existência de dificuldades na análise às jogadoras do Azerbaijão:
«Tivemos algum tempo para fazer essa análise. É verdade que alguns campeonatos começaram mais tarde do que o nosso e a imagem de clube nem sempre é fácil de encontrar, mas muitas destas jogadoras têm sido a base do trabalho de seleção. Agarramo-nos mais a isso e a convocatória foi muito parecida com as últimas. Fizemos a avaliação pontual, sempre que possível, no trabalho dos clubes. Têm duas jogadoras na fase de grupos da Champions com o Galatasaray, duas jogadoras influentes aqui».