«Neste momento, não sei se aceitaria um grande» – Entrevista a Gerso Fernandes

    BnR: E foste emprestado ao Moreirense e tiveste a tua época mais produtiva em Portugal. Olhando apenas para golos marcados, foram seis. Foi importante seres emprestado para cresceres?

    GF: Sim, foi importante, mas é curioso que, embora tenha sido a melhor época, não joguei tanto como tinha jogado nas outras épocas. Tive pubalgias e outras coisas de que, no futebol, não vale a pena falar. Acabei por não jogar tanto como aquilo de que estava à espera, mas consegui fazer alguns golos e alguns jogos.

    BnR: Nesse Moreirense, partilhaste o balneário com o Rodrigo Battaglia, que começou a ser utilizado no SC Braga e agora é utilizado com regularidade no Sporting CP. Como é que vês a ascensão de Battaglia?

    GF: Muito bem. Já na altura notava que ele não era jogador para estar ali. Tinha qualidade acima da média e como pessoa também era um excelente colega de balneário e amigo. Portanto, tudo o que lhe está a acontecer é natural, devido à qualidade que tem e à pessoa que é.

    Passagem pelo Moreirense foi importante para o crescimento do extremo Fonte: Moreirense FC
    A passagem pelo Moreirense foi importante para o crescimento do extremo
    Fonte: Moreirense FC

    BnR: Mas a posição em que ele joga não é a de origem. Agora joga mais atrás no terreno. Consideras que isso um dia pode acontecer contigo? Tu és extremo; podes vir a jogar mais a lateral ou a médio interior?

    GF: Sim, acho que sim. Já joguei a interior e até gostava. Acho que no futuro me posso ver a jogar nessas posições.

    BnR: És um jogador também com atenções defensivas?

    GF: Não muito… Ia ser um lateral mais ofensivo. Num 3-5-2 da Juventus, por exemplo. Aí dava, talvez! (risos).

    BnR: Depois voltaste ao Estoril, fizeste uma época regular e rumaste ao Belenenses. Foi difícil deixar o lugar onde nasceste para o futebol de alta competição?

    GF: Foi, e a forma como o deixei ainda me deixou mais triste. Deixei o Estoril sem dizer o adeus que queria dizer. No último jogo em casa nem sequer fui convocado. E isso deixou-me triste. Sem dúvida que o Estoril ficará sempre no meu coração e teve grande importância para mim.

    BnR: Os adeptos acarinharam-te muito?

    GF: Os adeptos são fantásticos. Só queriam festa e eram fantásticos. São doidos, mas no bom sentido. E estão sempre a apoiar a equipa.

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