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Já só sobram quatro | Mundial 2022

ARGENTINA X CROÁCIA

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Não tem sido um Mundial próprio para cardíacos, especialmente para os adeptos das duas seleções. A Argentina chega às meias depois de eliminar os Países Baixos nas grandes penalidades, num jogo em que até esteve a ganhar por 2-0 (o livre dos neerlandeses já no último segundo da compensação é, inevitavelmente, um dos momentos do ano). A Croácia vem de duas disputas nas grandes penalidades em jogos com histórias diferentes: depois de ter sido inferior à seleção do Japão, surpreendeu todos ao jogar de igual para igual contra o Brasil. Defrontam-se esta terça-feira, 13 de dezembro, às 19 horas.

É um jogo com muitos questionamentos. O último jogo da Croácia mostrou-nos uma seleção capaz de disputar a iniciativa de jogo. Ainda assim, mais do que um fim, a gestão da posse de bola é um meio. O fim é simples de identificar: jogar a um ritmo lento, procurando essencialmente não passar por grandes perigos atrás. A solidez é conseguida também pelo bom nível individual dos jogadores mais recuados. Livakovic tem sido intransponível – e fundamental nos desempates da marca dos 11 metros – e a dupla de centrais tem sido sólida. Lovren, algo esquecido pelo apagar dos mapas do futebol russo, é um central de seleção. Tantas vezes questionado pelos clubes por onde passou, é uma referência defensiva constante na seleção croata – daí o receio e demorar da renovação. Ao seu lado, tem a principal referência da nova geração: Gvardiol. Tem sido um dos, senão o melhor central do Mundial. Alia ao posicionamento e a capacidade de ganhar duelos, às garantias de saídas limpas na construção.

O meio-campo é de culto. Brozovic, Modric e Kovacic gerem o ritmo do jogo e serão capazes de executar o plano de jogo. Resta saber se este pedirá uma gestão da posse – Brozovic nas costas da primeira linha de pressão a direcionar as saídas, com Modric e Kovacic na teia que garante a manutenção da posse de bola – ou saídas mais diretas, procurando progredir rapidamente em passe – Modric a lançar – ou em posse – Kovacic em condução. Os homens da frente darão, provavelmente a resposta. Contra o Brasil, Kramaric jogou centralizado, como referência móvel, garantindo superioridade numérica pelo meio, juntando-se aos médios e a Pasalic que, procurando o espaço interior, abriu o corredor para Juranovic que teve campo aberto durante grande parte da partida. À partida, e pelas características do adversário, a estrutura deverá manter-se (podendo entrar por exemplo Vlasic para o corredor direito). Ainda assim, não é descartável a possibilidade de Petkovic – referência para um jogo mais direto – entrar no 11, passando Kramaric a jogar como um segundo avançado a partir da direita.

A Argentina também não escapa às dúvidas, até pelas exibições algo cinzentas que apresenta desde a derrota contra a Arábia Saudita (mentalmente notou-se o efeito das derrotas). O privilégio pelo jogo interior, a capacidade de concentrar jogadores tecnicamente evoluídos em espaços curtos e de progredir através de tabelinhas era marca do jogo argentino. Neste momento é uma miragem.

Ainda assim há neste momento algumas certezas. Emiliano Martínez tem feito um mundial de alto nível, Enzo Fernández e MacAllister pegaram de estaca no onze e Julián Álvarez ganhou a corrida a um Lautaro Martínez bastante perdulário. Sem Acuña e Montiel – suspensos por acumulação de amarelos depois do confronto contra os países Baixos – também não há grandes questões nas laterais que deverão ser assumidas por Tagliafico e Molina. A outra certeza é Messi.

Oito anos depois, a Argentina volta a estar a um passo da final. Messi faz a última dança do Mundial e tem sido o nome em maior destaque na equipa de Scaloni. Jogando mais longe das zonas de finalização, permite um futebol mais apoiado e criativo. São incontáveis as oportunidades criadas pelo astro argentino e desperdiçadas pelos colegas. É nele que estão concentrados os holofotes.

O embate entre as duas seleções deixa espaço em aberto para imaginar cenários e possibilidades. Os mais interessantes serão, porventura, a forma como a Argentina condicionará a ação do meio-campo croata, o duelo dos centrais croatas com o ataque mais móvel argentino e a dualidade das projeções dos laterais pelo corredor (permitindo transições ofensivas, mas deixando espaço na transição defensiva).

PREVISÃO DE RESULATDO: ARGENTINA 2-1 CROÁCIA

Diogo Ribeiro
Diogo Ribeirohttp://www.bolanarede.pt
O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação, está a terminar o mestrado em Jornalismo e tem o coração doutorado pelo futebol. Acredita que nem tudo gira à volta do futebol, mas que o mundo fica muito mais bonito quando a bola começa a girar.

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