«Às vezes estavas a ir para a escola e vias passar João Pinto, Poborsky ou Michel Preud’homme» – Entrevista BnR com Luís Zambujo

– A aprendizagem no Campeonato de Portugal –

«O Farense é um grande! Tem adeptos verdadeiramente apaixonantes e a cidade de Faro vive o futebol com um amor fantástico à causa».

BnR: Em 2008 voltaste a Lisboa para jogar num dos históricos do nosso futebol. O Atlético CP é um clube especial e os adeptos da Tapadinha são mesmo diferentes?

LZ: Quando saí do Aves o clube até queria que eu continuasse, mas eu achei por bem voltar e ir para outro desafio. Na altura o mister Carlos Manuel estava no Atlético e desafiou-me a ir para lá. Eu tinha 21 anos, precisava de jogar e rumei à Tapadinha. Eu costumo dizer que o Atlético é um clube histórico. As pessoas gostam e vivem imenso o clube. Foi uma boa experiência e desejo tudo de bom às gentes da Tapadinha.

BnR: Consideras que os quatro anos que passaste no agora chamado Campeonato de Portugal te ajudaram a crescer para depois conseguires jogar noutro patamar mais alto?

LZ: Acredito até que o Campeonato de Portugal é importante em várias da nossa carreira. Naquela fase em que posso dizer que brilhei na competição ajudou-me no embalo do que me esperaria depois. Foi um campeonato que me deu minutos, deu-me golos e tarimba para que eu, quando estivesse num campeonato maior, conseguisse mostrar o meu valor na Segunda Liga.

A primeira passagem por Faro foi sinónimo de golos
Fonte: Arquivo pessoal de Luís Zambujo
BnR: Atlético CP, GD Igreja Nova (em ambos jogaste com o teu antigo capitão do SL Benfica, o Jorge Almeida), SC Farense e Clube Oriental de Lisboa. Quais as diferenças que vês entre os quatro projectos?

LZ: Foram quatro clubes que representei na minha passagem pelo Campeonato de Portugal, mas são quatro clubes completamente distintos. Posso dizer que Atlético e Oriental são parecidos, são clubes que, apesar de serem de “bairro”, são clubes míticos da cidade de Lisboa e onde as pessoas vivem o clube com paixão. O Igreja Nova foi uma situação diferente, quando saí do Oriental tinha dois dias para arranjar clube – senão poderia ficar desempregado – e as pessoas ligaram-me para ir cumprir três meses no clube. É um clube mais simples, com uma expressão diferente, mas onde agradeço a simpatia das pessoas da região. Agora, o Farense… O Farense é um grande! Tem adeptos verdadeiramente apaixonantes e a cidade de Faro vive o futebol com um amor fantástico à causa. Nesse ano no Algarve fui o segundo melhor marcador do Campeonato de Portugal, o ano correu-me mesmo muito bem e foi o meu grande trampolim para os anos seguintes na Segunda Liga e eu digo que o Farense é um dos meus clubes do coração, desejando tudo de bom ao Farense, porque todos os fins-de-semana acompanho e sou Farense. Eu sou Farense.

Vítor Miguel Gonçalves
Vítor Miguel Gonçalveshttp://www.bolanarede.pt
Para Vítor, os domingos da sua infância eram passados no velhinho Alvalade, com jogos das camadas jovens de manhã, modalidades na nave e futebol sénior ao final da tarde.

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