«A arbitragem tem de se mostrar mais aos adeptos para matar os fantasmas» – Entrevista BnR com Duarte Gomes

    – Passes curtos –

    Bola na Rede: Qual é para ti o melhor momento da tua carreira?

    Duarte Gomes: O primeiro jogo de todos, a estreia. Num jogo de iniciados, como fiscal de linha. Em Outubro de 1991.

    Bola na Rede: Onde?

    Duarte Gomes: Em Alcântara, num campo na Boa-Hora. Acho que já não existe.

    Bola na Rede: E qual o momento mais difícil?

    Duarte Gomes: Tive vários. São todos aqueles que implicaram perturbação da paz familiar. E foram muitos.

    Bola na Rede: Um estádio?

    Duarte Gomes: O do Liverpool.

    Bola na Rede: Qual o jogo que, olhando para trás, mais te orgulhas de ter apitado?

    Duarte Gomes: O primeiro.

    Bola na Rede: Qual o melhor momento a que assististe em campo?

    Duarte Gomes: Estive como árbitro assistente de baliza nas finais do Euro 2012 e da Liga dos Campeões com o [Pedro] Proença. Na final da Liga dos Campeões em 2012, no Bayern de Munique-Chelsea, o Chelsea ganhou na casa do Bayern em penalties. Estar ali no campo a ver aquele frenesim completo, o estádio cheio, e a fazer parte integrante daquele espetáculo. Eu estava no meio-campo com o árbitro assistente porque estávamos a filtrar os jogadores que marcavam os penalties. Estar ao lado deles naquele stress final dos penalties batidos à nossa frente, vistos daquela zona do terreno e perceber que a equipa da casa perde aquele jogo em penalties, aquela sensação agridoce de ver a equipa completamente desiludida que na sua casa tinha falhado uma conquista. A alegria surreal dos adeptos ingleses e da equipa do Chelsea. Foi muito marcante ver o golo decisivo. Foi a minha primeira grande final internacional e senti-me um privilegiado por estar no palco mais mediático do planeta.

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