Polónia 0-2 Argentina: A redenção Albiceleste

    A CRÓNICA: FORMAS DISTINTAS DE CARIMBAR A PASSAGEM AOS OITAVOS DE FINAL

    O derradeiro destino da Polónia e da Argentina, no grupo C do Mundial, esteve em jogo no badalado estádio 974, composto por 974 contentores marítimos. A formação Albiceleste entrou a tentar recuperar dos danos sofridos na primeira jornada do grupo C, enquanto a seleção da Polónia procurou uma abordagem mais contida, justificada pelo primeiro lugar no grupo à entrada para a última jornada. O controlo do jogo, nos momentos iniciais, foi mesmo argentino, sendo que o primeiro remate à baliza surge por Messi ao minuto 7. Ao décimo primeiro minuto surge o segundo, novamente por Messi.

    O decorrer da primeira parte foi uma autêntica conta de somar de oportunidades argentinas, que fuzilaram ofensivamente os polacos. Inclusive, um penalti defendido por Szczesny a Messi ao minuto 39’. O penalti foi confirmado pelo VAR após uma saída do guarda-redes polaco a um cruzamento, onde atinge a cara de Messi. Os 57% de posse de bola argentina contra os 30% da Polónia demostra o domínio sul-americano, que realizou 14 oportunidades de golo contra apenas uma. Destacou-se o guardião Szczesny com 9 defesas realizadas nos primeiros 45 minutos.

    A conta realizada nos primeiros 45 minutos teve o seu resultado na segunda parte. Logo no primeiro minuto da segunda metade do jogo, a Argentina, consegue finalmente colocar-se em vantagem. Marcou o médio Mac Allister depois de um cruzamento rasteiro de Molina. O golo argentino deu uma nova cara ao jogo que passou a ser uma encruzilhada constante de passes argentinos, para controlar a posse de bola. As combinações constantes entre jogadores descobriram Enzo Fernández à entrada de área, que faz, levemente, um passe picado para Álvarez. Este desferiu um remate violento que só terminou no fundo das redes polacas. Estava feito o 0-2 para a Argentina ao minuto 68’.

    O segundo golo argentino sentenciou o jogo, dando à Argentina o resultado desejado e à Polónia a diferença de golos mínima para acabar o grupo em segundo lugar, à frente do México. O jogo teve um final muito menos dinâmico e intenso, remetendo-se a uma troca de bola argentina e à defesa em bloco por parte da Polónia. O que garantiu a passagem polaca em igualdade pontual com o México (foi usado os cartões amarelos como critério de decisão).

     

    A FIGURA

    Wojciech Szczesny – Apesar da derrota e dos dois golos sofridos pelo guardião polaco, Szczesny teve uma exibição de encher a baliza da Polónia, defendendo um total de 13 remates argentinos (inclusive um penalti de Messi). Garantiu apenas os dois golos de desvantagem que permitiram a passagem da Polónia aos oitavos de final.

     

    O FORA DE JOGO

    Robert Lewandowski- O Craque polaco não conseguiu estar ao seu nível habitual no ataque da seleção da Polónia. Apesar de muitas vezes sozinho na frente de ataque ou então constantemente mal apoiado pelos seus colegas, o ponta de lança do Barcelona esteve um patamar abaixo do que já nos habituou. O avançado não registou nenhum remate à baliza.

     

    ANÁLISE TÁTICA – POLÓNIA

    As águias brancas entraram em campo organizados em 4-4-2 com dois blocos de quatro jogadores constrangido a totalidade do corredor central defensivo. Por várias vezes, em momento defensivo, o médio esquerdo recuava no relvado e o lateral esquerdo juntava-se aos defesas centrais, numa defesa a cinco. O selecionador polaco Czeslaw Michniewicz montou a sua equipa, claramente, a pensar na restrição ofensiva que teria de realizar ao ataque argentino, procurando obrigar os albiceleste a procurar as linhas laterais como forma de progressão ofensiva. No ataque estava Lewandowski, sozinho, a jogar de costas para a baliza, procurando roturas dos seus colegas, vindos de trás, para tentar um contra-ataque.

    Mesmo com a desvantagem no marcador, Michniewicz, nunca comandou os seus homens para a frente de ataque, procurando manter uma diferença de golos útil para a sua passagem à próxima fase.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Szczesny (7)

    Cash (6)

    Kiwior (5)

    Glik (6)

    Bereszynski (5)

    Zielinski (5)

    Bielik (5)

    Krychowiak (6)

    Frankowski (5)

    Lewandowski (5)

    Swiderski (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Skoras (5)

    Kaminski (5)

    Szymanski (5)

    Jedrzejczyk (-)

    Piatek (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – ARGENTINA

    A turma de Scaloni entrou na mesma formação que usou nos últimos dois jogos, um 4-2-3-1 bastante dinâmico que podia transformar-se em 4-4-2 dependendo do que o jogo pedia aos jogadores argentinos. Logo desde muito cedo no encontro foi possível reparar numa linha defensiva bastante subida, trancando o jogo no meio-campo polaco. O que resulta numa pressão alta constante dos argentinos, reavendo a bola com bastante eficácia depois de a perder. Os laterias procuraram áreas muito elevadas e com grande largura, resultando em bastante espaço para os argentinos jogarem em posse até à grande área.

    Após o golo marcado, logo no começo da segunda parte, a Argentina adotou uma estratégia mais passiva de controlo de jogo através da posse de bola contínua no meio-campo polaco. A entrada de Pezzella por Enzo Fernández viu os albiceleste a organizarem-se com três centrais para os últimos minutos de jogo.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Martínez (6)

    Molina (7)

    Otamendi (6)

    Romero (6)

    Acuña (6)

    Di Maria (6)

    de Paul (6)

    Fernández (7)

    Mac Allister (7)

    Messi (7)

    Álvarez (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Tagliafico (6)

    Paredes (7)

    Martínez (-)

    Pezzella (-)

    Almada (-)

     

    Rescaldo da opinião de Emanuel Sebastião.

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