«Neste momento, não sei se aceitaria um grande» – Entrevista a Gerso Fernandes

    BnR: Em 2016-2017 fizeste 51 jogos, e nas épocas anteriores nunca foste abaixo dos 25. Qual o segredo para manteres esta regularidade, sem lesões?

    GF: Não tenho segredo. Acho que me trato como todos os jogadores. Apenas tenho mais sorte do que outros, talvez. Só tive aquela lesão no Moreirense (pubalgia). Foi a mais grave que tive. De resto, tenho estado sempre normal. Espero é que a sorte continue. Ainda agora um colega meu teve uma rotura de ligamentos, e ele fisicamente é como eu. Estas coisas podem acontecer a qualquer um. Foi o meu amigo Faty, do Moreirense.

    BnR: Tens alguma ligação forte com a Académica?

    GF: Tenho mais por ser o clube da minha cidade. Sou de Coimbra e fui muito feliz nos meus dois anos de formação. Nunca tive lá oportunides, mas um dia gostaria de voltar a vestir a camisola da Académica.

    BnR: Consideras acabar a carreira em Coimbra?

    GF: É uma hipótese que não coloco de parte, de forma nenhuma.

    Gerso subscreveu o 120s de Bola Fonte: Tomás Resendes
    Gerso subscreveu o 120s de Bola
    Fonte: Tomás Resendes

    BnR: O que achas da Bola de Ouro de Ronaldo e do desempenho dele?

    GF: É o que todos nós sabemos. Ronaldo é uma máquina, é fantástico. Toda a gente fala de Messi, mas acho que ele merece crédito. Ele é o meu ídolo e é merecida a Bola de Ouro. Se o Messi ganhasse a vitória também seria merecida, mas ainda bem que ganhou Ronaldo. Sou português, é meu ídolo, e parabéns a Ronaldo. Parabéns ao melhor do mundo.

    BnR: O Ronaldo é o teu único ídolo?

    GF: Ronaldo é o único que me marca pelo que fez durante toda a carreira. Como começou… É o único que realmente me marca. É o único que considero como o meu ídolo. Ele é especial.

    BnR: Gostavas de um dia partilhar o balneário com ele?

    GF: Claro… Ou pelo menos só conseguir apertar-lhe a mão (risos).

    BnR: Ele já disse que queria jogar nos E.U.A….

    GF: Pode ser que o Kansas City invista nisso… Vou ficar à espera disso (risos).

    BnR: E ainda tens o sonho de representar a Seleção Nacional Portuguesa?

    GF: Tenho esse sonho, sim. Um dia, quem sabe… Ando a trabalhar para isso.

    BnR: Como é que vês o campeonato em Portugal?

    GF: Acho que vamos ter campeonato até ao fim. O Benfica estando eliminado das competições europeias tem mais tempo para se preparar do que o Sporting e o FC Porto. Mas tanto o Sporting como o FC Porto estão muito fortes: o FC Porto pela mudança de treinador e o Sporting pela forma como se reforçou. Acho que este ano vai ser renhido até ao fim.

    BnR: E a Académica? Achas que vai subir?

    GF: Espero que suba. Gostava muito. E agora estão numa boa fase. Portanto, estão a poucos pontos de subida. Têm condições.

    BnR: E, se subirem, vens cá festejar?

    GF: Se estiver cá, claro. Se estiver do outro lado, vou festejar também, sem dúvida.

    BnR: Para terminar, queres partilhar connosco alguma história de balneário?

    GF: Já no Belenenses, tínhamos um avançado sérvio, o Andric. Tínhamos feito um exercício de “roda, bota, fora” com várias equipas. O treinador antes disse quem é que tinha de ficar com coletes, mas o Andric, que não percebia português, acabou por manter o colete. Quando começámos a jogar, havia uma equipa que estava sempre a ganhar. Toda a gente começou a reclamar, até que alguém disse: “Espera aí, vamos lá contar os jogadores das equipas outra vez”. Era o Andric, que sem perceber estava a fazer superioridade na outra equipa. Foi uma situação engraçada e é uma história de que me lembro muito bem.

    Foto de capa: Tomás Resendes

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