Perfil BnR | Especial Eleições FC Porto: Pinto da Costa

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    O Perfil BnR tem como missão apresentar elementos importantes para o mundo do futebol, através de uma biografia concisa. Eis Jorge Nuno Pinto da Costa.

    Pinto da Costa
    Fonte: FC Porto

    Nome: Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa

    Idade: 86 (28 de dezembro de 1937)

    Naturalidade: Cedofeita

    Ocupação: Atual presidente do FC Porto

    Número de Sócio: 26.636

    BIOGRAFIA

    Nascido às 6 da manhã de 28 de dezembro de 1937 na freguesia de Cedofeita, Pinto da Costa descende de uma família de alta burguesia de seis filhos, onde o futebol pouco entrava na equação – assistiu o seu primeiro jogo do FC Porto graças ao seu tio Armando Pinto. Posteriormente, jogou futebol no Infiesta e foi guarda-redes de leão ao peito no Sporting de Coimbrões, clube de Vila Nova de Gaia. A nível académico, estudou no Colégio Jesuíta das Caldinhas, em Santo Tirso, e no Liceu Almeida Garret, não seguindo as pegadas do irmão. Não foi à universidade e começou a vida profissional.

    Em 1962, Pinto da Costa começou a trabalhar no FC Porto (é sócio desde 1953), iniciando a sua caminhada na secção de hóquei em patins. Esteve ligado ao boxe, onde conheceu Reinaldo Teles, e outras modalidades amadoras, tornando-se diretor. Em 1976, Pinto da Costa foi convidado por Américo de Sá, presidente naquela altura, para o departamento de futebol. Ao fim de dois anos, o FC Porto quebrou a longa seca e foi campeão nacional (não venciam o campeonato desde 1959 – a famosa tarde de Torres Vedras). Viria mais tarde uma “guerra civil”.

    No verão de 1980, Pinto da Costa colidiu com Américo de Sá e saiu do FC Porto. Em consequência à sua saída, José Maria Pedroto (treinador na altura) e a sua equipa técnica apoiaram Pinto da Costa e também deixaram o FC Porto, além de 14 jogadores entrarem em greve, recusarem-se a marcar presença nas instalações do clube e treinarem sozinhos na praia. A situação acalmou com a saída de alguns dos principais líderes da “revolta” (jogadores) e Américo de Sá ganhou força. Até 1982 tudo mudar. Convencido por sua mãe, Pinto da Costa candidatou-se à presidência do FC Porto e venceu as eleições de 17 de abril de 1982 com mais de 95% dos votos, regressando ao clube pela porta grande. O seu primeiro grande troféu foi (simbolicamente) a Taça das Taças de Hóquei em Patins. No futebol, depois do falecimento do seu amigo José Maria Pedroto, contratou Paulo Futre e não só o FC Porto foi bicampeão nacional como venceu a Taça dos Campeões Europeus em 1987, além da Supertaça e Taça Intercontinental em 87/88.

    Como momentos mais determinantes da história do FC Porto de Pinto da Costa, seguiu-se a época inédita de 1999 (primeiro pentacampeonato, quebra de jejum de andebol ao fim de 31 anos e títulos no hóquei em patins e basquetebol), a contratação de José Mourinho (2002), Taça UEFA (2003) e a Liga dos Campeões (2004), a construção e abertura oficial do Estádio do Dragão (2004), o apito dourado (2004-2008), tetracampeonato (2005-2009), inauguração do Dragão Arena (2009), contratação de André Villas-Boas e grande temporada em 2011 (Liga sem qualquer derrota, Taça de Portugal, Supertaça e Liga Europa), abertura do museu do FC Porto (2013), tricampeonato (2010-13) e entrada de Sérgio Conceição (2017). A isso juntou muitos outros títulos nos diversos desportos, como hóquei em patins, basquetebol, andebol, voleibol, boxe, bilhar, natação, ciclismo e desporto adaptado.

    Em 2020, Pinto da Costa foi reeleito presidente do FC Porto com 68,65% dos votos e, em 2022, celebrou a Liga Portugal no seu 40.º ano à frente do FC Porto. Hoje em dia, é presidente mais titulado do mundo e concorre com André Villas-Boas e Nuno Lobo nas eleições de dia 27 de abril de 2024 por mais um mandato.

    PROPOSTAS APRESENTADAS

    Pinto da Costa
    Fonte: FC Porto
    • Construção da Academia na Maia no sentido de desenvolver a formação do FC Porto (plano de iniciar as obras imediatamente e terminar em 2026);
    • Garantia da continuidade de Pepe e Sérgio Conceição;
    • Elaboração de um programa holístico que forneça maior suporte aos jovens atletas, desde os aspetos físicos aos mentais, incluindo na questão de nutrição, sono e prevenção de lesão, além da criação de sistemas de meritocracia;
    • Investimento significativo no scouting com melhor tecnologia e desenvolvimento de um modelo “sustentado, profissional e transparente”;
    • Aprimorar as relações entre o FC Porto e as suas Casas, criando «modelos com diferentes tipologias de Casas do FC Porto em função da sua geografia, dimensão, equipamentos, membros e condições, tornando claros e transparentes os benefícios, acessos e contributos de cada uma dessas tipologias»;
    • Recompensar sócios fiéis e de apoio frequente ao FC Porto com «acesso mais alargado e próximo ao Olival e a momentos com jogadores e estrutura do clube e acesso prioritário a um conjunto de bilhetes colocados à venda (em jogos de grande procura)».
    • Desenvolvimento da comunicação e âmbito tecnológico através do lançamento de iniciativas que dê a possibilidade aos sócios de vender o seu lugar cativo em jogos que não podem assistir de modo a obter “saldo positivo na sua conta no banco digital do FCP” e, em simultâneo, assegurar a maior assistência possível no Estádio do Dragão;
    • Apresentação frequente da situação económica: receitas, despesas, dívidas e investimentos, como uma medida de “Transparência e Boa Governança” que tem como intuito a melhoria de comunicação entre as várias partes, desde sócios a investidores e parceiros.
    • Implementar um Comité de Auditoria Independe mais “alargado” com elementos do Conselho Superior e “personalidades de várias lista para garantir a transparência e a conformidade com as melhores práticas de governança”;
    • Vantagens a nível de bilhetes, em jogos em casa, para os jovens até aos 30 anos, no qual seria oferecido bilhetes tendo em conta certas condições – um bilhete por época para um jogo da equipa principal em casa a todos os sócios dos 18 aos 30 anos com mais de um ano de sócio e que sejam dos concelhos do Porto, Gaia, Matosinhos, Maia, Gondomar e Valongo; três bilhetes para todos os jovens de outros concelhos de Portugal em jogos e bancadas selecionados; Quem tem lugar anual receberia também um convite para serem «acompanhados por um convidado no Dragão, no mesmo número de jogos».
    • Fundação de um Concelho, apenas constituído por jovens sócios dos 18 aos 30 anos, com o propósito de complementar os órgãos existentes, propor ideias mensalmente à direção e estimular assim a inovação;
    • Participação mensal do presidente e outras figuras da direção numa live nas redes sociais do FC Porto para responder a perguntas e “dar voz aos mais jovens”;
    • Duplicar a receita do FC Porto num período de três anos através de «um aumento de 25% dos proveitos através da aposta na internacionalização da marca em novos mercados, da renegociação de direitos TV, da melhor monetização do estádio, casas, comunidades, academia, banca digital, merchandising e ampliação, muito significativa, do número de associados e das receitas de comércio digital»;
    • Reduzir, desde o primeiro ano, 20% das despesas totais do FC Porto por meio da restruturação das empresas, desenvolvimento no plano digital, ausência de um pagamento de prémios de gestão e implementação de uma «política de custos de representação e de funcionamento que garanta eficácia, sustentabilidade, rigor e transparência absolutos»;
    • Refinanciar o passivo por intermédio de um «instrumento financeiro de dívida de 250 milhões de euros que permitirá, simultaneamente, reduzir o serviço de dívida e reforçar a competitividade da equipa de futebol»;
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    Diogo Lagos Reis
    Diogo Lagos Reishttp://www.bolanarede.pt
    Desde pequeno que o desporto lhe corre nas veias. Foi jogador de futsal, futebol e mais tarde tornou-se um dos poucos atletas de Futebol Freestyle, alcançando oficialmente o Top 8 de Portugal. Depois de ter estudado na Universidade Católica e tirado mestrado em Barcelona, o Diogo está a seguir uma carreira na área do jornalismo desportivo, sendo o futebol a sua verdadeira paixão.