RÚSSIA
Slutski prometeu e cumpriu – não alterou o esquema táctico da sua equipa nem os nomes que o compõem e foi a jogo com o mesmo 11 que defrontou a Inglaterra. Os mesmos 11, mas uma atitude diferente. A Rússia entrou bem no jogo, mais abnegada relativamente à primeira jornada, com interessante dinâmica ofensiva, “patrocinada” pelo entrosamento de Shatov (centro) com Smolov e Kokorin (alas), que esteve na génese de situações de perigo como as criadas por Dzyuba (por duas vezes invadiu, sem pedir licença, a área adversária) ou Smolov (esta, a mais flagrante, com a bola a rasar o poste direito da baliza eslovaca).
A Rússia atacava. As estatísticas indicavam 5-2 em remates a favor dos russos… Mas a dinâmica defensiva não correspondia ao ataque e houve desatenções que saíram caras aos russos. No primeiro golo foi dada muita largura nas costas da defesa, no segundo deixaram o melhor jogador adversário sem marcação após um canto, embora os dois lances estejam relacionados, pois foi por via do primeiro que surgiu o segundo – a equipa não conseguiu reagir ao facto de se ver em desvantagem.
Slutski começou a segunda parte com duas alterações, mas nem por isso se notou alguma diferença relativamente ao marasmo com que se encerrara a primeira parte. Perigo? Só mesmo quando se verificou quebra física do adversário é que a Rússia o conseguiu criar, embalada por Shatov, que esteve na origem do primeiro golo – a endireitar uma bola que lhe chegou torta com uma recepção de difícil nível técnico, a combinar com Shirokovo e a procurar o coração da área para o cabeceamento de Glushakov, que fechou a contagem aos 80 minutos. A partir daí, foi notória a vontade russa, mas já era tarde para reagir a um golo que tinha acontecido 50 minutos antes.
Notas aos jogadores:
Akinfeev – 5
Smolnikov – 4
Berezutski – 3
Ignashevich – 3
Schennikov – 4
Golovin – 4
Neustadter – 4
Kokorin – 5
Shatov – 6
Smolov – 5
Dzyuba – 5
Glushakov – 5
Mamaev – 4
Shirokov – 5