«Sérgio Conceição chegou-nos a dar prémios de jogo do bolso dele» – Entrevista BnR com Tiago Targino

    Ao contrário do que se possa achar, a carreira de Tiago Targino ainda não terminou. Aos 37 anos, o antigo internacional jovem por Portugal continua a jogar no Santiago Mascotelos, clube que atua nos escalões distritais da AF Braga. Deixou de ser profissional, porque, confessa, “não tinha capacidade para tal”. Agora, concilia o futebol com o trabalho numa empresa de produtos químicos, mas nada apaga o legado que deixou no Vitória SC, clube com o qual se estreou na Primeira Liga numa altura em que a aposta em jovens não estava normalizada. Passou ainda pelo Olhanense, clube onde se cruzou com Sérgio Conceição, Vitória FC e por países como Angola, Chipre, Andorra e Dinamarca. Estabelecido que agora está na zona de Guimarães conversou com o Bola na Rede sobre tudo isto.

    «Em Angola, vi crianças descalças a irem para a escola com a sua própria cadeira, casas sem saneamento. Não é fácil viver lá»

    Bola na Rede: Tens uma carreira bastante transversal ao nível dos escalões do futebol português. A que é que te tens dedicado nos últimos tempos?

    Targino: Continuo a jogar na Divisão de Honra da Associação de Futebol de Braga numa equipa que se chama Santiago Mascotelos, é aqui na zona de Guimarães. Trabalho numa empresa de produtos químicos.

    Bola na Rede: Já concilias o trabalho na empresa há muito tempo?

    Targino: Desde que comecei a sentir que o futebol não era o meu verdadeiro rendimento, tive que me dedicar a outro tipo de coisas e a procurar um trabalho. Assim, conseguia conciliar o futebol amador com o trabalho chamado normal. Comecei-me a desviar do futebol profissional, porque senti que não tinha capacidade para tal. Tinha que procurar outro caminho. 

    Bola na Rede: Foi um choque teres tido a experiência do futebol profissional e agora experienciares também o que é jogar num nível amador e teres que conciliar o desporto com outro trabalho?

    Targino: Foi um choque muito grande. Não é fácil um jogador que esteve num patamar elevado, de repente, ir para um futebol distrital e para clubes com menos condições. É preciso muita resiliência e capacidade de adaptação a essas realidades, saber conviver com as condições que nos dão. 

    Bola na Rede: O que é que as pessoas com quem te vais cruzando e que conhecem o teu passado te dizem?

    Targino: Quando vou para clubes de menor dimensão, especialmente quando não são aqui da zona de Guimarães, as pessoas têm sempre uma grande expectativa de que eu possa fazer algo diferente. Infelizmente, com todas as lesões que eu tive, essas expectativas acabam por ir um bocadinho por água abaixo. Acabam por conhecer o verdadeiro Targino, a pessoa que é na verdade, não só o jogador, e acabam por ficar felizes. Acabo sempre por conseguir passar as minhas experiências para os mais jovens para que não entrem em certos caminhos e consigam chegar a um bom patamar.

    «No final do treino, mandavam-me engraxar as botas. Fazem falta essas brincadeiras para que o jogador respeite as hierarquias»

    Bola na Rede: Como foi o teu percurso académico?

    Targino: Vim do Alentejo com 15 anos para Guimarães, a cidade onde atualmente vivo. Na altura, vim com o meu pai, de autocarro, à procura do sonho. Vim à experiência. Recebi o convite do Vitória SC que o professor José Romão, também nascido em Beja, ex-jogador do clube, me arranjou. Com a autorização dos meus pais, resolvi vir cá fazer o teste para ver se ficava. Era muito jovem, mas resolvemos arriscar e acabou por correr bem. Nunca fui um grande aluno, mas, com a minha vinda para Guimarães, tive que me aplicar, porque era uma das coisas que a formação do Vitória SC exigia era que tirássemos boas notas para que pudéssemos continuar. Acabei por ficar e por me dedicar minimamente aos estudos, coisa que não fazia em Beja. 

    Bola na Rede: Isso até ao 12.º ano?

    Targino: Não. Na altura, fui muito jovem para a equipa sénior. Com 18 anos estreei-me na equipa principal e na Primeira Divisão, ainda era júnior. Aconteceu muito rápido. O primeiro ano, quando cheguei de Beja, foi muito difícil a minha adaptação ao futebol. Era um futebol mais agressivo, mais forte. No Alentejo, não é bem assim que somos… não é… [risos] Não somos lentos, como toda a gente pensa, mas era um futebol completamente diferente. Quando cheguei aqui senti um grande impacto. Trabalhei bastante no primeiro ano. As pessoas do Vitória SC ajudaram-me bastante para que crescesse a todos os níveis, físico e mental. Foi isso que fez com que tivesse uma ascensão muito rápida. Com o trabalho árduo e com o foco que tinha, consegui também ir às seleções jovens bastante cedo. Isso fez com que ganhasse motivação para chegar à equipa sénior, mas não estava nada à espera que tudo acontecesse tão rápido. 

    Bola na Rede: O teu pai também foi jogador. Ele depositava os sonhos dele em ti?

    Targino: Apoiou-me bastante no futebol. O meu pai foi sempre um ídolo que tive. Sempre que me perguntavam o que queria ser quando fosse grande, dizia sempre que queria ser como o meu pai. Foi um exemplo e uma motivação muito grande para que eu pudesse correr atrás desses sonhos. Sinceramente, o futebol no Alentejo nunca foi forte a nível nacional. Mesmo a nível da formação, há pouco jogadores que saem do Alentejo e ninguém esperava que conseguisse chegar tão longe como cheguei. 

    Bola na Rede: Ainda te lembras o que ias a pensar na viagem de autocarro de Beja para Guimarães com o teu pai?

    Targino: Era um bocado ingénuo. Queria era vir treinar e jogar à bola, porque sempre acreditei muito em mim e no meu potencial. Podia perder a bola, mas ia atrás dela para tentar recuperá-la o mais rapidamente possível. Isso fez com que fosse desinibido. Essa era a minha grande arma.

    Bola na Rede: Também tens nacionalidade brasileira…

    Targino: Os meus pais são brasileiros.

    Bola na Rede: Herdaste a ginga. 

    Targino: Está no sangue. A ginga, o futebol de rua. Está dentro de mim, nasceu comigo. O meu avô também foi futebolista profissional. O meu pai e eu também. Vamos lá ver se o meu filho Santiago também vai, é um sonho que tenho, mas ainda é muito cedo. A menina também pode ser, o futebol feminino está em ascensão.

    «Em todos os campos que ia havia muitas moedas no campo. A tendência é apanharmos, mas disseram-me que era feitiço»

    Bola na Rede: Dizes que eras um jogador que arriscava, mas que ia atrás da bola quando a perdia. Essa é uma característica que os treinadores valorizam nos jovens que chegam às equipas principais. És lançado na equipa principal do Vitória SC pelo mister Manuel Machado. Como foram os primeiros tempos?

    Targino: Foram bons. Quando ia para a equipa sénior estava empenhado. Sentia-me parte do grupo. Os jogadores mais velhos quiseram-me ajudar realmente. Cheguei com muita humildade. A minha forma de estar ativou-os bastante rápido. Fora a equipa técnica, os meus colegas também me ajudaram bastante. O Neno e o Basílio [Marques], que, infelizmente, já faleceram, ajudaram-me bastante, foram pessoas muito presentes, que me davam muitos conselhos e me alertavam para muitas coisas. Foi fácil a minha adaptação. Nunca senti uma pressão muito grande. Mesmo os adeptos ajudaram-me bastante. Naquele tempo, era mais difícil para os atletas da formação fazerem parte da equipa sénior. Senti que havia um carinho especial. 

    Bola na Rede: Entraste num balneário com grandes referências do Vitória SC. O Alex, o Moreno, o Flávio Meireles, jogadores que se tornaram símbolos do Vitória SC. Como funcionava aquele balneário?

    Targino: Sempre foi um balneário muito divertido. Desde o primeiro treino que fiz, houve sempre aquelas brincadeiras que existem nos balneários. Nos primeiros tempos, quando chegava ao balneário escondiam-me o cesto da roupa. No final do treino, mandavam-me engraxar as botas. Fazem falta essas brincadeiras para que o jogador respeite as hierarquias, que acho que é muito importante, mas também para que se sinta confortável. Isso fez com que fosse crescendo dentro do clube. Os mais experientes sabiam qual era a mística do Vitória SC e isso é muito importante. 

    Bola na Rede: Nessa altura sofreste, mas, quando eras mais experiente, também deves ter feito algumas…

    Targino: Fazia sentido para que a adaptação fosse mais rápida e para que os jogadores se sentissem felizes. Sempre fui o jogador que punha música nos balneários para que os jogadores entrassem ali e se sentissem descontraídos, mas com responsabilidade. 

    Bola na Rede: Nesses tempos de Vitória SC acabas por jogar com dois dos treinadores que comandaram o clube esta temporada 2023/24, o Moreno e o Paulo Turra. Esperavas que se tornassem treinadores?

    Targino: Sinceramente, não. Quando estamos no ativo como atletas, não pensamos muito no final da carreira, pensamos que nunca vamos acabar. Sei que há atletas que se preparam, e hoje cada vez mais, mas naquele tempo não falávamos muito nisso.

    Bola na Rede: Mas em termos de perfil, o Moreno e o Paulo Turra já eram líderes?

    Targino: Sem dúvida. Foram sempre líderes, com posturas muito diferentes da minha. Eu sempre fui muito extrovertido, enquanto que eles tinham uma postura mais séria. Par a seres treinador, precisas de ter uma postura mais séria. 

    Bola na Rede: Continuas a acompanhar muito o Vitória SC?

    Targino: Continuo, vivo ao lado do estádio e sou embaixador. 

    Bola na Rede: A saída do Moreno causou estranheza por ter acontecido depois de uma vitória, apesar do deslize na Liga Conferência. Falaste com ele sobre isso?

    Targino: Converso com ele sobre tudo, mas no que toca a questões pessoais, raramente falo, porque são assuntos sensíveis. Estou sempre disponível para passar mensagens positivas. Sabemos que a vida de treinador e o mundo do futebol é isso, vivemos de vitórias. É de enaltecer o trabalho que o Moreno realizou. Fez um bom trabalho, mas sentiu que era o momento da saída. 

    Bola na Rede: E quanto ao Paulo Turra?

    Targino: O Paulo veio com ideias novas do Brasil e diferentes. Seja o treinador que for, estou aqui para apoiar, porque só quero que o Vitória SC ganhe.

    Bola na Rede: O Vitória SC entrou bem no campeonato. Até à derrota com o Benfica, a equipa venceu todos os jogos. É um momento positivo que contrasta com alguns que chegaste a viver quando eras jogador, como foi o caso do ano da descida de divisão (2005/06), apesar de também teres estado na subida (2006/07). Os adeptos dos vitorianos costumam destacar que a moldura humana permaneceu intacta quando o clube caiu para a Segunda Divisão. Foi um período conturbado?

    Targino: Não é fácil para um clube como o Vitória SC descer de divisão. É uma coisa que ninguém pensa que vai acontecer. 2005/06 foi um ano muito difícil. Tínhamos uma grande equipa, com nomes que tinham feito já muita coisa no futebol português e acabou por acontecer aquela desgraça. Foi muito difícil. Passámos mal aqui na cidade. Os jogadores vivem na cidade e a cidade de Guimarães não é uma cidade muito grande. Acabamos por estar a conviver constantemente com os adeptos e com os sócios. 

    Bola na Rede: Não foi fácil andar na rua num momento desses?

    Targino: Não é fácil para quem tem família. O jogador também tem vida pessoal. Vai dar uma volta ao shopping, gosta de andar na cidade e nesse ano não foi fácil, porque, infelizmente, acabámos por descer de divisão. 

    Bola na Rede: Foste abordado por adeptos na rua?

    Targino: Eu era um dos mais jovens da equipa e os adeptos a mim nunca me fizeram grande pressão. Como era jovem, como era o miúdo, tentavam-me sempre dar motivação, diziam para não ter medo, para ir para cima dos adversários, para chutar. Davam-me sempre mensagens muito positivas, ao contrário de outros colegas meus que passaram um bocadinho mal. Não gostava de estar na pele deles. 

    Bola na Rede: Depois regressam com o Manuel Cajuda e conseguiram cimentar o clube na Primeira Liga.

    Targino: Descemos e os jogadores que ficaram uniram-se e fizeram com que os atletas novos que vieram começassem a sentir o que era realmente o Vitória SC.

    Bola na Rede: Quando um clube desce, normalmente, existem cortes salariais e também se lida com as ambições pessoais dos jogadores que querem jogar num patamar mais elevado. Foi fácil manter a base do plantel de um ano para o outro?

    Targino: Não foi fácil. Foi um choque grande. Estávamos habituados a jogar contra equipas de outro nível. Na altura, a diferença entre a Primeira e a Segunda Liga era muita. Hoje, a diferença já não é tanta. Não foi fácil adaptarmo-nos àquela nova realidade. 

    Bola na Rede: Sobem num jogo em Gondomar que é um clube que não tem propriamente historial nos escalões profissionais.

    Targino: A vinda do Manuel Cajuda fez-nos abrir os olhos. Fez-nos ver que estávamos a jogar na Segunda Liga e, muitas vezes, tínhamos que jogar ao estilo da Segunda Divisão. Naquele tempo, a bola estava no ar muitas das vezes e nós queríamos jogar com bola no chão, com movimentos mais à Primeira Liga. Não nos estávamos a conseguir encaixar, porque as equipas jogavam mais fechadas e não conseguíamos impor o nosso futebol. A vinda do Cajuda fez com que nos tivéssemos que adaptar. Ele disse-nos que tínhamos que jogar à Segunda Liga para podermos ganhar. Foi a partir daí que começámos a ganhar. A primeira volta do campeonato foi difícil. 

    «O Sérgio Conceição sempre nos protegeu e inclusivamente chegou-nos a dar prémios de jogo do bolso dele»

    Bola na Rede: Tens algumas experiências no estrangeiro. Qual foi o sítio que gostaste mais de estar?

    Targino: Gostei um bocadinho de estar em todo o lado. A minha primeira experiência fora foi na Turquia. Foi realmente difícil. É um país muçulmano, com ideias completamente opostas ao que é o futebol europeu e à vida no Ocidente. O país em que mais gostei de viver foi a Dinamarca. O futebol dinamarquês ainda estava em desenvolvimento em relação ao futebol português na minha opinião. Era um futebol muito físico, eles trabalhavam bastante essa parte. Fazíamos muito ginásio naquela altura. 

    Bola na Rede: Em relação à ida para Andorra, como é que surgiu essa oportunidade?

    Targino: Foi através de um clube de emigrantes portugueses, o Lusitanos. O próprio símbolo é parecido com o da Federação Portuguesa de Futebol. Diretores, presidente, a maioria dos atletas, toda a gente lá é portuguesa. Na altura, estava sem clube e fui tentar a minha sorte.

    Bola na Rede: Também passaste por Angola, um país que funciona de uma forma diferente da que estamos habituados. Recentemente, o Petro de Luanda, o clube mais titulado no país e que participa na Liga dos Campeões de África, chegou a ser suspenso por suborno a adversários. Viveste alguma situação de manipulação de resultados ou desorganização na Académica do Lobito?

    Targino: O país em si cria um impacto muito grande na nossa vida pessoal. Vi coisas que nem imaginamos que vão acontecer com que não é fácil conviver, crianças descalças a irem para a escola com a sua própria cadeira, casas sem saneamento. Não é fácil viver lá. Estava em Lobito, não estava na capital, em Luanda. A nível pessoal foi uma experiência muito grande, se calhar a maior que tive. Estamos habituados a ter estradas com grandes condições ou a ir a um restaurante qualquer e podermos comer tudo à vontade e lá, infelizmente, não era isso que acontecia. Nós, os jogadores estrangeiros, na maioria portugueses, tínhamos uma cantina própria, onde só nós podíamos comer, mesmo por causa da higiene. Havia certas regras que tínhamos que cumprir para que conseguíssemos não apanhar doenças. Foi realmente difícil. Há esses problemas internos que fazem com que não seja fácil a nossa estadia lá.

    Bola na Rede: E ao nível do futebol, também viste algo que te tenha chocado?

    Targino: Em todos os campos que eu ia havia muitas moedas no campo. A tendência é apanharmos para vermos o que é, mas disseram-me logo que era feitiço. Realmente, assusta um bocadinho ver tantas moedas e coisas dentro do campo que as pessoas atiram. Quem não acredita, acaba por respeitar o que se passa. É um bocadinho assustador. Espero que desde esse tempo [2016] até agora tenha evoluído nesse sentido.

    Bola na Rede: Foi no Chipre, com o AEL Limassol, que estiveste mais perto de conquistar um campeonato nacional.

    Targino: Sem dúvida, foi com o Lito Vidigal. Estivemos muito perto. Perdemos um jogo que nos podia dar o título. Tínhamos uma excelente equipa com o Orlando Sá, que era o nosso craque e fez lá muitos golos. Foi nesse ano que estive mais perto de conquistar um campeonato nacional, mas infelizmente, isso não aconteceu. 

    Bola na Rede: Por falar em treinadores icónicos, não podíamos não falar do Sérgio Conceição que ainda apanhaste no Olhanense. É um técnico que tem uma forma bastante peculiar de lidar com a derrota. Aquele ano no Olhanense não vos correu particularmente bem até devido a problemas internos. Como foi lidar com um treinador que extravasa tanto as emoções numa altura em que a equipa não rendia o que vocês queriam?

    Targino: Foi um excelente exemplo para mim. Muita gente fala do Sérgio, mas nunca conviveu nem foi treinado por ele. O Sérgio Conceição era das pessoas que mais protegia os jogadores. O que nos fazia sentir mais confortáveis dentro do clube e da situação que se estava a passar era sentirmos que o treinador nos protegia.

    Bola na Rede: Estamos a falar de salários em atraso…

    Targino: Na altura, o clube tinha problemas financeiros, mas o Sérgio sempre nos protegeu. O Sérgio inclusivamente chegou-nos a dar prémios de jogo do bolso dele. O nosso objetivo era a manutenção e não estava a ser fácil. Uma coisa que ele conseguia fazer era unir o grupo, fazer com que a gente lutasse pelo nosso objetivo e pelo nosso orgulho como atletas. Ele fazia com que essa mensagem chegasse a nós. Fez com que acreditássemos no nosso objetivo, apesar de ele depois se ter ido embora. Tínhamos atletas que tinham vindo de Cabo Verde na altura e passaram um bocadinho mal.

    Bola na Rede: Enquanto jogador de alto nível, realizaste todos os teus sonhos?

    Targino: Claro que não. Um dos meus sonhos era chegar à seleção A. Infelizmente, não consegui. Não consegui derivado à lesão. Se tivesse tido mais sorte na altura em que era para ter ido para o Benfica, talvez estivesse mais sorte de chegar a esse sonho. 

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    Francisco Grácio Martins
    Francisco Grácio Martinshttp://www.bolanarede.pt
    Em criança, recreava-se com a bola nos pés. Hoje, escreve sobre quem realmente faz magia com ela. Detém um incessante gosto por ouvir os protagonistas e uma grande curiosidade pelas histórias que contam. É licenciado em Jornalismo e Comunicação pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e frequenta o Mestrado em Jornalismo da Escola Superior de Comunicação Social.